A PROFECIA E A VERDADE DO JORNAL DA IMPRENSA Leia e medite. A - TopicsExpress



          

A PROFECIA E A VERDADE DO JORNAL DA IMPRENSA Leia e medite. A história se confirma. A verdade de antes e a verdade de agora estão às claras. Desde 2004/2005 o JORNAL DA IMPRENSA sofre implacável perseguição política do governo Marconi Perillo. Tudo por nos recusarmos à uma proposta indecente, cujos fatos, à época devidamente comprovados, foram levados pessoalmente ao governador de Goiás no Palácio das Esmeraldas. A decisão do Governo? CALAR O JORNAL DA IMPRENSA! Aqui começa um novo ciclo da História. Tenho muitas perguntas ao governador Marconi Perillo. Perguntas que trago no peito e na garganta silenciosamente Perguntas que, sinceramente, só farei à ele Marconi Perillo, em público. ANTONIO LESSA Jornalista "O PODER DA PALAVRA Jornal da Imprensa Editorial 04/06/2010 Deus criou o mundo pela palavra – reza a tradição bíblica. Faça-se a luz, falou o Senhor. A luz se fez. E daí todo o resto foi se fazendo. Os povos antigos tinham um temor reverencial pela palavra. Algumas podiam realizar prodígios; outras, atrair desgraças. Nos tempos bíblicos, ninguém ousava pronunciar o nome de Deus. Tão sagrada era a palavra, enquanto expressão de vontade e intenções humanas, que alguns povos elevaram algumas delas à categoria de quase divindade. Para os brâmanes, a sílaba om, pronunciada de modo bem anazalada, é, em si mesma, uma prece acabada, e sua recitação mântrica é de rigor em qualquer cerimônia religiosa dos hindus. Para os antigos romanos, a palavra comprometia o falante. Pela palavra se estabeleciam vínculos jurídicos, dando origem aos contratos. Pacta sunt servanda, estabelecia a jurisprudência romana. Os contratos devem ser cumpridos. Ái daquele que não mantivesse a palavra dada! O apreço pela língua e o zelo pela linguagem eram tamanhos, entre os gregos e os romanos, que todos os grandes vultos da história dedicaram-se ao estudo da retórica e exercitaram-se nas técnicas de oratória. No mundo clássico, em certos momentos, um discurso vibrante tinha mais eficácia política do que o emprego das armas. Por isso foram surgindo escolas de oratória por toda parte, e nelas a Filosofia floresceu. Os dois maiores estadistas romanos, o conservador Marco Túlio Cícero, e o “popular” Caio Júlio Cesar, tiveram ambos aulas com Apolônio de Mílon, cuja escola em Rodes era cursada pelos jovens das mais importantes famílias romanas. Muito se fala, ainda hoje, dos grandes feitos de Cesar nos campos de batalha. Mas ele teria sido apenas um eficiente general, e não o gigantesco estadista que foi, se ao seu talento militar não estivesse associado sua astúcia política, e a estes não estivesse ligado o poder de sua oratória quase mágica. Cícero, eterno adversário político de César, reconheceu nele o maior orador da república romana. É uma importante certificação, posto que humildade e modéstia nunca fossem virtudes cultivadas pelo soberbo Cícero. Cícero versus César Mas ninguém, no mundo antigo, poderia destacar-se na política, por melhor orador que fosse, se não construísse para si uma sólida reputação de homem confiável. O homem de bem era aquele que pagava pontualmente suas dívidas e mantinha a todo custo a palavra empenhada. Os que desprestigiavam a palavra dada, os que descumpriam promessas solenes, os que mentiam por cupidez ou pusalinimidade, entravam para o rol dos vilões. Por isso é que, na idade média, a palavra de um nobre tinha fé pública, gozava da presunção de veracidade, sendo aceita como prova a favor de si em qualquer tribunal. Já a palavra do plebeu nenhum valor tinha. A própria legitimidade dos reis estava ancorada, em última análise, na credibilidade de suas palavras. Assim é que Don Rodrigo de Bivar, o legendário El Cid Campeador, só declara fidelidade ao novo rei de Castela, Don Fernando, depois dele ter jurado, com a mão sobre a Bíblia, que não tinha absolutamente nada a ver com o assassinato de Don Afonso, seu irmão mais velho, herdeiro do trono. Petulância que o rei castigou banindo El Cid, por dez anos, de seus domínios. Apesar de todos os avanços da modernidade e das sucessivas revoluções de costumes, em nossa época ainda se valoriza a palavra dada e se louvam os chamados “homens de palavra”. O senso comum ordinário repudia os que voltam atrás a palavra dada. Integra o conjunto de valores do homem comum, onde ocupa lugar privilegiado, a antiga noção de que a palavra de um homem de bem dispensa assinatura em papéis, porque será cumprida. Uma das razões pelas quais, nos dias que correm, os políticos brasileiros andam desacreditados e virou