É DE SE LAMENTAR Não gostaria nunca de escrever - TopicsExpress



          

É DE SE LAMENTAR Não gostaria nunca de escrever o que agora escrevo para ser publicado no nosso “O Batista Mineiro”. Mas o meu coração está inquieto e certamente o de muitos outros diante da apatia espiritual de nosso povo em relação ao ministério da intercessão nas nossas vidas individuais, nas nossas Igrejas e na nossa Denominação Batista. Quisera estar enganado. O descaso para com uma vida de comunhão com Deus através da oração é tremendamente preocupante. Todos ainda temos em mente o congresso promovido pela Convenção Batista Mineira, “É tempo de Despertar”, realizado aqui na nossa capital mineira, nos templos da Igreja Batista do Barro Preto e PIB de Belo Horizonte. Ouvimos abençoadoras mensagens de nossos preletores. Fomos, indiscutivelmente, impactados com o poder do Espírito Santo. Mas deixei o congresso angustiado em virtude do desinteresse, do descaso, para com o exercício da oração, da intercessão, deste recurso indispensável para o preparo de um encontro de avivamento espiritual. Tive o privilégio de trabalhar com o grupo responsável pelo preparo e execução do Congresso. Ficamos com a incumbência de promover reuniões de oração. Tivemos vigílias de oração nas regionais da Associação Batista Central. Não soube de todos os resultados, mas parece-me que o nosso povo não valorizou essa programação e o comparecimento deixou muito a desejar. No templo da IB do Barro Preto, local principal do Congresso, montamos um Plantão de Oração. Contamos com uma equipe de 15 irmãos para que durante as reuniões do Congresso “É Tempo de Despertar”, estivéssemos intercedendo pelos dirigentes, pelos congressistas, pela música e pelos preletores. Estaríamos sustentando-os com as nossas preces, pois isso nos é ensinado nas Santas Escrituras. A sala para o Plantão de Oração ficou bem próxima do santuário onde as reuniões do Congresso aconteceram. Foram feitos apelos para que os congressistas lá estivessem orando por alguns minutos. Mas, lamentavelmente, uns pouquíssimos irmãos mostraram interesse pela intercessão a favor do Congresso. Além dos quinze irmãos e irmãs, escalados para o plantão, apenas uns dez congressistas lá estiveram dando suporte ao Congresso. Nem mesmo os pastores, que não foram poucos no encontro, mostraram interesse por participarem no plantão de oração. Até parece que avivamento espiritual não é uma necessidade do povo de Deus. Porventura, isso não é preocupante, não é motivo de lamento? Somos o povo de Deus. Somos os servos e as servas de Jesus. Somos ensinados pelo Mestre e Ele disse: “Sem mim nada podeis fazer” (João 15.5). Nossa responsabilidade aumenta quando sabemos o que fazer, mas não o fazemos. O pecado da omissão é o que mais praticamos (Tiago 4.17). Precisamos refletir sobre a nossa incredulidade acerca do ministério da oração. Nossa pobreza espiritual aumenta assustadoramente. Reuniões de oração são as que menos nos atraem. Isso traz dor ao nosso coração. Temos no nosso antigo hinário “O Cantor Cristão” um hino com essa triste declaração: “Oh! Que paz perdemos sempre, oh! que dor no coração, só porque nós não levamos tudo a Deus em oração!”. Em outubro de 2012 estive participando do encontro da Editora Fiel na cidade paulista de Águas de Lindóia. Dois mil participantes brigando pelos melhores lugares no imenso auditório. Todos queríamos ficar o mais perto possível dos preletores. Disputávamos espaço para comprar os livros encontrados nas bancas em locais do encontro. E a sala de oração? Estava bem indicada para que pudéssemos ter o nosso A SÓS COM DEUS. Mas apenas umas 40 pessoas, representando somente dois por cento compareciam ao local de oração. Isso não é motivo de nos deixar angustiados? Temos que confessar que não damos o devido valor ao exercício da oração. Até parece que a Palavra de Deus não fala de sua importância. Será que não temos conhecimento de II Crônicas 7.14? “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter de seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”. Se não vamos praticar o que sabemos, melhor seria mesmo nem saber. Reflitamos nisto, leitores. Na história do povo de Israel, um acontecimento merece ser lembrado. Está registrado em Êxodo 17.8-16. O povo de Deus se achava em Refidim e o rei Amaleque desafiou Israel para uma batalha. Moisés não rejeita o desafio. Josué assume o comando da peleja e Moisés vai para o monte orar e leva consigo Arão e Hur . O sucesso da luta a favor de Israel era demonstrado através de um ato de intercessão de Moisés. Enquanto suas mãos estavam dirigidas para Deus o seu povo prevalecia, mas quando Moisés era tomado pelo cansaço e as suas mãos abaixavam, eram os amalequitas que prevaleciam. Arão e Hur então, se dispõem a sustentar suas mãos estendidas de modo ininterrupto até ao por do sol e Josué desbaratou os inimigos e os israelitas venceram a batalha. Depois só restava celebrar a vitória. Porventura, não somos o Israel de Deus e o exercício da intercessão não continua tendo a mesma importância? A Igreja do Senhor Jesus, nos começo de sua existência, experimentou algo semelhante. O evangelista Lucas, no livro de Atos dos Apóstolos, foi quem registrou o fato. Veja em Atos 12.1-19. O apóstolo Pedro se achava em prisão por ordem do rei Herodes para ser morto a fio de espada. Isso já havia sido feito com o apóstolo Tiago e agradou muito aos judeus. Mas a Igreja que em permanente ato de oração se encontrava, intercedia por ele. E o que aconteceu? Milagrosamente um anjo entra no cárcere, na véspera de Pedro ser executado e o livra das correntes que prendiam-no, livra-o também da vigilância dos sentinelas e agora totalmente libertado vai ao encontro da igreja para testemunhar do que aconteceu e agradecer os resultados de suas orações. Porventura, não temos o mesmo Deus para ouvir e atender as nossas petições a favor de um verdadeiro despertamento espiritual? No Congresso de que estamos falando ouvimos dois dos oradores colocando em destaque a oração como o caminho para um avivamento espiritual. No meu entender, falaram na unção do Espírito Santo. Foi dito que no cristianismo primitivo os locais de cultos eram chamados de “Casa de Oração”. Fez-me lembrar de que Jesus ao visitar o templo em Jerusalém precisou expulsar os vendilhões que estavam no pátio, pois faziam do local um “covil de ladrões”, e no final disse o que já estava escrito nas Escrituras: “A minha casa será chamada casa de oração” (Isaías 56.7 e Lucas 19.46). Também foi dito por um dos oradores que no começo da nossa história no Brasil, nossas igrejas batistas, chamavam os seus locais de cultos, de “casa de oração”. O tempo tem nos feito distanciar de muitas práticas que nos deixam saudades. Não creio que isso seja apenas saudosismo. Temos várias igrejas mantendo no seu templo uma sala destinada à oração. Isso muito nos alegra. Mas, porventura o santuário onde acontecem os cultos, onde ouvimos cânticos maravilhosos, mensagens esplêndidas, também não é local de oração? Creio que todo o espaço de reuniões da igreja precisa ser um lugar convidativo à oração. Vale a pena refletir no que acabo de colocar diante dos irmãos, não é razoável este lamento? Que o Senhor de nossas preces nos ajude! Pr. Jonair Monteiro da Silva
Posted on: Fri, 16 Aug 2013 20:14:21 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015