A profecia Acreditando ou não, tinham, eles que saber que o seu - TopicsExpress



          

A profecia Acreditando ou não, tinham, eles que saber que o seu futuro estava em mãos alheias e, seja por isso que todos partiram à busca desse destino indestinado que um dia se transformara em centro de controversa àqueles que não conseguiram partilhar dos mesmos sentimentos e ganhos da batalha… Portanto, ouvira-se rumores de que algures havia oportunidades de traçar o futuro! A todos interessava traçar tal futuro, porém, ninguém esperava que tal fosse ou efémero ou bastante iterativo ou ainda, que não englobasse a muitos. A vida era dura, mesmo dura naquele reino. Os populares, inconformados com as façanhas da dominação, partiram à permissão e chegados ao palácio real clamaram: _ Senhor, meu amo e grandioso, permita-nos que avancemos ao encontro de uma oportunidade de salvação destas terras e devolver a satisfação aos seus utentes. Juramos lealidade eterna e que tudo quanto for conseguido será partilhado por todos e em todas as partes! Foi, portanto, por isso que o rei os deixou partir à busca de sei lá o quê? Mas reinava neles a esperança de ver seus sonhos reais. Fora uma viagem bastante longa, mata dentro, saqueadores e predadores deitando vidas a baixo sem piedade. Eduardo, Samora, Joaquim, Afonso e Armando, ávidos, encorajavam-se uns aos outros sobre a possibilidade soberana de libertar o seu reino. Era prático que todos lutassem pelos mesmos interesses. Ora, importa realçar que Eduardo tinha sido referenciado por influências e Samora, jovem, liderava o pequeno grupo de jovens que se destacaram à busca de sei lá o quê… mas todos lavravam em seus coração uma extrema tentação de calhar com algo bastante importante ao longo de suas devastações mata-a-dentro. A noite não bastava para lhes assustar, uivavam e rosnavam animais alheios ao sangue humano. Pareciam morcegos voadores noturnos – ratazanas velhas por uma brutal transformação ou como estratégia de sobrevivência e, foi então que nessa noite, enquanto chovia a estrondos, tempestade abarrotando mentes e caras medonhas, apareceu-lhes uma velha de nariz agudo e longo, cabelos longos e loiro-escarlates. Esta, em pleno tempo do nada tido, calçava uns biques senão biqueiras à história linguística contemporânea. Trajava um vestido longo que a permitia voar na sua vassoura achatada pela ventania e pela ramagem triste daquela selva. Parecia romancista e para ela a floresta valia mais que uma cidade pela orgulhosa possibilidade de dar ou demonstrar ou pressentir futuros não breves… dela e para estes também se esperava que algo se dissesse: _Não se assustem filhos do além! Irmãos patriarcas; jovens do amanhã injusto: uma injustiça justa que será aborrecedora a uns de vocês, sendo verdade que a maldade não faltará a alguns e a boa vontade a outros… vocês buscam, agora, a mesma coisa que somente vos trará melancolias e fará do vosso povo e suas terras, reservas de ambiciosos que, olhando ao redor, mortes absurdas não serão suficientes para a vossa resistência… alguns de vocês sairão ilesos dessas mundial devoção, contudo, outros serão lesados e ser-lhes obrigados a optar por opções inopcionais… _ Reparem, meus filhos e filhos do além, existe nesta terra e dentro desta mata um lugar que fora consagrado à guerrilha e, aquele que seu chão pisar, seu coração será degustado por uma grande ambição e desejo transcendente de tudo quanto o mundo apoia, pois tal mundo jamais perceberá que seja esse o caminho da salvação. O mundo no qual vocês habitam; seus populares são renitentes e medrosos a mais para um ser humano – eles não gostam de experimentar novas coisas e rumos. Além de que, quando isso tiver que acontecer, os vossos vizinhos estarão em pleno e autêntico sofrimento. Será uma lição que ninguém quererá experimentar na carne, visto que a guerra pela qual passarão levará à mudança de estratégias de reinar. Ninguém dos que ali estavam percebeu, pois a velha não parecia conversar com eles, mas dar um pouco mais pelo seu amanhã: um futuro que quando tentaram perceber não se sabia se, se tratava de bonanças ou hostilidade. A chuva e a tempestade tinham sessado na altura em que a bruxa lhes falava, no entanto, bastou ela tomar o seu despercebido rumo para de novo se voltar àquela tumultuosa situação que, por acaso se agudizou cada vez mais e dispersou-lhe, remetendo-lhes ao BABEL. Quem não soubera da confusão havida na construção da torre? Um autêntico caus… feitos não feitos, vidas não mais vividas, choros e gritos inaudíveis. Todos os que ali estiveram presente, sentiram e experimentaram o verdadeiro inferno terrestre no desafio divino e, seja por isso que dali surgiram pessoas, umas com coração e outras sem coração; pessoas que se especializaram em matérias de roubar, maltratar e desarmonizar os outros; outros ficaram submissos às suas espertezas e humilhações! Joaquim, Afonso e Armando voltaram! Nem todos voltaram. A mata tinha-lhes roubado um grande líder que, enquanto vivo, jamais aceitou a concretização daquela profecia. Era conturbador enquanto outros tinham percebido que daquela profecia se podia tirar proveito em detrimento do sofrimento dos outros. Que mais se podia fazer? Não mais valiam as palestras de questionamento de quem fora o mentor da indestinada partida! Somente se sabia que ele fora