coisa comum, entre eles, não sustentar a palavra empenhada. Não se trata apenas das vãs promessas eleitoreiras feitas em cima dos palanques. Tratam-se, também, dos acordos e acertos feitos entre eles mesmos e não cumpridos. Um governador sem palavra Houve um tempo em que um político, não importa de que partido ou a que ideologia estivesse filiado, era um escravo de sua palavra. Vamos dirigir nosso foco para Goiás, nossa imediata realidade. Nossos primeiros republicanos eram homens austeros que cumpriam à risca o que prometiam. E por assim agirem, aceitavam sem pestanejar a palavra dada por outro político. Homens assim poderiam ser facilmente enganados pelos maliciosos. E pelo menos um dele o foi, da forma mais abjeta e miserável para os padrões morais da época. O maior deles, Leopoldo de Bulhões, foi passado para trás por um homem que não manteve a palavra dada, e disso resultou uma grave crise política resolvida pela força das armas, marcando o fim da hegemonia dos Bulhões e a ascensão dos Caiado. Bulhões patrocinou a eleição do jovem Xavier de Almeida ao governo do Estado. O jovem governador – progressista, fundador da vetusta Faculdade de Direito de Goiás, hoje anexada à UFG -, estava comprometido com uma filha de Leopoldo de Bulhões, que, não tendo tido filhos varões, tinha no futuro genro a esperança de continuidade do poder de sua prestigiosa família. Xavier mal toma posse e viaja para Morrinhos para casar-se com outra moça, filha de um potentado local. Quebrou sua palavra e, com isso, provocou a crise política que seria resolvida, poucos anos depois, com quase mil homens em armas entrando em Vila boa para depor o sucessor de Xavier, eleito com o apoio dos ricos burgueses de Morrinhos. A hegemonia dos Caiado durou vinte anos, tendo no comando o severo Totó Caiado. Nunca tendo exercido diretamente o governo do Estado, Totó, no entanto, mandava e desmandava. E reinou com mão de ferro, não admitindo as mais leves demonstrações de oposição. A agitação fanática de Santa Dica, em Lagolândia, é reprimida a bala, sobrando mortos e feridos. A tentativa de derrocar o poder dos Volney, em Dianópolis, termina em tragédia grega, um episódio sangrento que Bernardo Élis imortalizou em O Tronco, um dos maiores romances da língua portuguesa, obra prima da escola regionalista. Totó também formou “batalhões patrióticos” para combater a Coluna Prestes em suas andanças por Goiás e forçou ao exílio os bem pensantes que o atacavam. Era pelas páginas do jornal mineiro Lavoura e Comércio que a oposição goiana, exilada no triângulo mineiro, sustentava a luta política contra o caiadismo. Muita coisa horrenda seria, depois, imputada ao caiadismo. Tótó foi absolvido de muitas acusações. Nunca, porém, alguém o acusou de ser homem sem palavra. Até os mais ferrenhos adversários nela se fiavam. Alguém poderá objetar que a tragédia de Dianópolis teve origem na quebra de palavra. É verdade. Mas, no caso, a falta foi de um juiz venal e arrivista que, sentindo-se dono da situação, colocou-se acima da lei e à parte das diretrizes recebidas do governo. O caiadismo, à revelia de Totó Caiado, estava se tornando uma monstruosidade incontrolável, um sistema de poder que precisava ser abolido. E que foi. Pedro Ludovico, que combateu a oligarquia goiana apenas para, depois, fazer-se seu grande chefe, não era muito diferente de Totó Caiado. A grande diferença, talvez, é que ele assumiu diretamente as tarefas administrativas do governo, fixando-se à terra. Bulhões e Totó preferiam a vida mansa do Rio de janeiro, elegendo-se sucessivamente senadores da república. A hegemonia de Pedro Pedro também foi homem de seu tempo. Truculento e impiedoso, Mas austero, probo, honrado. Sua palavra jamais recuou um milímetro sequer. Quando alguns deputados do governo se negaram a aprovar o projeto de lei que transferia a capital do Estado para Goiânia, em 37, Pedro Ludovico não cedeu à chantagem e nem descumpriu seu programa de governo. Para assegurar a “governabilidade”, mandou fechar a Assembléia e prender os deputados oposicionistas. Isto em pleno regime constitucional. Truculento. Ditatorial. Mas ele preferiu parecer um monstro aterrorizante a ser visto como homem sem palavra. Pedro construiu Goiânia na marra, e na marra fez dela a capital do Estado. Quando um coronel do Exército protestou contra a ação temerária e ilegal do governador, Pedro ameaçou prendê-lo se aparecesse em Goiânia. Prudentemente, o coronel absteve-se de pisar aqui. Sabia que Pedro Ludovico era homem de palavra. Ninguém duvidava que ele seria capaz de por um coronel do Exército a ferros. Nem o maior