Tráfico, assalto e seqüestro, no Brasil, deixaram de ser apenas - TopicsExpress



          

Tráfico, assalto e seqüestro, no Brasil, deixaram de ser apenas coisa de pobre. Num movimento social inesperado, jovens de classe média e alta entram cada vez mais no mundo do crime violento. Só neste ano, a Polícia Federal prendeu 69 traficantes bem-nascidos, em aeroportos, raves e boates. No Estado de São Paulo, o Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) deteve 180 universitários pelo mesmo motivo. As cadeias também estão ficando mais democráticas: um censo feito pela Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro mostra que 15% dos presos têm renda familiar de mais de cinco salários mínimos. E nada menos que 5% dos detentos estão na faixa de renda que o Ibope enquadra como classe A. Em março deste ano, a polícia carioca prendeu uma quadrilha de traficantes universitários, com idade entre 18 e 27 anos. A chamada Operação Orla mostrou que o pessoal de tênis de marca está em sintonia com os bandidos pés-de-chinelo do morro. Universitário de 20 anos e morador de Icaraí, bairro chique de Niterói, Elton Gomes da Silva trocava a sala de aula pelo Morro do Estácio (na região central do Rio), onde, segundo a polícia, atuava como braço direito do bandido Anão, conhecido por decapitar suas vítimas. Elton, que desfilava de fuzil pelo morro, faria a ligação com os outros bandidos de classe média, abastecendo-os com cocaína e maconha, vendidas na orla carioca. Os endereços dos presos dão uma idéia de aonde o crime chegou. Carlos Augusto da Silva Ferreira, de 27 anos, o Carlinhos, foi preso no Leme, zona sul. Guilherme Martins de Lemos Bastos, de 18 anos, foi encontrado em casa, em Icaraí. O último preso, Anderson Pereira, morava na Ilha do Governador — ironicamente, numa rua chamada Grana. (revistacrescer.globo/Revista/Crescer/0,,EMI82625-15565,00-O+CRIME+MORA+NA+CLASSE+MEDIA.html)
Posted on: Tue, 29 Oct 2013 01:09:53 +0000

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