VAMOS CONHECER SOBRE A SANTA INQUISIÇÃO? NEM TUDO QUE FALAM É - TopicsExpress



          

VAMOS CONHECER SOBRE A SANTA INQUISIÇÃO? NEM TUDO QUE FALAM É VERDADE, VOCÊ SABIA? 1.Inicio da Inquisição: -A inquisição começou na França, séculos XII e XIII; -Depois a inquisição na Itália, século XVI; -Depois a inquisição na Espanha, também século XVI. 2.Inquisição foi um processo que demorou 600 anos; 3.A fé era o maior tesouro e movia a vida medieval. Tudo girava em torno da fé (católica). Com a queda do Império Romano não ficou uma instituição de pé, a não ser a Igreja Católica.; 4.Todo o regime político e social estava alicerçado sobre a fé. As instituições apoiavam-se nos Artigos do Credo Católico; 5.As heresias Cátaras abalavam as estruturas das nações. O herege era visto como um revolucionário e assim tratado. O pecado não era apenas uma afronta espiritual, era visto também como uma afronta social, não havia a separação que existe hoje: Igreja/Estado. 6. As heresias Cátaras foram o stopim da Inquisição. Essa heresia entrou no seio da igreja la pelo Século X, eram aqueles gnosticos que acreditavam que existia 2 Deuses: o do Bem (Aquele que criou todas as coisas espirituais) e o do Mau (Aquele que criou todas as coisas materiais). No final do século XI a herecia, Gnosticos/Cátaras que estavam organizados e ja tinham sua doutrina, estava prestes a ocupar o Ocidente inteiro. Criou-se o Clima de “guerra de religião”. Uma anti Igreja querendo derrotar uma igreja que ja existia a centenas de ano; 7.Os Cátaras eram favoráveis ao suicídio, eram contra o casamento, era costume ate mesmo assassinar uma mulher gravida (era tida como alguém que tinha o fruto do mau).; 8.Os reis ja colocavam os hereges na fogueira 200 anos antes, o Papa Gregório IX, estabeleceu então o tribunal da Santa Inquisição para julgar essas heresias, praticada pelos cristãos. A igreja sempre considerou o corpo bom... templo do espirito santo, e a vida como o maior presente de Deus. Os hereges sim, por considerar o corpo matéria... e tudo que fosse matéria mau, a morte como uma libertação; 9.Heresia: crime de lesa majestade divina. Atacar a religião estabelecida era atacar a ordem pública e a paz social. 10.A falta contra Deus era punida pela lei civil. Se o estado não punisse a mentalidade era de que Deus Puniria o Estado. Então os reis, então usaram e abusaram da inquisição para fazer muitas vezes coisas que a igreja não havia autorizado, como por exemplo a morte de Joana D`Arc, Judeus, Muçulmanos e Mouros. A inquisição não havia sido criada para isso, e sim para os hereges 11. Pecados: dos membros da igreja agravou a situação. O papa João Paulo II pediu perdão a humanidade no ano 2000, reconhecendo os erros de membros da Igreja. (simonia, nicolaismo, corrupção, impostos pesados, luxo, riqueza, assassinatos, pecados de padres, bispos, cardeais e ate papas). 12.Os hereges então se juntaram para criar um grupo Anti-Católicos, destruindo os sacramentos, os mandamentos, a hierarquia. Diante de um grande combate o papa se viu obrigado a criar um Tribunal para julgar quem era herege dentro do grupo dos cristãos, apenas batizados. 13.Com grande interferência dos reis, estes queriam nomear bispos e cardeais. Isso foi chamado de Investidura leiga, gerando maus padres, maus bispos e maus cardeais, dividindo a igreja devido a revoltas. 14.São Tomás de Aquino, é do Século XIII e dizia o seguinte (mentalidade geral da época):”É muito mais grave corromper a fé, que é a vida da alma, do que falsificar a moeda que é um meio de prover a vida temporal, pois os falsificadores de moedas e outros malfeitores, são a bom direito, condenados a morte pelos príncipes seculares, com muito mais razão os hereges, desde que sejam comprovados tais, podem não somente ser excomungados, mas também em toda justiça ser condenados a morte” 15.O herege que não aceitava o perdão, e que não aceitava voltar a traz, a igreja entregava para o braço secular, O ESTADO, e este o punia com prisão, com retirada dos bens, ou até mesmo com a morte. 