Achei muito coerente a avaliaçao Corrente - TopicsExpress



          

Achei muito coerente a avaliaçao Corrente Proletaria Síria: Virar todas as armas contra o imperialismo! 4 de setembro de 2013 Trabalhadores e juventude, os Estados Unidos estão prestes a atacar a Síria. É mais uma violação da autodeterminação dos povos! Somente os próprios sírios podem decidir sobre a guerra civil e sobre os rumos da barbárie! Os Estados Unidos e a dupla européia, Inglaterra e França, se lançam à intervenção militar contra a Síria semicolonial. A mais recente investida do imperialismo foi na Líbia, além do envio de tropas pela França no Mali. Graças à Zona de Exclusão e o intenso bombardeio aéreo, as potências possibilitaram que a oposição ao regime destruísse o governo de Kadafi. Não há a menor dúvida – o imperialismo destruiu a capacidade defensiva do País e derrubou o seu governo. A nova administração da Líbia é servil aos Estados Unidos e funciona como agente das multinacionais do petróleo. A ocupação do Afeganistão e do Iraque, por sua vez, pavimentou a diretriz de ampla intervenção dos Estados Unidos nos conflitos internos das nações semicoloniais. A década de 1960 ficou marcada pela doutrina norte-americana de contra-insurgência. O seu fundamento básico foi e é o de que cabe aos Estados Unidos combater os movimentos revolucionários onde quer que eles se manifestem. A ocupação do Vietnã em 1964 resultou em uma guerra bárbara. São várias as invasões na América Latina, que tiveram seus primeiros sinais ainda no século XIX e se projetaram desde o começo do século XX. Nem sempre o imperialismo se impôs, sem se deparar com obstáculos. No Vietnã, a heróica resistência dos combatentes impôs a derrota aos Estados Unidos. Mais recentemente, a invasão do Afeganistão e Iraque, que parecia fácil para as Forças Armadas norte-americanas, resultou em uma guerra de expulsão dos invasores. Na Líbia, não tardará para a população oprimida se dar conta de que a “ajuda humanitária” do imperialismo, na realidade, serviu para abrir as portas do País aos saqueadores de seus poços de petróleo. A Síria está prestes a suportar um ataque militar. A justificativa é a de que o governo de Bashar Al Assad foi o responsável pelo ataque com armas químicas nos arredores de Damasco, no dia 21 de agosto. Estimam-se cerca de 1.300 vítimas, entre elas crianças e mulheres. Agrava o quadro de uma guerra interna que já provocou 130 mil mortes. As potências haviam decidido que tipo de armamento poderia ser usado na guerra civil. As de destruição em massa, como os gases tóxicos, estavam proibidas. Barack Obama usou a expressão que ficou famosa por não ter sido cumprida ao pé da letra – Assad não poderia ultrapassar a linha vermelha demarcada pelos Estados Unidos. Tudo indica que, agora, com o último ataque com químico, chegou a hora dos porta-aviões norte-americanos despejarem mísseis sobre a Síria. Não resta dúvida de que é importante a elucidação sobre qual dos lados fez uso da arma química. Mas não para decidir sobre o ataque das potências. Em nenhuma hipótese é admissível que o imperialismo bombardeie posições do governo. O povo sírio e os trabalhadores do mundo têm o dever de levantar a bandeira da autodeterminação da nação oprimida e rechaçar qualquer tipo de interferência externa. Não se pode admitir nenhuma justificativa para a intervenção do imperialismo. Todas as armas devem se voltar contra os Estados Unidos e seus aliados. A oposição em luta contra o regime de Assad que seguir o caminho dos bombardeios das potências – é o caso do Exército Livre da Síria e do comando político Coalizão Nacional Síria - serve aos interesses estranhos ao povo sírio. O uso de armas químicas contra a população indica a que ponto a barbárie se instalou na Síria. Mas apenas os sírios podem e devem resolvê-la pela via revolucionária. A intervenção militar dos Estados Unidos, em nome da civilização, ampliará ainda mais o estado de barbárie. As maiores carnificinas conhecidas pela humanidade foram provocadas pelas