para uma viagem sem volta. E, muitos que com ele não viveram nem conviveram, clamam pela sua vida que, somente seria possível se Cristo, o mentor da vida estivesse vivo. Ele que, então, o tinha feito por várias vezes: devolvera a vida a Lázaro, seu irmão, após três dias de morte. Ele que cheirava a narizes constipados agudos e a olfatos desabilitados. A vida no reinado não tinha como parar e, Joaquim assumiu o controlo do reino após longos anos de batalha interna e, como Afonso tinha pisado em terras proibidas, tornara-se, também, bastante incompreensível e exigente, tal que exigia dos outros a partilha e divisão do reino em pequenos reinados e tribos. Era inconcebível para alguns, porém, a idade deste parecia correr contra o céu e, como lá os tempos de vida longa se tinham envasado com Abrão, Isac e Jacó. Ele crescia sem desenvolver enquanto outros tinham esta dualidade bem acompanhada… Lutou-se até à congregação sagrada dos horizontes aéreos dos civilizados: eram assim chamados por não terem partilhado a mesma mata com estes. Ora, o tempo lá passou e a vida no reinado ia de mal à pior até que um dia, por longos anos esteve, cansavelmente, a cargo de Joaquim. Joaquim fora patriota demais que chegara a partilhar o seu reinado com Armando. Era uma questão de tornar real a profecia. Tornar real a profecia? Era tudo quanto se podia dizer, mas esquecia-se a ordem! Os que pisaram em terra abruta e cheia de abutres sem asas a voar, tinham-se transformado em perdigões velhos, parteiros a sangue frio de perdizes amontoadas para parir tantas outras que se revoltassem contra Armando se, este não cedesse ao trono. E, na verdade, isso não aconteceu. Armando sentia o sabor do trono e cavalgara por terras, longos anos depois e, esquecia-se do Afonso e da partilha! _Todos, lá, estivemos quando a profecia foi revelada. Eu tenho que aceder ao trono pois, de todos nós que lá estivemos somente falta a minha ascensão! Tenho que ganhar o trono e, aguentar mais ainda, é perder… Todos o chamavam traidor e recebedor de migalhas do rei porque tinha sido chamado para conselheiro do actual deste, o qual lhe não queria deixar reinar. E, a vida nos arredores não era fácil. Tinham caído grandes embondeiros à conta da democracia impregnada pelos civilizados. Milhares de populares tinham desaparecido para a eternidade; pais sem os seus filhos e esposas; filhos sem irmãos nem parentes; animais sem donos; abutres caçando troncos nus de homens apinhados em valas comuns; a selva entrara em choriro… Afonso fixara-se, como ilustrava o desenho inanimado do seu flag – perdiz que mais tarde se tornara em galo da disseminação partidária. Queria partilhar o poder à força e, para isso abandonara parte do reino para saborear com os seus seguidores a dor do xiphèfu e do Xocolo-colo; matava e abatia quaisquer pessoas que lá quisessem fazer travessia. Os colaboradores do reino entraram em convulsões pela falta de complacência de Afonso. Os sectores de actividades sublevavam-se; médicos abandonando pacientes; professores consolidando a deformação dos aprendentes; mulheres traindo os seus maridos; sacerdotes amancebando-se com os crentes donzelas de corpo e seios quentes do sangue novo; chineses espalhando produtos sem qualidade por toda a parte; pensadores perdendo suas capacidades; televisões propagandeando programas infames; mocinhas envolvidas em Striptiss; juízes condenando inocentes; combatentes confundindo-se em tiros; homens violando mulheres e homens; famílias engomadas por estranhos; crianças congeladas por inconscientes e ambiciosos; os madodas roubados em escolhas públicas; ninguém queria partilhar o que tinha; homens que fugissem a outros reinos eram entregues à morte recompensada em nome do reino; o rei tornara-se o maior percentista de grandes projectos; maumetanos vendiam conselheiros islâmicos; homens coabitavam com fezes; sanitas serviam de potes de águas; as cervejarias vendiam bebidas aprazadas; as bolsas de estudo eram concedidas a filhos de pequenos grupos sociais e não mais a pobres; voos proibidos e muito mais feitos levaram Afonso a abandonar a colmeia… Só se podia voltar à guerra, embora muitos tivessem medo, pois ainda prevalecia, neles, grande margem das margens atravessadas em noites sem lua à busca de sossego. Mas por que não se podia partilhar o poder? O que levaria sua majestade a rejeitar à partilha? E, o que levaria Afonso a preferir a guerra a paz? Claro! A bruxa profetizara que todos devessem gozar da soberania. Fora uma questão de profecia e, não mais interessavam os meios, contudo, os fins: se guerreando se podia alcançar a bonança, então que assim fosse ou se sua alteza soubesse que uma profecia se não deixa nunca para trás, então que procedesse como procedera Joaquim: passar, pelo menos o rebuçado ao Afonso, uma vez o bolo tivesse ficado com ele. Soubesse ele que a profecia não falha! Mesmo com o medo que atormenta os populares, que jamais pensaram em saborear novos sabores. Todavia, deviam, eles, saber que se um homem não se contagia na primeira, então, irá à segunda, até se contagiar e se, se contagia na primeira, parece ter ganho a liberdade de passar por todas outras! É a dinâmica da vida; é a vida dos salve-se quem puder… (por Marcolino Alexandre)
Posted on: Tue, 20 Aug 2013 07:44:30 +0000

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