16.Os Reis começaram a punir os Lideres Cátaros e puni-los com sentença de fogueira 200 anos antes da igreja entra na história da inquisição; 17.No final do século XI a heresia estava prestes a ocupar o Ocidente Inteiro. Criou-se o clima de “guerra de religião”. 18.O Historiador protestante Henry C. Lea, americano e milionário, é referencia no estudo da inquisição, e nao poupou recursos inclusive financeiros em sua pesquisa diz: “Essa era a crença cuja rápida difusão encheu a Igreja de um terror plenamente justificado. Se a heresia Cátara (Cátarismo) se tornasse dominante ou se pelo menos igual ao catolicismo não ha dúvida de que sua influencia teria sido desastrosa”. “Por mais horror que nos possam inspirar os meios empregados para combate-la, por mais piedade que devemos sentir por aqueles que morreram vítimas de suas convicções, reconhecendo sem hesitar que nas circunstancias, a causa da ortodoxia era a da civilização e do progresso” resumindo, para ele não era apenas uma questão de fé, mas uma questão em que se o Cátarismo vencesse o que estaria em jogo seria a civilização e o progresso; 19.A Enciclopédia Iluminista Francesa de 1765, (Enciclopédia anti-católica, que promoveu praticamente a revolução francesa no século XVIII), atesta o exagero nos ataques a inquisição: “Sem dúvida, imputaram-se a um tribunal, tão justamente detestado excessos de horrores que ele nem sempre cometeu; É incorreto se levantar contra a Inquisição por fatos duvidoso e mais ainda procurar na mentira o meio de torna-la odiosa”. Palavras de inimigos da igreja; 20. Césare Canto (um dos expoentes historiadores na Itália, 1804 - 1895, que escreveu a historia universal em 72 volumes): “O tribunal da inquisição pode ser considerado como um verdadeiro progresso, porque se substituía as matanças mais ou menos gerais e aos tribunais sem direito de graça. Esse tribunal admoestava opor duas vezes antes de empreender qualquer devassa e ordenava a prisão so dos hereges obstinados e dos relapsos, o que lhe permitiu salvar muitas pessoas que os tribunais ordinários teriam condenado” Os reis ja faziam a justiça com as próprias mãos, a igreja entrou pra pelo menos julgar. Não existia uma lei, os Reis decidiam sem qualquer regimento a sentença, nao existia uma constituição ou algo similar.; 21.O Dictionnaire de Theologie Catholique (Frances) diz: “Em vista do car;ater anti-social dos cátaros e outros sectários, devemos reconhecer que a causa da ortodoxia não era outra senão a da civilização e do progresso. Se o catarismo se tornasse igual ao catolicismo os efeitos teriam sido desastrosos. Se o acestismo que professavam se tornasse universal, devia levar a extinção da raça humana” Eram contra o casamento, contra a gravidez, evidente o fim da raça humana. Era considerado pecado qualquer esforço de melhoramento material, o que paralisou o progresso da sociedade. Isso causava varios prejuízos aos Reis e governos; 22.Outra causa é que na idade media não havia tolerância religiosa. Quando houve a reforma protestante, houveram as “guerras de religião”, como a guerra dos 30 anos na Europa. A intolerância religiosa reinava, era cultura da época. A religião do Rei é a religião do Povo, e não se discute.; 23.Calvino, a quem se deve a maioria das igrejas protestantes do ocidente disse: “A humanidade daqueles que querem poupar os heréticos é mais cruel porque para poupar o lobo lhe deixam as ovelhas como presa” Então a ideia seria acabar com os hereges, era a mentalidade da época passada. Os podemos dizer que naquela época a mentalidade dos protestantes e católicos eram a mesma... o que prova que essa “mentalidade” nao tinha ligação a religião e sim a uma determinada época; 24.”Se houver liberdade de religião e de culto, o súdito terá então a liberdade de seguir esta ou aquela seita; se há liberdade de pregar o erro, os súditos estarão no caminho da perdição”Bernard, 1959; 25.Hoje muçulmanos queimam cristãos vivos em seus países (Revista Isto É, numero 2188, 14 de out de 2011. Isso sim é intolerância religiosa, imagine a 