A frase “um ator apresentou um programa” exige mais dificuldade e também maior tempo para ser assimilada e compreendida do que “Sílvio Santos apresentou um programa”. Nesse último caso, há uma ativação de imagens, noções ou modelos já formados e conhecidos na mente do ouvinte, portanto mais fáceis de serem ativados. Ficará mais difícil ainda assimilar a afirmativa: “um gato apresentou um programa”. Tente, meu caro leitor, imaginar o que essa proposição quer informar. É melhor lembrar de “Ratinho”. Por isso mesmo é difícil e chato conversar com intelectuais, pois sua fala dificilmente ativa algum fato já experimentado ou visto por nós. O mundo deles não é o meu, talvez não seja também o seu. Tudo indica que as afirmações repetidas são mais fáceis de serem julgadas e, além disso, acreditamos mais nelas, pela repetição, do que as ouvidas ou lidas pela primeira vez. A compreensão de uma informação utiliza-se do lido, ouvido ou experimentado. O estoque de informações existentes em cada mente servirá de base para se fazer novos julgamentos, a probabilidade de um acontecimento ocorrer, emitir qualquer opinião sobre o assunto X ou Y. Assim, interpretamos a frase “João é mau”, ou “Maria é simpática”, em função de modelos ou ideias que possuímos, aprendidas anteriormente. Serão elas que servirão de “processadores” para a informação recebida. Por isso mesmo, fica difícil, ou impossível, assimilarmos uma frase ou imagem: “Hitler e Stalin amavam as crianças e os pássaros”. Não temos processadores mentais para isso. Galeno, Procópio M. Alvarenga.
Posted on: Tue, 30 Jul 2013 15:00:34 +0000
Trending Topics
Recently Viewed Topics
© 2015