A FORÇA QUE ME AJUDOU A NÃO TER MEDO DA MORTE FÍSICA E - TopicsExpress



          

A FORÇA QUE ME AJUDOU A NÃO TER MEDO DA MORTE FÍSICA E ESPIRITUAL, E QUE ME AJUDOU A LUTAR CONTRA A ESCURIDÃO E O TERROR QUE ME TINHAM INVADIDO Depois de vermos todo o álbum, a Patrícia e eu voltámos para dentro do quarto. Pedimos ao meu filho que fosse lá abaixo fazer-nos um café. No meio de uma agonia e de um desespero que me sobre-veio dada a situação completamente perdida em que me encontrava e desejando do fundo do meu coração que isso nunca acontecesse a ninguém, disse à Patrícia: “Sabes, Jesus pode ser o Filho de Deus.” Nesse preciso momento, enquanto essas palavras estavam a ser pronunciadas, todo o quarto se iluminou de uma ponta à outra. Enquanto saíam da minha boca, um clarão de luz simplesmente encheu todo o quarto. Era como se o sol tivesse saído detrás das nuvens e tivesse iluminado toda a divisão de uma só vez, mas só enquanto essas palavras estavam a ser pronunciadas. Quando me calei a luz desapareceu. Eu não tinha visto apenas um raio de sol entrar pela janela, assim como quando uma luz entra em linha reta. Não, o quarto inteiro iluminou-se ao mesmo tempo, todo, com o mesmo clarão. Perante esse facto, disse: “NÃO! JESUS É O FILHO DE DEUS!!” Não tinha nenhuma dúvida quando o disse pela segunda vez. Nenhuma. A primeira vez disse não sei bem como, pensando que nunca ninguém deveria cair presa de algo tão horroroso. Mas a segunda vez disse-o com convicção, com toda a minha força, acreditando no sinal que Deus me tinha dado acerca do seu Filho. E logo o quarto se voltou a iluminar, de uma ponta à outra, enquanto eu pronunciava toda a frase, desaparecendo o clarão imediatamente quando eu acabei. Instintivamente, sem pensar realmente no que tinha acontecido, virei-me para a Patrícia e disse: “Leva-me a uma Igreja!” Senti imediatamente que eu já não estava condenada, aquela Luz tinha-me demonstrado o contrário: eu podia sair! *** …. Se tudo o que eu tinha sentido antes tinha sido horrível, a minha mente tornou-se um verdadeiro inferno completo então. Pensamentos em voz alta, horríveis, gritavam na minha cabeça que eu ia ser amaldiçoada para toda a eternidade. As pressões tornavam-se horríveis e a confusão imensa. Eu nunca teria sido capaz de encontrar uma Igreja nas condições em que estava. Nunca. Seguia a Patrícia, com os olhos cravados no chão, e com um desejo enorme de lhe pedir que me desse a mão pelo caminho. Eu tinha a consciência de que não devia estar a actuar de uma maneira normal, mas não sabia até onde se notava que não estava normal. E não queria assusta-la pedindo-lhe que me desse a mão. Por isso tentava, na medida do possível, manter a realidade que teimava em desaparecer do meu campo de visão e pedia-lhe que não afastasse os olhos de mim. De repente olhei para o meu filho que estava a dar a mão à Patrícia. Dei-lhe a mão do outro lado, opondo-me forçosamente à sensação de maldade que eu começava a sentir. O meu filho não me largaria a mão, ele não me iria perder. Nem que os meus sentidos me perdessem, ele não me iria perder. (pg. 110) *** … Chegámos à Igreja. Sentei-me à espera do padre. Devia ser a terceira na fila para me confessar. Os meus pensamentos, que não eram os meus pensamentos, começaram a gritar muito altos na minha cabeça, muito, muito alto. Aqueles que eu me lembro bem eram: “Tu estás amaldiçoada para sempre, não consegues escapar.” A minha cabeça não parava. Eu queria detê-la, mas os pensamentos estavam dentro dela, e eu não os podia controlar. Comecei a chorar, não só de medo, mas de desespero. Já não os queria ouvir mais. Tentei gritar mentalmente, esperando sobrepor-me a eles: Por favor, vão-se embora!! As senhoras olhavam para mim preocupadas e uma delas disse-me: “Vá a menina primeiro, precisa mais do que eu.” Disse-me isso porque eu não conseguia parar de chorar descontroladamente.
Posted on: Fri, 16 Aug 2013 19:01:31 +0000

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