19 de junho de 2013 Thaís Moraes Do Diário do Grande ABC Suspeita de negligência afasta médico em S.Caetano A Secretaria de Saúde de São Caetano afastou médico do Hospital de Emergências Albert Sabin por suspeita de negligência. A decisão foi tomada após a morte do motorista Oswaldo Costa Filho, 54 anos, ocorrida no dia 4, vítima de acidente vascular cerebral hemorrágico. A família acredita que Costa Filho tenha sido vítima de descaso por parte da equipe médica. Após bater fortemente a cabeça durante uma queda em via pública, no dia 1º, e ter sido encaminhado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) até a unidade hospitalar, não foi feita solicitação de qualquer exame para avistar possíveis lesões. A equipe do Diário teve acesso aos prontuários médicos do paciente e confirmou ausência de pedido de tomografia ou raio X. Familiares contam que com o impacto da queda, Filho apresentou ferimentos na parte de trás da cabeça. Após se submeter aos curativos o paciente foi liberado sem qualquer prescrição médica. “A única coisa que receitaram foi remédio para evitar infecções. Ele não tomou nenhuma medicação no hospital”, conta com indignação a filha do paciente, a auxiliar de cobrança Karina Silva Freitas Costa, 25 anos. O problema se agravou no dia seguinte. Quando o irmão do motorista foi até sua residência para saber sobre seu estado de saúde, o encontrou desacordado. Karina informa que mais uma vez seu pai foi levado pelo Samu até o Hospital Albert Sabin. “Assim que ele chegou, os médicos informaram que o problema era cerebral e que o caso era grave. Ele foi entubado e disseram que era necessária tomografia no Hospital Maria Braido. Só depois de quatro horas é que levaram meu pai para fazer o exame.” O diagnóstico apontou coágulo no cérebro e Oswaldo precisou ser encaminhado, no dia 2, para o Hospital Estadual de Diadema, cuja unidade oferece neurocirurgiões para tratar casos complexos. Especialistas do hospital informaram que não tinha mais nada a ser feito, já que o cérebro havia sido tomado por hemorragia. Dois dias depois, no dia 4, foi constatada a morte cerebral de Costa Filho. A declaração de óbito informa como causa da morte acidente vascular cerebral hemorrágico. “Quero que todos saibam o que aconteceu com meu pai para que outras pessoas não passem por isso também. Está faltando respeito com o ser humano”, desabafa Karina. A família já denunciou o médico que prestou o primeiro atendimento para o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) e pretende entrar com ação contra o hospital. A Prefeitura de São Caetano informou que todos os procedimentos administrativos para a investigação já foram iniciados e que foi aberta sindicância pela Comissão de Ética da unidade hospitalar.
Posted on: Thu, 20 Jun 2013 20:48:57 +0000
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