500 anos atras, isso era mais intenso. Até hoje, 70 milhoes de cristãos foram mortos por causa da sua fé, desse total, 45 milhões somente no século XX (dados da revista IstoÉ). Estes contrastes no levam ao clima real da Idade Media; 26.A Justiça na Idade Média era bruta e agressiva, pois o que se fazia “ali” ficava “ali” ja que não existia polícias (existia exercito mas não policia), não existia identidade, não existia endereço. O sujeito quando cometia um crime dificilmente ele era pego... então quando se conseguia pegar o indivíduo ele era punido exemplarmente. Dentro da cultura da época a tortura e pena de morte era comum. O sofrimento era grande e o povo era acostumado, não se assustava com a morte, acostumado a pestes e fome. Foi a opinião publica que exigiu com muita freqüência das autoridades um castigo exemplar dos culpados, chegando as vezes fazendo justiça com as próprias mãos. Isso acontecia a 200 anos antes da Igreja criar o Tribunal da Santa Inquisição; 27. A Inquisição Católica foi instituída pelo Papa Gregório IX em 1231, e a Inquisição Católica se tratava de um tribunal que julgava quem era herege e quem nao era. Se fosse julgado herege a igreja o entregava ao estado o punia, pois a heresia era considerado um crime civil. 28.Em 1022, 200 antes antes do Papa Gregório IX, o Frei Roberto da França, chamado o Piedoso (se dizia cristão), colocou na fogueira 14 chefes dos cátaros na cidade de Orleans. 29.Em 1051, também praticamente 200 anos antes, o imperador Henrique III (1017-1053), em Goslar na Alemanha, enforcou vários hereges. 30.Em 1077, muito antes da inquisição começar, foi entregue a um Bispo francês um herege para julgamento. Enquanto o mesmo se encontrava preso aguardando julgamento, e o bispo havia ido a uma cidade vizinha para conversar com outro bispo sobre este caso, o povo tinha arrancado o Herege da cadeia, jogaram-lo em uma choupana e foi queimado ali antes do julgamento do bispo (de Cambraia, que era na França), pois consideravam o que o Bispo estava sendo mole de mais. 31.Em 1120, Povo queimou os hereges presos em Soissons antes do julgamento do Bispo. Em 1144 povo levou a fogueira alguns cátaros presos antes que o bispo Adalberto II de Liége tentasse converte-los. Por isso o Tribunal da Inquisição salvou algumas pessoas de serem queimadas vivas sem julgamentos, muitos foram absolvidos. 32.Em 1200, Filipe Augusto, Rei da França, (1180-1223) mandou para a fogueira oito Cátaros em Troyes, um em Nevers em 1201, vários em Braisne/Survesle em 1204 e muitos em Paris, entre eles sacerdotes, clérigos, leigos e mulheres. Muito antes da Inquisição. 33.Em 1224, o Imperador Alemão Frederico II, decretou pena de morte para hereges: o fogo era a pena segundo o direito antigo. Quem decretou que os hereges deviam morrer, e morrer na fogueira foi o IMPERADOR ALEMÃO e não a igreja católica. Pode ser constatado isso em qualquer livro de História. 34.Em 1231 O Papa Gregório IX institui o tribunal da santa inquisição. Papas e Concílios protestaram contra os abusos. Segundo Daniel Rops, ganhador do premio da academia francesa de letras, não é padre, é leigo e historiador, “Não foi a Igreja que inaugurou a repressão da heresia por meio da violência. A igreja nunca pediu a aplicação dessas penas severas que castigavam toda a lesa-majestade no direito imperial romano”. O Direito adotado na época, era o imposto pelo Imperador Frederico II, pena de morte na fogueira (muitas vezes movidos por intenções políticas). “No decurso dos 3 primeiros séculos, recorreu apenas à persuasão e às punições espirituais (penitencias, jejum, peregrinações, etc)”. “Foram os imperadores cristãos, Constantino e seus sucessores, que, como bispos do exterior que se julgavam, castigavam com penas temporais os rebeldes contra a verdadeira fé (multas, prisão e flagelação). Foi a reaparição da heresia dualista, gnosticos e cáteras, cujo caráter anti-social ja referimos que provocou uma reação mais viva. Esta reação foi obra dos príncipes, ate meados do século XII todas as condenações à morte de hereges foram decididas pelas autoridades civis, muitas vezes impelidas pelas multidões fanatizadas. Foram numerosos os cânones dos concílios que excomungando os hereges e proibindo os cristãos de lhes darem asilo, não admitiam que se utilizassem contra eles a pena de morte. Deviam bastar as penas espirituais, ou quando muito as penas temporais moderadas” Citações do Daniel Rops contidas em seu vol III nas paginas 605 e 606. 