15 discos para entender o Heavy Metal Yardbirds – - TopicsExpress



          

15 discos para entender o Heavy Metal Yardbirds – “Ultimate!” (2001, Rhino) As raízes mais profundas do metal podem ser traçadas até “Rumble”, do guitarrista Link Wray, primeira música a usar uma guitarra distorcida, passando pelo solo maníaco de Ray Davies em “You really got me”, do Kinks, até chegar à banda que melhor fundiu a nova sensibilidade elétrica dos anos 60 ao blues norte-americano, o Yardbirds. Eric Clapton e Jimmy Page, que viriam dar forma ao hard rock e ajudar no nascimento do heavy metal vieram do Yardbirds, e eletrificaram faixas como “I´m a man” e “Smokestack lighting” de uma forma que os bluesmen mais radicais como “Screaming” Jay Hawkins e Howlin’ Wolf jamais teriam imaginado. Black Sabbath – “Black Sabbath” Black Sabbath – “Black Sabbath” (1970, Warner) Faixas como “Behind of the wall of sleep” e mesmo a clássica “The wizard” mostram que o Sabbath não estava tão longe dos seus contemporâneos que faziam do blues o hard rock. Mas a faixa-título, abrindo o álbum em tom menor, com o som sinistro da chuva e dos sinos, e os gritos nunca atendidos de ajuda de Ozzy Osbourne, fundou o gênero conhecido atualmente como heavy metal. A macabra “N.I.B.” conta com a seguinte frase: “Meu nome é Lúcifer, por favor, pegue na minha mão” – todas as associações do metal com o oculto começam a partir daqui. KISS – “Alive!” KISS – “Alive!” (1975, Universal) Com suas máscaras e com shows teatrais, o KISS é o elo perdido entre o chocante Alice Cooper, os transformistas do New York Dolls (que viriam a influenciar o glam metal) e os adereços de palco da nova turnê do Iron Maiden. Ao vivo, o Kiss ainda é imbatível: Gene Simons vomitando sangue e cuspindo fogo, Ace Frehley voando – o show da banda já chegou a poder ser visto em 3D. Mesmo sem a pirotecnia do palco, foi com um disco ao vivo que a banda conquistou corações – especialmente com “Rock ‘n’ roll all nite”, um hino à boa vida roqueira. Motörhead – “No sleep ‘til Hammersmith” Motörhead – “No sleep ‘til Hammersmith” (1981, Bronze) O Motörhead já foi considerada uma das bandas mais altas (em decibéis) do mundo, posto disputado ainda com My Bloody Valentine e Manowar. Por sorte, o Guinness desistiu de estabelecer o recorde de “grupo de rock que toca mais alto” depois de registrar 126 decibéis em um show do The Who em 1976 – acima de 80 decibéis começam os danos à audição. Mas em seu tempo, o trio liderado pelo barbudo verruguento Lemmy Kilmister também era o mais rápido e gutural que existia, lançando a base do speed e do thrash metal. A melhor prova de que eram imbatíves no palco é este álbum ao vivo, juntando clássicos da banda como “Ace of spades” e “Overkill”. Iron Maiden – “The number of the beast” Iron Maiden – “The number of the beast” (1982, EMI) O Iron Maiden foi a grande banda da New Wave of British Heavy Metal, que ajudou a definir o que reconhecemos atualmente como metal. Depois do Black Sabbath, o Maiden é provavelmente o grupo mais influente da história do heavy metal. “Number” é o primeiro disco da banda com Bruce Dickinson nos vocais e traz hits como “Hallowed be thy name” e “Run to the hills” (ambas no setlist atual da turnê do grupo). O clima de filme de terror, os trechos de diálogos de filmes, os vocais “operísticos” e o clima épico iria definir para sempre a imagem do Iron Maiden. Venom – “Black metal” (1982, Neat) Venom – “Black metal” (1982, Neat) O Venom levou a tarefa de assustar os pais ao extremo com seu segundo álbum e, de lambuja, criou e nomeou um subgênero onde o satanismo e o oculto seriam tomados completamente a sério. O som extremo do Venom influenciou o thrash, o death e especialmente o “true norwegian black metal” – cujos integrantes, de bandas como Mayhem e Burzum, queimariam igrejas e matariam uns aos outros no início da década de 1990. Faixas como “Countess Bathory” (sobre a “condessa vampira” húngara do século XVII), “Leave me in hell” e “Black metal” fizeram mais pelo crescimento do satanismo no mundo que a “Bíblia satânica” de Anton LaVey. Mötley Crüe – “Shout at the devil” Mötley Crüe – “Shout at the devil” (1983, Elektra) No Brasil o som de bandas como o Mötley Crüe e seus colegas da Avenida Sunset Strip, em Los Angeles, normalmente não é associado ao metal – apesar de serem reconhecidos como uma das bandas mais famosas do “hair metal” em obras como “Metal: A headbanger’s journey” e “Sound of the beast”. Influenciados pelo glam do New York Dolls e Slade (além dos finlandeses do Hanoi Rocks), os integrantes do Crüe usavam maquiagem, roupas femininas e muito laquê nos cabelos – que o digam músicas como “Looks that kill”. Mas isso não quer dizer que eram aproveitadores que não sabiam de onde vinham – uma das faixas do disco é uma cover de “Healter Skelter”, protometal dos Beatles. Slayer – “Reign in blood” Slayer – “Reign in blood” (1986, Def Jam) Em 1986, esse era o disco mais rápido, brutal e agressivo a aparecer por uma grande gravadora. A influência do Slayer vai muito além do thrash metal, e foi uma das bandas responsáveis pelo surgimento do death metal de artistas como Obituary e Deicide. E “Reign in blood” misturou tudo que havia de mais extremo, no som e nos temas, para criar uma obra prima do heavy metal. Os vocais guturais de Tom Araya estão à beira da imcompreensão, a velocidade das