A VISÃO DA MENININHA ENQUADRANDO MUITOS APAIXONADOS... Durante - TopicsExpress



          

A VISÃO DA MENININHA ENQUADRANDO MUITOS APAIXONADOS... Durante uma avaliação para relatório psicopedagógico, uma jovem com defasagem intelectual desenhou para mim. Quando eu olhei para o seu desenho, vi apenas uma menininha com cabeça e membros. Então lhe perguntei sobre a menininha sem corpo: Quem é essa menininha?. Ela respondeu contrariando todas as evidências naturais: Tia, é um cavalo. Não querendo me precipitar julgando uma menininha por seu desenho apenas, perguntei-lhe algo diferente: E qual é o nome desse cavalo, menininha? Sem vacilação, disse-me o seu próprio nome e acrescentou isso: Cavalo é tão bonito, tia! Sabe o que eu aprendi com isso? Que para enxergar o outro de fato, temos de enxergar o outro com o olhar do outro e não mais com o nosso. A menininha gostava tanto de cavalo, que por um instante perdeu até a visão de si mesma para expressar o que sentia. E quantos de nós, muitas vezes, não perdemos o que temos pela ilusão do que queremos ter ou ser? A menininha na verdade era uma jovem de 23 anos de idade, com defasagem intelectual e apaixonada por cavalos. E esse seu exemplo é um que enquadra direitinho muitos apaixonados nos dias de hoje. Isto porque a paixão produz eventos marcantes como o visualizado pelo exemplo da menininha; qual seja: distorção de realidade! Por isso é importante que os jovens de todas as idades olhem para si mesmos e se percebam primeiro em suas realidades. Para que um dia não saiam de si e para que depois de um dia não se percam de si para as suas fantasias. Olha que não está escrito o que tem de gente vendo chifre em cabeça de cavalo, como já dizia o velho ditado. Pra fechar: enxergue-se como quiser e pinte-se do jeito que quiser se pintar, caso isso resulte em bem pra você. Apenas, peço: refreie-se quanto ao outro e o quanto antes! Porque não é sempre que o outro estará disposto a abdicar da sua própria vida, isto é, que aceitará deixar de ser quem de fato é para dar corpo à sua imaginação e vida aos seus desenhos. A menininha aqui se aceitou como um cavalo numa boa, mas porque era o seu desenho e porque o seu desenho era a expressão da sua livre escolha. Nessas condições, até eu aceitei numa boa... Cavalo sim, e não se fala mais nisso!
Posted on: Sun, 24 Nov 2013 07:47:19 +0000

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