A crítica caiu matando em cima desse último trabalho do Cícero. Vi críticas pesadas vindo de gente realmente embasada e críticas pesadas vindo de gente que não deveria estar apta a falar de nada, quiçá de si mesmo. Enfim, ouvi o disco e tenho que concordar com o que foi falado a respeito da mixagem que está realmente grave demais. As letras são curtas demais e algumas tem uma subjetividade tão grande que parecem nem fazer sentido. Sem contar nos 29 curtos minutos de disco. Mas, entro em defesa de Sábado com argumentos normais e irrefutáveis. Por exemplo, a mixagem grave e agressiva é, evidentemente, proposital. A ausência de uma bateria "convencional" em quase todo o CD também é proposital: Cícero experimentou muito mais nesse trabalho com instrumentos e timbres mais ousados. Arriscaria dizer que alguns loops lembram Making Mirros (2011), do Gotye, e sua proposta multi instrumental. A repetição e as letras curtas são só mais uma prova da intenção de Cícero de minimalizar alguns aspectos do seu trabalho. Em suma, Sábado é um disco agradável, que em algumas faixas faz menção ao Canções de Apartamento, mas, deve ser encarado como um trabalho singular e novo. Minimalismo e uma tentativa do novo: isso resume bem o Sábado de 29 minutos de Cícero.
Posted on: Tue, 03 Sep 2013 06:07:14 +0000
Trending Topics
Recently Viewed Topics
© 2015