adversário de Pedro Ludovico, o imortal Alfredo Nasser, foi capaz de não reconhecer em Pedro Ludovico um homem em cuja palavra se podia confiar cegamente. A partir da redemocratização de 45, as lutas políticas foram marcadas fundamentalmente pelos antagonismos ideológicos. A direita tradicional não se empenhava apenas contra o comunismo, não. A UDN liberal-elitista, reacionária e estreita, sentia-se também horrorizada pelo avanço das correntes nacional-desenvolvimentistas, da qual Juscelino Kubitscheck foi o grande expoente depois de Getúlio Vargas. Juscelino foi duramente combatido. Boêmio, pé de valsa, galanteador, aluno de violão de Dilermando Reis, foi um grande contemporizador. Administrava as crises propondo soluções de compromisso. Nisso obteve êxito porque, no mundo político, sua palavra atingia altíssimas cotações. Ele cumpria a palavra dada. Quando fez seu primeiro comício como candidato a Presidência da República, na cidade goiana de Jataí, um popular o interpelou sobre a transferência da capital para o Planalto Central. Juscelino, do alto do palanque, prometeu transferir a capital. Aí está Brasília para atestar o valor da palavra daquele que foi, até o advento de Lula, o presidente mais querido dos brasileiros. Por ser um escravo de sua palavra, Juscelino ingenuamente acreditava que os outros também eram homens de palavra. Acreditava, sobretudo, na palavra dos militares. Os militares são formados, como se sabe, no sentido de colocar a honra e a lealdade acima de tudo. Como duvidar da palavra de um oficial? Juscelino apoiou o golpe de l964, e a entronização de Castelo Branco, na crença de que em poucos dias tudo voltaria à normalidade democrática e que ele, em l965, disputaria novamente a presidência da República. Ele chegou a declarar, em entrevista ao grande jornalista Carlos Castello Branco, que confiava na palavra dada pelos militares. Inversão de valores 1964 foi, sobretudo, um inversão de valores. O poder legítimo, usurpado em nome da defesa da ordem. As promessas quebradas em nome do combate à corrupção e à subversão. Castello prometeu eleições em l965 e não as cumpriu. Os militares que prometeram garantir a constituição a rasgaram em l969, afastando um presidente doente, Costa e Silva, e impedindo seu vice, Pedro Aleixo, de assumir o cargo. Garrastazu, em seu discurso de posse promete redemocratizar o país apenas para presidir o governo mais sanguinário que este país já teve. Geisel fez poucas promessas. Cumpriu-as satisfatoriamente. Seu sucessor, Figueiredo, começou bem. Mas, fraquejando diante dos militares reacionários, no caso do episódio do Rio-Centro, descumpriu suas mais solenes promessas, caindo em descrédito e terminando melancolicamente o seu governo. Sarney foi pródigo em descumprir promessas. Collor de Mello fez exatamente o oposto do que prometia. Aliás, ao confiscar as cadernetas de poupança, fez exatamente aquilo de que acusava Lula de querer fazer. Os governos de FHC foi, por sua vez, o cabal descumprimento de tudo o que está impresso na carta- programa do PSDB e nega tudo o que o sociólogo Fernando Henrique Cardoso criticava e propunha e seus livros geniais. “Esqueçam o que escrevi”, disse ele certa vez em resposta aos que cobravam dele o cumprimento da palavra dada. A palavra de Marconi Tivemos em Goiás, nas últimas décadas, políticos, sobretudo governadores, que procuraram, na medida do possível, ser fiéis à palavra dada. Nenhum, porém, foi mais infiel à palavra dada do que Marconi Perillo. Se existe em Goiás um político que não dá o menor valor à palavra empenhada, este político atende pelo nome de Marconi Perillo. Ele faz promessas com uma espantosa facilidade. É fácil para ele, já que quase nunca as cumpre. Poder-se-ia falar de inúmeros casos em que Marconi traiu sua palavra. Por exemplo, falar da pilha de ordens de serviço, assinadas em palanque para deleite da platéia, e que nunca foram obedecidas, já que foram assinadas para não serem obedecidas. Poder-se-ia falar, por exemplo, da promessa feita aos anistiados de seriam indenizados pelo Estado. A lei, por ele proposta, determinada que se fizesse consignar no Orçamento verbas específicas para tais despesas. Marconi nunca fez consignar tais despesas no orçamento. Certa vez, prometeu liberar 10 milhões de reais para beneficiar acampamentos de trabalhadores rurais sem terra. A deputada Isaura Lemos, fiando-se na palavra do governador, apresentou emenda ao orçamento. Marconi a vetou. Depois, cobrado pelos movimentos sociais, determinou à bancada governista que derrubasse o veto, o que de fato aconteceu. Mas o governo contingenciou a