É SÓ UM TRECHO Seguindo a lógica do Ministério Público, caso - TopicsExpress



          

É SÓ UM TRECHO Seguindo a lógica do Ministério Público, caso aumente o número de roubo a carros, eles proibiriam a venda dos mesmos, ou seja, não iriam atrás de quem rouba. Percebam o quão ineficiente é o Poder Público, eles não vão atrás do indivíduo, da pessoa física, do CPF. Punem a entidade inteira, como se TODOS os sócios dos Gaviões ficassem por aí fazendo baderna pela cidade, quando na verdade a própria PM e MP dizem que são “meia dúzia”, na maioria das brigas alegam que são em torno de 100 a 200 pessoas envolvidas, temos quase 100 mil sócios, ou seja, não chega próximo de 1% da torcida, isso se realmente forem sócios dos Gaviões, pois muitos se quer pertencem a organizada alguma e mesmo assim a culpa recai sobre nossos ombros. Quando algum político comete desvio de conduta, se discute a extinção do congresso? Ou eles vão atrás do indivíduo que praticou o desvio? Isso quando não continuam exercendo suas funções mesmo depois de condenados. Se em casos de tal gravidade, pois estamos falando de saúde, educação, transporte, moradia, que se tornam códigos em paraísos fiscais, só quem praticou o ato é punido, e a classe inteira não pode pagar pelos atos de um de seus membros, esta mesma lógica deveria funcionar também para as torcidas organizadas. É como se servíssemos de bodes expiatórios, atrapalhamos o processo de elitização e a entidade inteira sempre levará a culpa, sempre! Mesmo diante deste quadro, continuaremos a colaborar com o MP e PM, a tratá-los com respeito, indo a todas as reuniões antes dos jogos e avisando aos mesmos de todos os pontos da cidade onde possa haver confusão, fazendo tudo que estiver ao nosso alcance no intuito de acabar, ou minimizar ao máximo, a violência. O Gaviões da Fiel é mais que uma torcida organizada, é um braço da sociedade. Lutamos contra a Ditadura, abraçamos diversas causas sociais, levantamos bandeiras em busca de uma sociedade mais igualitária. Esta é nossa briga, essa é a luta dos Gaviões da Fiel. Segundo a pesquisadora e autora do livro, Futebol e Violência, Heloísa Reis: “Torcidas organizadas agora recebem o rótulo de "facções". É uma clara tentativa de relacioná-las ao mundo do crime, como se todas as suas atitudes fossem ilícitas. Mas a realidade é diferente. O torcedor organizado não é bandido. Ele trabalha (a média de desemprego nas torcidas é de 2,8%, em comparação com os 8,1% da média brasileira), mora com os pais (86,8%) e tem um significativo grau de instrução (80,8% possui de 10 a 12 anos de escolaridade). Esses números fazem parte do resultado de uma pesquisa que realizei com 813 integrantes das três maiores organizadas de São Paulo. São dados que desmentem a visão de que seus filiados são vagabundos que se associam para o crime. Costuma-se generalizar, mostrando que as mortes que ocorrem no futebol têm a ver apenas com as torcidas. Não é verdade. Por isso, pregar a extinção das organizadas para estancar a violência é a mesma coisa que defender o fim do Senado para acabar com a corrupção.” (grifo nosso) Sempre ficou bem claro - tanto para a sociedade, quanto para o Poder Público - a posição dos Gaviões da Fiel no que tange a violência. Repudiamos quaisquer tipos de violência, inclusive a violência do aumento abusivo nos valores dos ingressos e a exclusão do torcedor de baixa renda dos estádios com o processo de ELITIZAÇÃO DO FUTEBOL.
Posted on: Tue, 10 Sep 2013 03:09:40 +0000

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