A BELEZA DA MISSA Se, por um lado, Freud só metia os pés numa - TopicsExpress



          

A BELEZA DA MISSA Se, por um lado, Freud só metia os pés numa Igreja se fosse para prestar sua última solidariedade aos parentes de um defunto, já o mesmo não acontecia com seu ex-discípulo, o psicanalista Carl Gustav Jung, que, por sinal, uma das coisas que mais o fascinava na vida era a Missa, admitindo-a como uma das mais lindas obras de arte já criada pelo homem, sob a forma de ritos e de um conjunto simbólico extremamente significativo, de grande relevância para à reflexão humana, sob os mais distintos pontos de vista. A admiração pela Missa era tamanha, por parte de Carl Gustav Jung, que, certa vez, na condição de psicanalista, aventurou-se numa pesquisa de muitos anos a respeito das divisões e subdivisões de uma Missa, notando ele, não apenas um processo sequencial interligado e interdependente, dando a impressão que, através dos ritos praticados, surgisse um mosaico simbólico de grande importância para as funções psíquicas do assistente, daí, por sua vez, ele ter admitido que a missa era uma espécie de Obra de Arte e de Arquétipos ou Simbologia com uma capacidade extraordinária de aliviar as tensões psíquicas e o restabelecimento bioquímico do organismo humano. Como homem que contribuiu muito para a exploração de vários temas distintos do conhecimento dos psicanalistas de sua época, e até hoje muito bem aceito pelas Universidades do mundo e por quase todas as correntes religiosas do mundo, Carl Gustav Jung era o tipo surpreendente de homem que costumava ser encontrado no interior de alguma Igreja, acompanhando, em silêncio e com olhos fechados, as passagens da Missa, meditando acerca dos ritos que iam se desencadeando durante sua celebração. Se, porventura, fosse abordado por alguém que o conhecesse, ele costumava dizer que estava praticando análise, ou melhor, submetendo seu Eu interior a uma dimensão mais ampla e a um sentido infinito da vida. Não se sabe, evidentemente, como nasceu a Missa, mas o que se sabe é que o conjunto de seus ritos foi se organizando pelo tempo afora, até ser, durante os séculos XVIII e XIX, adquirindo, definitivamente, essa forma de extraordinária Obra de Arte Humana, além de ser vista, por milhões de pessoas no mundo inteiro, como um ritual Sagrado, Santo, Divino, capaz de encantar, como Obra de Arte, a ateus e agnósticos, devido à riqueza existente pelo conjunto formado de palavras, atos, gestos, símbolos e ritos, como, ainda, encantar ao Cristão, em razão das mensagens metafísicas ou transcendentes existentes, mesmo que o Cristão não tenha olhos para o aspecto magnífico de uma das maiores construções da inteligência humana, que, no passado, foi uma das maiores fontes de inspiração de músicos, artistas e dramaturgos para, respectivamente, criarem suas composições clássicas, criarem suas obras de arte na pintura e na escultura e, finalmente, construírem as grandes histórias para o Teatro. Hoje, fui ver uma missa, assistindo-a, notando e percebendo a imensidão de detalhes e riquezas que ela deixa transbordar, sem, as histerias que, normalmente, assistimos em certos cultos evangélicos. Salvador, 23.09. 2013 Guina de Guinas
Posted on: Tue, 24 Sep 2013 01:29:36 +0000

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