35.Há milhões de pessoas, que odeiam a igreja, por aquilo que pensão errado da igreja. Poucos que realmente conhecem a igreja odeiam a igreja. Não se deve isentar os membros da igreja pelos erros cometidos, mas a igreja, a instituição foi TOTALMENTE inocente. Para se entender uma realidade passada deve-se voltar ao contexto religioso, mas também cultural, financeiro, político, social da época pois se não a historiografia fica deformada. 36.O Tribunal da Santa Inquisição (Inquérito) foi um tribunal instituído pelo Papa Gregório IX no ano de 1231, voltada para o julgamento dos hereges. Esses tribunais eram muitas vezes compostos de homens Santos como São Domingos de Gusmão (que foi a primeira pessoa que o Papa Gregório IX chamou para ser Inquisidor). São Domingos foi um dos maiores santos que fundou a congregação dos padres dominicanos atuam até hoje. São Pio V, que foi canonizado, e antes de ser papa, ja formado em direito canônico, foi Juiz Inquisidor, e tantos outros. 37.O tribunal apenas julgava se a pessoa era Herege, e o estado aplicava o Direito da época, estabelecido por Frederico II era morte de fogueira. Historicamente é sabido que muitos destes, antes de ir para a fogueira eram estrangulados logo após se queimava porque o Direito Romano, que vingou na Europa nessa época, estabelecia que uma pena de alguem que vai contra o rei, lesa-majestade-real, seria sempre punido com pena de morte, como por exemplo quem falsificava a moeda do rei (que tinha o rosto do rei) normalmente ia para a forca. Então a interpretação da época dizia que a pena do crime de lesa-majestade-divina deveria ser mais pesada do que as penas de lesa-majestade-real. Então se o crime contra o rei era a forca, contra ao Deus do Rei tinha que ser mais pesado, e o mais pesado era a fogueira. Mentalidade do Frederico II e seguido pela Europa Inteira. 38.Se o Herege resolvesse assumir que estava errado e se colocasse a disposição para mudança acontecia os autos: Cerimonia durante a qual, hereges penitentes, se reconciliavam com a igreja em praça publica. 38.Evidentemente era sabido pelos inquisidores, que ao se declarar herege o reu, o destino dele estaria traçado. Mesmo sendo a cultura e a lei da época não se deveria ter agido assim. O papa João Paulo II, que pediu perdão a humanidade, pelos membros da igreja desta época que foram coniventes com isso, disse não era preciso agir assim, assumindo que as pessoas da igreja falharam. pud.im/inquisicao (bbc de londres, nao é cristão) jornadacrista.org/?p=1215 Infelizmente, ainda hoje, pessoas com a mentalidade formada pelo professor do Ensino Médio, que falava abrobrinhas e uma porção de besteiras, continuam difundindo os velhos chavões sobre a Inquisição, sem levar em consideração a desideologização do assunto e os recentes estudos históricos. Quem não leva isso em consideração não passa de palpiteiro. Grande especialista no assunto, Agostino Borromeo afirma que os pesquisadores têm os elementos necessários para fazer uma história da Inquisição sem cair em preconceitos negativos ou na apologética propagandista. Borromeo foi o coordenador do livro «Atas do Simpósio Internacional “A Inquisição”» de onde tirei diversas citações para este artigo. No volume, Agostino Borromeo recolhe as palestras de um congresso internacional que reuniu ao final de outubro de 1998 historiadores universalmente reconhecidos especializados em tribunais eclesiásticos. «Hoje em dia –afirmou em uma coletiva de imprensa de apresentação do livro, o professor da Universidade «La Sapienza» de Roma– os historiadores já não utilizam o tema da Inquisição como