A vaidade e a ira cegam ao ponto em que as instituições, como se - TopicsExpress



          

A vaidade e a ira cegam ao ponto em que as instituições, como se diz popularmente, “dão tiros nos próprios pés”. Senão vejamos: quando se afirma que a investigação pela Polícia Judiciária não é eficiente ou suficiente, pretendendo jogar nas costas largas desse órgão toda responsabilidade por mazelas seculares, o que permanece oculto é que um Inquérito Policial, por exemplo, tem andamento o tempo todo sob os olhos do Ministério Público e do Judiciário. Pelo menos de trinta em trinta dias o Inquérito passa pelo Fórum com pedido de dilação de prazo, quando o Ministério Público tem vista dos autos, bem como o Judiciário. Tanto o Ministério Público como o Judiciário têm poderes de “controle externo” (o primeiro) e correicional (o segundo) sobre a Polícia Judiciária. Então, se a investigação criminal por parte da Polícia Judiciária não anda bem, se é mal direcionada, se apresenta indícios de parcialidade, se é morosa sem justificativa plausível, a culpa é somente da Polícia Judiciária? Onde fica a parcela de responsabilidade do Judiciário e do Ministério Público nessa situação? Por que ela é simplesmente afastada dos debates? Por que um órgão como o Ministério Público vem se apresentar como o “salvador da pátria” se investigar, quando já tem em suas mãos poderes para requisitar, para colocar investigações eventualmente descarriladas em seus devidos trilhos por meio do controle externo? E, principalmente, por que não faz isso já que é o “salvador da pátria”? A verdade é que longe, muito longe de expressar a velha cantilena das antigas missas em latim “mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa”, hoje, pessoas e instituições preferem a chamada “Filosofia de Homer Simpson”: “se a culpa é minha, eu ponho em quem eu quiser”!
Posted on: Thu, 25 Jul 2013 12:50:19 +0000

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