despesa. Nenhum tostão da verba autorizada foi gasto. As lideranças das entidades representativas de trabalhadores rurais, percebendo que lidavam com um governante que não honrava a palavra dada, esqueceram o assunto. Em l998, Marconi, vitorioso no primeiro turno, busca o apoio das esquerdas contra Iris Rezende, no segundo turno. Em uma festiva celebração pública com os principais chefes do esquerdismo goiano, Marconi assume o solene compromisso de jamais privatizar a Celg. Mais, assina um documento em que reitera o compromisso assumindo verbalmente diante de centenas de testemunhas. Logo que tomou posse, Marconi enviou à assembléia Legislativa projeto de lei autorizando a venda da Celg. A Celg foi colocada à venda e só não foi vendida porque não apareceram licitantes. Marconi chegou a correr mundo apregoando a venda. Pergunta-se, então: que valor tiveram as palavras de Marconi? Nenhum, porque ele as traiu do modo mais escancarado. Em outro caso em que ele voltou a palavra atrás, as conseqüências foram trágicas: dois mortos e um aleijado. Impelidas pelas necessidades e guiadas por aventureiros inescrupulosos, centenas de família invadem um imóvel particular e nelas constroem residência. O imóvel fica no Parque Oeste Industrial João Braz. Um juiz de Direito concede aos proprietários uma ordem liminar de reintegração de posse. Como os invasores afirmam que não vão sair, a polícia é acionada para executar o mandado. Nesse momento, o governador Marconi entra em cena para fazer demagogia barata. Ávido pelos aplausos fáceis dos desesperados, ele promete solenemente a um assembléia dos invasores que a polícia jamais será mandada contra eles. Alguém na platéia gravou as palavras do governador. Está, pois, documentado para a História a promessa que ele fez de não permitir que a Polícia Militar cumprisse a ordem judicial. Cerca de duas semanas depois a Polícia Militar entrou no parque Oeste atirando para matar. Uma operação de guerra foi montada para desalojar os invasores. Além das mortes, houve espancamentos e prisões arbitrárias. Nesse dia, o governador, que é o supremo comandante da Polícia Militar, estava em São Paulo participando de eventos festivos. Marconi nunca deveria ter feito a promessa que fez. Uma promessa inconseqüente, pois um governador não pode afrontar assim uma ordem judicial, por mais injusta e equivocada que seja. Errou ao prometer que iria prevaricar. Mas, uma vez dada a palavra, deveria tê-la mantido. Deveria ter mantido a PM longe do local, ainda que isso lhe custasse o mandato. Errou ainda ao negligenciar seu dever de supremo comandante da PM, afastando-se do teatro de operações. Ele, governador, tinha que comandar pessoalmente a operação, para evitar os excessos, impedir o uso desnecessário da força. Na mesma ocasião, no Oriente Médio, o exército de Israel desalojou oito mil colonos judeus que ameaçaram reagir a bala à ordem de desocupação. E os colonos de fato estavam armados de fuzis e de metralhadoras. Mas a ordem de Ariel Sharon era que nenhuma gota de sangues fosse derramada. O exército levou um mês para cumprir a missão. Todas as famílias fora retiradas. Ninguém se feriu. Os recalcitrantes eram simplesmente carregados. A comparação entre as duas ações mostra o quanto a ação da PM goiana foi mal planejada e mal executada. Mas, como criticar os soldados se o supremo comandante não estava lá para controlar a situação? E como que para apagar da memória de todos a ação vergonhosa de uns e a omissão ignominiosa de outros, o governo houve por bem aplacar seu remorso construindo para os invasores o conjunto habitacional Sonho Real. Os que assaltaram o patrimônio particular acabaram, afinal, premiados. Pois agora Marconi quer ser, de novo, governador. Já faz promessas e vem assumindo compromissos, que, evidentemente, não serão cumpridos. A candidatura de vice-governador, em sua chapa, já foi prometida a Roberto Balestra, a Junior Friboi, a Jovair Arantes, a Joel Santa Braga, a Armando Vergílio, a Ernesto Roller, e a Wilmar Rocha. Haja vice-governadoria para ser preenchida. A todos Marconi deu palavra e não cumpriu com nenhum. Por aqui ficamos. Talvez a noção de honra e fidelidade à palavra dada sejam costumes antiquados e anti-operacionais. Talvez a palavra já não tenha mais poder. Talvez o melhor seja, então, entregar o governo aos computadores e à Skynet. Pois no dia em que a palavra perder o seu poder e perder o seu valor, já não seremos humanos e não mais teremos o direito de dispormos livremente de nós mesmos."
Posted on: Sun, 04 Aug 2013 22:31:46 +0000

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