instrumento para defender ou atacar a Igreja». Diferentemente do que antes sucedia, acrescentou o presidente do Instituto Italiano de Estudos Ibéricos, «o debate se encaminhou para o ambiente histórico, com estatísticas sérias». O especialista constatou que, à «lenda negra» criada contra a Inquisição em países protestantes, opôs uma apologética católica propagandista que, em nenhum dos casos, ajudava a conseguir uma visão objetiva. Isto se deve, entre outras coisas –indicou–, ao «grande passo adiante» dado pela abertura dos arquivos secretos da Congregação para a Doutrina da Fé (antigo Santo Ofício), ordenada por João Paulo II em 1998, onde se encontra uma base documental amplíssima. Borromeu ilustrou alguns dos dados possibilitados pelas «Atas do Simpósio Internacional “A Inquisição”». A Inquisição na Espanha que era dirigida pelos Reis, afirmou, em referência ao tribunal mais conhecido, celebrou entre 1540 e 1700, 44.674 juízos. Os acusados condenados à morte foram 1,8%. Pelo que se refere às famosas «caçadas de bruxas», o historiador constatou que os tribunais eclesiásticos foram muito mais indulgentes e humanos que os civis. Dos 125.000 processos de sua história, a Inquisição espanhola condenou à morte 59 pessoas. Na Itália, acrescentou, foram 36 e em Portugal 4. “Ao contrário do que se divulga, o número de pessoas condenadas a pena máxima era muito pequeno.” Borromeo ainda afirma que muitas vezes os condenados eram executados em efígie (categoria da justiça penal medieval), isto é, onde bonecos eram queimados para representar aqueles que foram condenados à revelia. Tais penas, segundo o direito penal vigente na época eram chamadas de penas substitutivas, isto é, as haviam penas que eram executadas em efígies. Uma vez que a pessoa do condenado não era encontrada, ou tinha fugido, desaparecido ou se suicidado, fazia-se uma efígie, aplicando-se nela a pena. Relata V. Hentig que ‘‘o castigo em efígie desempenhou importante papel no processo inquisitorial espanhol. Lemos que a Inquisição condenou à morte na Espanha, entre 1481 e 1809, 31.912 pessoas, das quais foram executadas em efígie 17.659”. Fonte: bbc.co.uk/portuguese/index.shtml. Algumas afirmações dos especialistas “Portanto, contrariamente ao que se pensa, apenas uma pequena porcentagem do procedimento inquisitorial se concluía com a condenação à morte.” (Adriano Garuti, La Santa Romana e Universale Inquisizione, p. 415 in L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003) “A inquisição podia haver causado um holocausto de bruxas nos países católicos do Mediterrâneo, mas a história demonstra algo muito diferente, a Inquisição foi aqui a salvação de milhares de pessoas acusadas de um crime impossível.” (Gustav Henningsen, La inquisición y las brujas, p. 594. L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003) “A documentação correspondente a Idade Moderna, ao contrário das fontes correspondentes ao medievo, é tão abundante, que nos permite com grande segurança calcular o número de bruxas queimadas pela inquisição. As cifras, por inesperadas, resultam assombrosas. Para Portugal é 4. Para Espanha, 59, para Itália, 36.” (Gustav Henningsen, La inquisición y las brujas, p. 582. L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003) “Su exagerada suposição de que o santo Ofício, nesses dois séculos (XV-XVI), havia queimado a 30.000 bruxas, faz tempo que deixou de ser levado em consideração pela ciência.” (Gustav Henningsen, La inquisición y las brujas, p. 576. Atti del simpósio internazionale. 