XIV DOMINGO DO TEMPO COMUM 07.07.2013 Leituras: (Is 66,10-14; Sl - TopicsExpress



          

XIV DOMINGO DO TEMPO COMUM 07.07.2013 Leituras: (Is 66,10-14; Sl 65; Gl 6,14-18; Lc 10,1-12.17-20). MISSÃO DOS SEGUIDORES DE JESUS I. INTRODUÇÃO: A liturgia de hoje revive o anúncio da paz no tempo dos profetas e no tempo dos discípulos de Jesus. II. APROFUNDAMENTO: Primeira Leitura: Missão da Paz universal de Jerusalém restaurada - O texto da liturgia de hoje pertence ao 3º. Isaías ou 3ª. parte do livro do profeta Isaías (I Isaías = 1-39; II Isaías = 40-55; III Isaías = 56-66). O 3º. Isaías é o profeta da esperança e da reconstrução. Por volta de 520-515 a. C. depois que o povo voltou do exílio babilônico, era preciso restaurar o Templo. A esperança era reconstruir Jerusalém o mais rápido possível. Mas Jerusalém tinha sido toda destruída. O povo encontrou só escombros, miséria e fome. Começaram o trabalho, mas o tempo foi passando e as dificuldades aumentando. Todos nós, diante dos problemas, somos vítimas do imediatismo. Queremos resolver tudo de uma hora para outra. Começou então a haver um desânimo e até dúvida sobre o poder de Deus. É aqui que entra o profeta da esperança lembrando a força restauradora e o carinho materno do Deus libertador. Ele levanta a moral do povo abatido, convidando a todos para uma festa, partilhando a alegria de uma Jerusalém reconstruída (v. 10). Jerusalém é comparada com uma mãe cheia de vigor amamentando seus filhinhos. A metáfora da mãe, dos seios e dos úberes é muito bonita. O coração materno de Deus é transferido para Jerusalém para mostrar a transformação que Deus fará da cidade, trazendo para ela o bem estar e as riquezas das nações (v. 12). Diante de tudo isso por que a tristeza? O importante é arregaçar as mangas e mãos à obra! O Segundo Testamento vê em Jesus Cristo a realização das promessas de Deus e o alicerce da nova Jerusalém (Ap. 21,1-22,5). Segunda Leitura: A nova criação em Cristo: paz e misericórdia - Entre os gálatas infiltraram-se os judaizantes, aqueles que são apegados à Lei judaica, para destruir o evangelho de Paulo. Paulo prega a salvação através da cruz de Cristo. Os judaizantes pregam uma salvação através do rigor da Lei e da necessidade da circuncisão. Paulo deixa claro que os judaizantes buscam seus próprios interesses e querem separá-lo dos gálatas. Eles fogem da perseguição que sofre quem aceita a cruz de Cristo e buscam gloriar-se na carne, ou seja, na circuncisão dos gálatas. A preocupação deles é aparecer. Podemos destacar nestes versos finais da carta aos Gl, três temas: a inutilidade da circuncisão, o valor salvífico da cruz de Cristo e o renascimento cristão como nova criatura. A glória do cristão não está nele, mas na cruz de Cristo. Paulo diz que na cruz de Cristo o mundo da injustiça, da vaidade e do pecado morreu para ele e ele para o mundo. Da cruz, Cristo faz brotar a vida, a ressurreição, a nova criatura. A cruz não é escravidão (como a Lei que nos torna cativos de normas e preceitos, que não somos capazes de cumprir), mas é libertação para a vida. Quem adere à cruz de Cristo encontra a paz e a misericórdia, o perdão dos seus pecados para viver como nova criatura reerguida pela graça de Deus e não abatidos pelo peso da Lei. Evangelho: A missão do discípulo: anunciar a paz de Cristo - Estamos no contexto da grande viagem para Jerusalém que em Lucas ocupa uma parte considerável do evangelho. Vai de 9,51 até 19,27. Lá, em Jerusalém, Jesus vai enfrentar a cruz da libertação. Ele vai morrer para trazer a vida para todos. Tem duas narrações de missão: 1) a dos doze (Lc 9,1-6) e 2) a de setenta (e dois) outros (Lc 10,1-20). a) Todos devem participar. O número 72 é simbólico para lembrar que todos são chamados (não apenas os 12 apóstolos) a trabalhar para o Reino. A missão não é privilégio da cúpula, pois toda a Igreja é missionária. Para os antigos o número 72 representa todas as nações do mundo (Cf. Gn 10,1-32). Quer dizer, a salvação é para todos e todos devem se empenhar. b) Quem são os discípulos e como devem agir? São pessoas de oração (rogai ao dono das plantações para mandar operários). Quem ora acredita na gratuidade do amor de Deus, quer dizer que quem cuida da colheita é Deus, a missão é um dom do seu amor. Eles lançam a semente da palavra em meio aos conflitos da sociedade (cordeiros no meio de lobos). Seus métodos se distinguem do método violento dos opressores - os lobos. Uma condição essencial do missionário é o desprendimento (não deve levar nada). A missão é caracterizada pela urgência (não devem parar), pelo anúncio da paz e da proximidade do Reino, transformando as estruturas, curando e reintegrando as pessoas. A paz significa plenitude dos bens messiânicos, condição favorável à vida de todos. Eles não devem agir visando lucro, mas devem se contentar com o necessário (vv. 7ss). Eles não devem fazer média com os poderosos que não querem acolher a mensagem, por isso, ao saírem, devem sacudir a poeira dos pés como gesto de ruptura. O julgamento fica para Deus (vv. 10-12). c) O retorno dos 72 discípulos - Trata-se de um contínuo retorno às fontes da evangelização. Nossos trabalhos devem sempre ser avaliados à luz do evangelho. Nada de triunfalismo, nada de vaidade. A glória compete a Cristo, cujo anúncio do Reino espanta os demônios e é superior a todas as manifestações da morte (poder de pisar em serpentes e escorpiões). A alegria dos discípulos reside no fato de os nomes deles estarem escritos no céu.
Posted on: Sun, 07 Jul 2013 14:55:44 +0000

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