guitarras de Kerry King e Jeff Hanemann é assombrosamente rápida, e Dave Lombardo é um monstro, literalmente, na bateria. Graças ao Slayer, o mundo é um lugar um tanto mais assustador. Metallica – “Master of the puppets” Metallica – “Master of puppets” (1986, Elektra) É praticamente impossível escolher o melhor ou mais importante entre os quatro primeiros álbuns do Metallica, mas “Master of puppets” conseguiu o equilíbrio certo entre a urgência de “Kill ‘em all” e a técnica de “...And justice for all”. Lançado em 1986, mesmo ano de “Reign in blood” do Slayer, “Master...” também é a estreia da banda em uma major – no caso, a Electra. O disco foi gravado na Dinamarca, no mesmo estúdio onde a banda fez “Ride the lightining”, de 1984. Coeso, o disco de despedida do baixista Cliff Burton, que viria a morrer em um acidente com o ônibus de turnê da banda, é um tratado de thrash metal do começo ao fim, passando por clássicos como a faixa-título e “Welcome home (Sanitarium)”. Helloween – “The keeper of the seven keys pt. 1” Helloween – “The keeper of the seven keys pt. 1” (1987, Noise) O que no Brasil se conhece por heavy metal melódico muitas vezes é chamado de power metal em outros países. O Helloween é um dos mais importantes representantes do gênero, que se caracteriza pelo apelo quase sinfônico e influências da música clássica ocidental. “Keeper of the seven keys” foi pensado pelos alemães para ser um álbum duplo, mas a gravadora insistiu para que fosse dividido em duas partes. A rapidez das guitarras é combinada com uma técnica impecável, com solos melódicos, enquanto a voz do cantor Michael Kiske encontra alturas operísticas, completando o clima Wagneriano de músicas como “Twilight of the gods” e “Future world”. Ministry – “The land of rape and honey” Ministry – “The land of rape and honey” (1988, Warner) Nascido como uma banda de eletrônica pop no começo dos anos 80, o Ministry foi influenciado pelo rock industrial de bandas como Throbbing Gristle e Cabaret Voltaire – quando adicionou riffs de metal sampleados às experimentações concretistas, acabou criando metal industrial ao lado de grupos como Skinny Puppy. Reprocessando o som metálico e se valendo de temas como morte, violência e ocultismo (“Golden Dawn” faz referência ao culto liderado por Aleister Crowley), o Ministry influenciou gerações de artistas, de Nine Inch Nails a Marylin Manson e até parte do nü metal. Eles fariam ainda mais sucesso década de 90 adentro, com o disco “Psalm 69” e músicas como “N.W.O.”, mas é com “The land of rape and honey” e sua faixa de abertura “Stigmata” que a história começou. Dream Theater – “Images and words” Dream Theater – “Images and words” (1992, Warner) Fruto da fusão entre o peso do metal e o formalismo clássico do rock progressivo de bandas como Rush e Emerson, Lake & Palmer, o metal progressivo encontrou seu grande momento no Dream Theater. Formado por músicos que estudaram na Universidade de Berklee, em Boston, o Theater é uma banda cerebral, quase matemática, cujas músicas soam como pequenas e complexas sinfonias. Isso não impediu o sucesso da banda, que alcançou o disco de ouro com “Images e words”, com direito ao hit “Pull me under” em alta rotação na MTV. Sepultura – “Chaos A.D.” Sepultura – “Chaos A.D.” (1993, Roadrunner) A maior banda de metal brasileira de todos os tempos, o Sepultura teve seu auge com “Chaos A.D.”, disco que levou para o mainstream uma fama cimentada no underground com discos como “Beneath the remains” e “Arise”. Com um som voltado para o thrash metal, a banda abraçou também a política em letras como “Refuse / Resist” e “Biotech is Godzilla” (parceria com o punk Jello Biafra, ex-Dead Kennedys). Ao lado do vocal grave de Max Calvalera e da tensão crescente construída pelas guitarras, destaca-se a bateria de Iggor Cavalera em faixas como “Territory” e a instrumental “Kaiowas”. System of a Down – “Toxicity” System of a Down – “Toxicity” (2001, Sony) De toda a geração do nü metal, o System of a Down foi a banda que mais se aproximou do metal “clássico” dos anos 80, com grande influência de grupos thrash como Anthrax e Metallica. Mas o quarteto, formado por músicos de origem líbano-armênia, também aprenderam as lições do Sepultura em “Roots” e misturaram suas raízes ao seu som, adicionando elementos de música folclórica do Leste Europeu e Oriente Médio. Porradas como “Prison song” e “Toxicity” se alternam no principal disco da banda com momentos mais “pop” (e ainda pesados) como “Aerials” e o hit “Chop suey”. Mastodon – “Leviathan” Mastodon – “Leviathan” (2004, Relapse) Depois do nü metal dominar a cena no final da década de 90, nos EUA o metal passa por um renascimento – em 2005 o jornalista Garry Sharp-Young lançou um livro que nomearia esse movimento: “New wave of american heavy metal”. O Mastodon é uma das bandas mais promissoras dessa leva, e foi “Leviathan”, álbum conceitual sobre o livro “Moby Dick”, que levou a banda ao reconhecimento mundial. Fundindo uma técnica instintiva que os aproxima do metal progressivo, tempos lentos do doom e a agressividade do thrash, a banda é quase inclassificável (apesar de muitos insistirem no rótulo sludge metal). Mas no fim toda a discussão vem abaixo diante da força de faixas como “Blood and thunder” e “Aqua
Posted on: Sat, 05 Oct 2013 15:08:17 +0000

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