2003.) “Não foi a Inquisição quem iniciou a perseguição às bruxas, senão a justiça civil nos Alpes e na Croácia” (Gustav Henningsen, La inquisición y las brujas, p. 576.L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003) “O certo é que, ao contrário do que comumente se crê, as perseguições de bruxas não se deveram a iniciativa da Igreja, foram manifestação de uma crença popular, cuja bem documentada existência se remonta a mais remota antiguidade.” (Gustav Henningsen, La inquisición y las brujas, p. 568. L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003) “Dos processos que se vão publicando e também das biografias de inquisidores que vão aparecendo, se pode constatar que estes eram em geral pessoas com uma formação jurídica elevada e que suas atuações foram muito majoritariamente conforme ao direito, ainda que houvesse sem dúvida abusos.” (Arturo Bernal Palácios, El estatuto jurídico de la Inquisición, p. 152. L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003) “De todas as formas, o direito inquisitorial neste ponto é um direito privilegiado como bem escreveu o professor Enrique Gacto, já contém sanções mais benignas que as do direito penal ordinário ou secular, em que o delito de heresia é reprimido inapelavelmente com a pena de morte. Mas o réu de heresia, resgatado pela jurisdição inquisitorial, tem aberta uma via que lhe permite escapar a esta sanção máxima e, com efeito, a evita sempre que confesse e manifeste seu arrependimento de forma suficiente.” (Arturo Bernal Palácios, El estatuto jurídico de la Inquisición, p. 140. L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003) “A pena de morte foi impregada não somente na inquisição, mas praticamente em todos os outros sistemas judiciários da Europa.(…) O professor Tedeshi afirma: ‘tenho a convicção de que as futuras investigações demonstrarão que a pena capital foi usada com menor freqüência e com mais respeito pela dignidade humana nos tribunais do Santo Ofício do que nos civis.’” (Adriano Garuti, La Santa Romana e Universale Inquisizione, p. 417. L´Inquisizione, Atti del simpósio internazionale. Cittá del Vaticano, 2003) “Em uma época em que o uso da tortura era geral nos tribunais penais europeus, a Inquisição espanhola seguiu uma política de benignidade e circunspeção que a deixa em lugar favorável se se compara com qualquer outra instituição. A tortura era emprega somente como último recurso e se aplicava em pouquíssimos casos.” (Henry Kamen, La Inquisición Española: una revisión histórica. Barcelona: Crítica, 2004, p. 184) “As cenas de sadismo que descrevem os escritores que se inspiraram no tema possuem pouca relação com a realidade” (Henry Kamen, La Inquisición Española: una revisión histórica. Barcelona: Crítica, 2004, p. 185) “Em comparação com a crueldade e as mutilações que eram normais nos tribunais seculares, a Inquisição se mostra sob uma luz relativamente favorável; este fato, em conjunção com o usual bom nível da condição de seus cárceres, nos faz considerar que o tribunal teve pouco interesse pela crueldade e que tratou de temperar a justiça com a misericórdia.” (Henry Kamen, La Inquisición Española: una revisión histórica. Barcelona: Crítica, 2004, p. 187) “O número proporcionalmente pequeno de execuções constitui um argumento eficaz contra a leyenda negra de um tribunal sedento de sangue.” (Henry Kamen, La Inquisición Española: una revisión histórica. Barcelona: Crítica, 2004, p. 197) “As fontes históricas demonstram muito claramente que a Inquisição recorria à tortura muito raramente. O especialista Bartolomé Benassa, que se ocupou da Inquisição mais dura, a espanhola, fala de um uso da tortura “relativamente pouco frequente e geralmente moderado, era o recurso à pena capital, excepcional depois do ano 1500″. O fato é que os inquisidores não acreditavam na eficácia da tortura. Os manuais para inquisidores convidavam a que se desconfiasse dela, porque os fracos, sob tortura, confessariam qualquer coisa, e nela os “duros” teriam persistido facilmente. Ora, porque quem resistia à tortura sem confessar era automaticamente solto, vai de si que como meio de prova a tortura era pouco útil. Não só. A confissão obtida sob tortura devia ser confirmada por escrito pelo imputado posteriormente, sem tortura (somente assim as eventuais admissões de culpa podiam ser levadas a juízo). (Rino Camilleri,.La Vera Storia dell ´Inquisizione, Ed Piemme, Casale Monferrato, 2.001, p.p. 46-47).
Posted on: Wed, 31 Jul 2013 14:25:33 +0000

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