AS AVENTURAS DE JOAN SUTHERLAND E SEU MAESTRO Geralmente passamos - TopicsExpress



          

AS AVENTURAS DE JOAN SUTHERLAND E SEU MAESTRO Geralmente passamos a infância a ouvir e a sonhar com contos de fada, através dos quais podíamos viajar por mundos fantásticos, terras distantes, reinos e príncipes encantados. Seguindo ainda por essa linha de raciocínio, é curioso perceber que as protagonistas desses contos, sobretudo de acordo com a visão de Walt Disney, são possuidoras de vozes magníficas, capazes de executar os mais belos ornamentos e de alcançar notas de um agudo cristalino com as quais essas lindas jovens exprimem o desejo de viver um grande amor. Seria possível uma historia como a anteriormente relatada de fato existir? Joan Sutherland, soprano australiano, detentor de uma voz leve e extensa como as das já citadas princesas Disney, teve o privilégio de vivenciar seu conto de fadas na vida real com direito até a príncipe encantado. Nascida em 1926,na cidade de Sydney, filha de um tenor e um mezzo-soprano, joan iniciou muito cedo seus estudos vocais espelhando -se sempre na mãe a espera de no futuro seguir seu passos tornando-se tambem um mezzo-soprano. porem, em breve, o destino trataria de mostrar a ela o quanto estava errada, colocando em seu caminho aquele que seria seu príncipe. o grande amor de sua vida, o maestro Richard Bonynge. E, de fato viveram, ela e Richard, um casamento de sonho. Bonynge, que começara sua carreira com pianista, teve seu primeiro encontro com Joan assim que esta chegou a Londres no final da década de 1940 afim de participar de competições de canto na escola de musica do Covent Garden, onde Richard, por sua vez, ocupava o posto de pianista acompanhador. Anos depois, em uma entrevista, parte de um documentário sobre a vida e obra de sua esposa, Bonynge declarou: "Passamos a trabalha juntos ao longo dessas competições e concursos. E, para ser honesto, das primeiras vezes que eu a ouvi cantar, apesar de reconhecer que se tratava de uma voz maravilhosa ,não me senti tocado por seom escurecido. Naquela época, a voz de Joan, embora fosse potente, não era tão expressiva quanto se tornou com o decorrer dos anos." Ficaram amigos. Conforme o tempo passava, o futuro maestro, então estudante de regência, percebia as infinitas possibilidades daquela voz. sem mais delongas tratou de convencê-la a trabalhar a voz no registro agudo. Joan, que já começava a sentir-se atraída por ele, prontamente aceitou o desafio, ainda que por dentro não se sentisse segura ou preparada para tal. A certo ponto da já citada entrevista Richard disse: "Eu podia ouvir o que ela era capaz de fazer, coisa de que, no inicio, ela mesma não tinha a menor noção. Durante as horas de estudo, costumava passar exercícios, os quais para ela, a primeira vista, pareciam praticamente impossíveis. Porém, quando executados, mostravam-na seu verdadeiro potencial." Em 1954, casaram-se. Desde então, Bonynge dedicou-se com uma devoção jamais vista ao trabalho com a esposa. ele não só seu mentor, como tambem seu maestro, a ponto de, alguns anos depois de casada, Sutherland não subir ao palco se o marido estivesse à frente da orquestra. Joan, por sua vez, no transcorrer dos exercícios vocais, fazia tudo aquilo que lhe era pedido com invejável afinco. Executava nota agudíssimas como: MI bemol. RÉ natural ou ainda MI natural, com extraordinária facilidade. E assim foi até que, nãos só, mas principalmente o conhecimento musical e a imaginação de Richard Bonynge colaboraram para transformar joan Sutherland em um dos maiores sopranos coloratura da história da ópera. Dois outros famosos artistas do meio lírico, o tenor Luciano Pavarotti e mezzo-soprano Marilyn Horne, muito amigos do casal e assíduos companheiros de palco, foram algumas das testemunhas do amor e cumplicidade existente entre o maestro e o soprano.
Posted on: Tue, 06 Aug 2013 21:13:43 +0000

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