"É pública a minha não ligação a qualquer partido político. Esse facto, que estabelece um pleno exercício de liberdade de escolha e de ideias, deixa-me perfeitamente à vontade para materializar as minhas opções que apenas a mim vinculam e responsabilizam. Apesar de estar longe, sigo diariamente a vida da terra onde cresci e a que estarei sempre ligado. E os últimos tempos têm lançado alguma perturbação e não raras vezes perplexidade, face ao grau pouco elevado da vida política em Penacova e ao modo como surge na comunicação social e redes sociais a ideia de que existe uma elite pensadora e executora no poder e uma caterva acéfala e maledicente na oposição. Um maniqueísmo tão básico quanto redutor, demasiado perto dos patamares da vergonha. A degradação da vida e do discurso político em Penacova tem crescido a níveis que não se recomendam, contribuindo para o alheamento dos cidadãos da vida cívica e política da sua terra, acarretando um deficiente escrutínio da atividade e prática políticas dos executores mandatados pelos cidadãos. Grave e perigoso porque tende a esbater por falta de comparência os mecanismos que asseguram a saúde da democracia e, por isso, a parecem por vezes asfixiar. Assiste-se a uma intoxicação da opinião publica de Penacova e paira uma certa e pouco recomendável ideia que “tudo vale” para a justificação dos atos – dos bons e dos menos bons – dos atuais ocupantes das cadeiras do poder em Penacova. A permanente necessidade de justificar tudo, a obsessão em críticar de forma contundente e por vezes timbrada por reles e estafado jargão político, relativamente a tudo o que não nasça da “ordem pensante e estabalecida”, é preocupante, sobretudo numa terra em que a militância cívica não é, conceda-se, muito forte. Resumindo, vejo no Mauro Carpinteiro capacidades para dar um decisivo contributo para alterar e dignificar a linguagem e a comunicação política, justamente por oposição ao retrato que atrás fiz. Independentemente do resultado de 29 de setembro, deve honrar-te, sempre e sobretudo, o patamar cívico elevado e por isso diferenciador da tua palavra, do teu discurso e, seguramente em plena coerência, da tua ação como Presidente! Assim te seja dada essa oportunidade! Felicidades!" António Luis - Telhado
Posted on: Mon, 26 Aug 2013 21:59:27 +0000
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