A psiquiatria a serviço da indústria farmacêutica A American - TopicsExpress



          

A psiquiatria a serviço da indústria farmacêutica A American Psychiatric Association (APA), em 1952, elaborou a primeira versão do que seria, logo em seguida, a Bíblia sagrada da psiquiatria, ou seja, o “Manual de Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios Mentais” — DSM, sigla em inglês —, mas já na sua segunda versão, em 1968, DSM II, a ideia de causalidade psíquica foi eliminada e praticamente tornou-se uma bíblia organicista das doenças mentais. Em 1980, depois de saraivada de críticas sobre denúncias de abusos na psiquiatria na então União Soviética, foi elaborada nova versão, o DSM III, mas priorizou-se a classificação dos comportamentos dos indivíduos e os seus sintomas, desprezando todos os estudos e conceitos recolhidos até ali sobre loucura e histeria que desapareceram nesta versão. O DSM notabilizou-se por eliminar todas as nomenclaturas históricas da psiquiatria, bem como da psicanálise freudiana, pois o sofrimento da alma transformou-se apenas numa falha reparável com algum remédio. O desempenho do DSM acabou sendo sucesso nas grandes metrópoles e com isto a psiquiatria abandonou o saber clínico da escuta, da subjetividade e da psicoterapia para ficar a serviço, sem qualquer remorso, dos bilionários laboratórios farmacêuticos, pois para cada diagnóstico (ou seria sentença?) algum alotrópico é prescrito sob as bênçãos do obscuro DSM e da bilionária indústria farmacêutica... Frise-se, os remédios apenas “controlam” os sintomas... Luís Olímpio Ferraz Melo
Posted on: Sun, 21 Jul 2013 09:40:28 +0000

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