A euforia de Dudu me faz lembrar o dia em que José Serra em 2010 finalmente anunciou quem seria seu candidato a vice depois de meses de especulação: a escolha-surpresa de Índio da Costa soou para o escolhido como o anúncio de um prêmio, a aprovação no vestibular. Não podia ser diferente: Índio da Costa não tinha nada a perder, só iria encorpar com exposição midiatica de Serra e seguramente sairia da eleição maior do que entrou. Já José Serra, com um parceiro que pouco ou nada agregou, teve o fim que todos sabem. Hoje, com uma única decisão, Marina Silva enterrou seus sonhos presidencias, jogou a tão propagada busca pela coerência no lixo, deu um banho de água fria nos que enxergavam nela o início de um processo renovador, se mudou de mala e cuia para o espectro mais conservador da política brasileira e provavelmente vai se apequenar ainda mais, tal qual aconteceu com todos os radicais que resistiram a compreender - e aceitar - o impacto sócio-político-econômico do lulismo na sociedade brasileira. Quanto a Dudu Campos, comemorar a inusitada aliança não parece ser suficiente para apagar as condições objetivas que jogam (muito) contra seu sonho: um partido sem coligação, com pouco tempo de tv, frágil eleitoralmente e sujo demais para os eleitores de Marina. Desse jeito vai ser difícil passar por cima de Aécio e ainda ameaçar Dilma.
Posted on: Sun, 06 Oct 2013 01:20:35 +0000
Trending Topics
Recently Viewed Topics
© 2015