VPV - A EUROPA E O MUNDO NA ERA PÓS-COLONIAL: com o seu habitual - TopicsExpress



          

VPV - A EUROPA E O MUNDO NA ERA PÓS-COLONIAL: com o seu habitual reducionismo e vocação para o catastrofismo (que cultiva algo morbidamente como imagem de marca), VPV não deixa de ter alguma razão quando alerta para o facto de maioria dos europeus não terem ainda assumido a plena consciência de que a Europa (não confundir aqui com UE) já deixou de ser há algumas dezenas de anos o centro do mundo e das consequências económicas que uma nova ordem mundial pós-colonial acarreta para o tradicional modus vivendi europeu; um exemplo dessa incapacidade, uma nova forma do velho europocentrismo, traduz-se na tendência para mundializarem aspectos de uma crise europeia quando os indicadores de forma alguma vão nesse sentido (ainda que, factor que VPV omite com frequência, uma crise económica europeia acarrete inevitavelmente ondas de choque a média e longa distância). A crise económica e social que o mundo europeu está a viver, independentemente da factualidade das crises financeiras, subprime, dividas soberanas, etc. é também, senão mesmo sobretudo, a incapacidade de se adaptar a uma nova ordem económica (e política) mundial que já não domina, juntamente com os EUA, na pratica traduzida numa maior redistribuição do produto mundial por outros continentes e nações ditos emergentes e da secular "troca desigual" já não desaguar sempre na mesma direcção ... A "IGUALDADE É LIXADA" (mesmo que por vias pouco recomendáveis, mas no fundo idênticas às da longa fase do arranque industrial e financeiro da Europa), e até aqueles que, com toda a justiça, tanto pugnaram e lutaram para o fim do colonialismo (e, já agora, do imperialismo ocidental, que tb já teve melhores dias) têm dificuldades em lidar com ela. (artigo de VPV): " Os portugueses, infelizmente para eles, esperam a salvação da Europa. Alguns, um pouco mais sóbrios, percebem que a nossa crise é uma pequena parte da crise da Europa. Mas ninguém se lembra ou quer reconhecer que a Europa já chegou ao fim. Em Junho de 2014, quando a troika sair de Portugal, vai fazer 100 anos que a Europa voluntariamente se matou. Em Junho de 1914, e excluindo por método o império americano, a Inglaterra, a França, a Alemanha e o que se chamava com optimismo a Rússia eram literalmente os donos do mundo. A grande política ou, como se dizia à época, "o grande jogo" consistia numa vigilância mútua a roçar a loucura ou no exercício, certamente mais consolador e mais rendoso, de distribuir a terra em talhões em África e na Ásia. Da China a Marrocos e de Portugal a Samoa, não havia um único cantinho livre da sombra das potências. Em Junho e Julho de 1914, a Europa decidiu resolver alguns conflitos sem importância intrínseca por meio de uma guerra geral no seu próprio continente. Essa guerra deixou sequelas que depressa (20 anos) produziram outra; e a segunda liquidou os restos do que ainda passava (e passa hoje) por "civilização ocidental". No fim, depois de 75 milhões de mortos, as coisas continuaram como estavam ou como alguns queriam que estivessem. A Inglaterra perdeu a Índia e, lentamente, o resto das colónias, a França também, a Áustria-Hungria desapareceu. Só a Rússia aguentou até 1989 a sua supremacia na Europa de Leste, na Ásia Central e numa fracção, aliás leonina, da Ásia Oriental. A Europa viveu dali em diante da protecção da América e do que ia conseguindo exportar para os seus velhos domínios. Mas nem por isso desistimos de nos considerar o centro do mundo. Entre as queixas sobre depressão nos países do euro em 2012, não se lê uma frase sobre o facto de que a produção global cresceu 5 por cento. A China, a Índia, o Brasil, a Indonésia e a Arábia entraram finalmente na "história" e, vista de longe, a Europa é um simples saguão, onde se vive bem e que vende aos simplórios produtos de luxo. A nossa impotência e as nossas bazófias não impressionam ninguém; e ninguém lamenta este novo trambolhão do seu antigo senhor e mestre, seja ele inglês, francês, alemão ou russo. Proclamam por aí que Portugal não tem condições de competitividade, quando três quartos da Europa, que abandonaram a indústria e o comércio de longo curso, também não têm. O desastre é comum e nada nos livrará dele.
Posted on: Mon, 10 Jun 2013 00:19:01 +0000

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