Vez em quando algumas pessoas, mormente no twitter relembram a - TopicsExpress



          

Vez em quando algumas pessoas, mormente no twitter relembram a Ditadura Oficial mais recente, e algumas delas, talvez por total desconhecimento das “entranhas” do período, falam de forma equivocada, sobre certa tranquilidade e segurança durante sua duração, na opinião delas, é claro. Todavia, nada melhor que a democracia, que a liberdade de expressão, e de ir e vir no lugar onde você nasceu, e onde provavelmente o seu cadáver será enterrado em lugar “conhecido” (isso é importante), juntamente com sua família. Como o jovem, de um modo geral, pouco ou quase nada se interessa em se informar sobre esse lapso de tempo, onde a força se fez sentir de forma desmedida, procuro contribuir com algo, um ensaio publicado em 2010, e com o título de: “Traquinagem Caseira”, lembrando na oportunidade uma reflexão do 1º Ministro Britânico Sir Winston Churchill, referindo-se ao comunismo, socialismo e outras tolices, ou doutrinas utópicas e pueris, que só existem na cabeça daqueles que aspiram ao “mando”: “A democracia é a pior forma de governo, exceto todas as outras que têm sido tentadas de tempos em tempos” - Churchill, pois quando conseguem chegar lá (inebr$ados de poder), só pensam mesmo em si($) e em mandar, tal qual, também previu o anarquista russo Mikhail Bakunin: "Não mais representarão o povo, mas, a si mesmos e suas pretensões de governá-lo”. Atualmente num País totalmente aparelhado, uma pequena parcela da sociedade que não foi seduzida por um DAS cheio de zeros, uma Chefia Turbinada “gordinha, às vezes superior ao salário”, e não sacia a “fome da barriga” no Bolsa Família, assiste impotente a derrocada moral do País, mas, um período de festa no conceito de muitos. Vamos ler a “Traquinagem Caseira”, aleluia! “Na noite de 30 de abril, durante um show de música popular para 20 mil jovens, uma bomba explode dentro de um automóvel que manobrava no estacionamento do Riocentro, na Barra da Tijuca. Morto no seu interior o Sargento Guilherme Pereira do Rosário”. “Gravemente ferido abandona o veículo o Capitão Wilson Luís Chaves Machado, ambos do Destacamento de Operações e Informações do 1º Exército sediado no Rio de Janeiro. Minutos depois outra bomba, mais poderosa, é lançada e explode próximo à casa de força do Riocentro. Como não atinge o seu alvo, não provoca a escuridão geral que certamente ocasionaria o pânico no recinto fechado do show, com consequências fáceis de imaginar". Esse texto (na íntegra) faz parte da obra do Major do Exército Dickson Melges Grael - Aventura, Corrupção e Terrorismo - à sombra da impunidade, pgs. 81 e 82. Portanto, e complementado a informação acima, o Puma cinza-metálico, portava a placa falsa de nº OT-0279 e o "artefato" seria instalado nas dependências do edifício pelos dois militares em apreço. Todavia, por falha no manuseio, explodiu antes do tempo desejado, ou seja, por volta das 21 horas, dentro do próprio veículo, no colo do sargento Rosário que teve morte imediata em face à destruição dos intestinos e da genitália, e ferindo gravemente o capitão Machado. Uma segunda bomba que cortaria o fornecimento de energia, causaria a interrupção brusca do show, geraria pânico entre 20 mil pessoas e o pisoteamento dos mais velhos e jovens, com a ocorrência de vítimas fatais, explodiu no pátio da miniestação, sem nenhum problema. Imediatamente, o governo culpou os radicais de esquerda pelo atentado, uma hipótese que não tinha a mínima sustentação na época. Atualmente já se comprovou, inclusive por meio de confissão que o atentado no Riocentro foi uma tentativa de setores mais radicais do próprio governo, interessados numa nova onda de repressão e temerosos de serem desmoralizados por envolvimento na tortura. Com esse objetivo, várias medidas estranhas tomadas no dia do show, e relativas à segurança do Evento, indicam que o atentado envolvia a participação estratégica de muitas pessoas, militares e civis, e que vinha sendo planejado detalhadamente a cerca de um mês. Para apurar as explosões do Riocentro foi aberto um Inquérito Policial Militar sob a presidência do Cel. Luís Antônio Ribeiro Prado. Nesse ínterim, por ocasião do enterro do sargento Guilherme Rosário, sepultado com honras de herói, o Cel. Job Lorena de Sant´ana, posteriormente designado presidente do Inquérito Policial Militar instalado, em face do afastamento do coronel Prado, leu um discurso onde afirmava que o morto fora vítima de um ato terrorista. No Jornal Nacional da Rede Globo, do dia 01/05/1981, o assunto foi noticiado, inclusive mostrado ao público mais duas granadas que estavam no interior do veículo semi-destruído. No entanto, pressionada pelos militares a emissora voltou atrás e, através de um flash na programação, anunciou que os dois objetos anteriormente garantidos como bombas eram, na realidade, extintores de incêndio do veículo. Arre égua! Na época, entrevistado no "Fantástico", da TV Globo, o coronel Luís Antônio Ribeiro Prado, visivelmente emocionado, disse ao jornalista que inicialmente julgou que se tratava de um atentado terrorista contra os militares de Inteligência que faziam "campana" próximo ao show dos trabalhadores. Porém, à medida que os laudos foram elucidando o ocorrido, não teve mais dúvidas de que a explosão no veículo ocorreu devido à falha de manuseio da bomba que se encontrava no colo do sargento Rosário, ocupante do veículo ao lado do capitão Machado. Pressionado pelas autoridades, o Cel. Prado manteve sua convicção sobre o assunto, sendo afastado do inquérito, internado durante uma semana no Hospital Central do Exército por "motivos de saúde”, e posteriormente não foi promovido a general. Em novembro de 1996, o Ex-presidente da República, na época da ditadura e das explosões no Riocentro, Gal. João Batista de Figueiredo, admitiu que houvesse participação de militares no sinistro. O atentado do Riocentro foi reaberto no início de 1999, e após três meses de investigação, o general Sérgio Conforto, encarregado do novo inquérito, apontou a responsabilidade de quatro militares no Evento: o coronel Wilson Machado, o general da reserva Nílton Cruz, o sargento Guilherme do Rosário, enterrado com honras de herói e o coronel Freddie Perdigão, também já falecido. No ano 2000 o inquérito foi definitivamente arquivado, através do STF. Mesmo com o "tiro saíndo pela culatra", este poderia ter sido o maior atentado urbano da história do Brasil, com consequências funestas para as famílias de bem, nesse eterno oceano de impunidade. AMÉM! José Pereira Gondim é autor das trilogias: A Forja do Cinismo e Jesus e o Cristianismo (a venda em “O Sebo Cultural/PB”, na Livraria Saraiva, na Livraria Imperatriz/PE e em algumas mais no País), onde esse e outros temas conflitantes são tratados com responsabilidade, mas, sem eufemismos.
Posted on: Sun, 29 Sep 2013 03:10:44 +0000

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