A vida é muito petulante. Ela acha que só porque está conosco nesse quarto que é o convívio social, devemos lhe prestar mais atenção. Ela não simpatiza com nossos jogos eletrônicos, com nossos relacionamentos mornos, com a falta de atenção que lhe damos enquanto vivemos no piloto automático ou com nossos domingos de nada para fazer... Não. A vida é uma pilantra! Ela se acha o individuo mais importante da nossa relação. Superior a nós, meros mortais. A última bolacha do pacote! E quando a vida realmente está determinada a partir, nada a impede. Ela levanta, abre a porta, apaga a luz e vai embora. Como se ninguém pudesse reclamar, ou se não fizesse diferença nossa reclamação. E não faz... A vida simplesmente vai, e nos abandona aqui. Sem "tchaus", sem "te vejo depois", sem abraços ou um adeus que seja... E aí, quando alguém que está na tua sala vê a sua vida ir embora. E a luz fica apagada por um instante que seja, você olha pra sua vida de outro jeito. É naquele pequeno momento que existe, entre o clique do interruptor e a lâmpada se acendendo de novo, naquele "micro mini pequeno tiny little" instante... Você encara a sua vida. E ela te olha de volta com uma cara de "é negão, um dia eu vou embora também... te coça!" e você entende. E é isso.
Posted on: Thu, 19 Sep 2013 16:57:44 +0000
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