potências nas duas guerras mundiais. O poder destrutivo cada vez maior das armas não foi nem será gerado pelos países semicoloniais. As guerras de divisão do mundo entre as potências e de intervenção na vida interna dos países semicoloniais expressam as profundas contradições do capitalismo da época imperialista. As armas químicas são apenas uma entre muitas outras com alta capacidade de destruição. Foí inventada e utilizada pelos alemães na 1ª Guerra Mundial. Mas a Inglaterra e França logo se viram diante da necessidade de controlá-las. Em 1925, foi assinado o primeiro acordo (Protocolo de Genebra) que limitava seu uso. De nada adiantou, diante da 2ª Guerra. Os Estados Unidos não ficaram atrás dos europeus. Na Guerra do Vietnã, lançaram toneladas de desfolhante sobre as florestas vietnamitas. Basta recordar a infâmia do uso da bomba napalm. Não se pode deixar de mencionar o ataque mais do que infame que se tem na memória – a explosão das bombas atômicas sob Hiroshima e Nagasaki. Depois de tantas demonstrações de capacidade destrutiva criada pelo capital imperialista e manejada pelas potências, em 1972, chegou-se a um acordo de proibição de produção e estocagem da armas químicas. Ocorre que esse armamento passou para o domínio de qualquer país com certo desenvolvimento. A Convenção de Armas Biológicas e Químicas não foi outra coisa senão uma forma do imperialismo cercear o armamento de países incapazes de alcançar armas mais modernas. Engana-se, portanto, quem submete seu julgamento à escala de valor criada pela burguesia imperialista. O horror das guerras, sejam elas do período que forem, deve servir à luta histórica pela sua extinção. Mas elas são manifestações da base econômica, das relações entre classes e entre nações. Não se deve deixar levar pelo seu lado impressionante. É uma ignomínia ao ser humano sufocar com gases crianças e mulheres indefesas. O imperialismo se vale desse sentimento universal para acobertar o que levou um dos lados em luta a lançar foguetes carregados de sarin sobre a população. E pior ainda, o que está levando os Estados Unidos a apressarem sua operação de guerra sem antes ter a comprovação definitiva de que Assad é o responsável? O que o leva a desprezar a chamada legalidade da ONU, que afinal foi constituída pelas potências? A Rússia e China, que são contra o ataque, indicaram a possibilidade dos opositores serem os responsáveis. O conflito interno da Síria está sob a influência de forças externas. O levante que se iniciou em março de 2011 e o agravamento dos confrontos com a violenta repressão contra os manifestantes anti-Assad em agosto (Hamah) se converteram em guerra civil. O choque armado, porém, se internacionalizou. Não estamos diante de uma guerra civil, mas de uma guerra civil internacionalizada pela intervenção do imperialismo e de seus braços auxiliares no Oriente Médio, principalmente a feudal-burguesia da Arábia Saudita. Existe alguma possibilidade de o autor do ataque químico ser alguma das facções que lutam na Síria? Há considerável probabilidade. O armamento químico não é monopólio do Estado sírio. Certamente, numa guerra, a lógica não funciona perfeitamente, não segue caminhos tão visíveis. Não seria nada vantajoso para Assad provocar os Estados Unidos, principalmente quando os inspetores da ONU se encontravam em Damasco, a poucos quilômetros da mortandade. Esse raciocínio pode não se confirmar, mas tem todo sentido em uma guerra em que Assad está vencendo. Com o prolongamento do conflito, verifica-se que o ditador conta com apoio de considerável parcela da população. Nesse apoio, se encontra a capacidade do regime de Assad em resistir à ofensiva das facções opositoras armadas, vinculadas a países sunitas opositores, entre eles a Turquia. A solução seria potenciar os opositores com armamento à altura do utilizado pelas Forças Armadas. Essa via encontrou um obstáculo: o Exército Livre da Síria e a Coalizão Nacional Síria da Oposição e das Forças Revolucionárias não têm o monopólio do movimento armado. Há facções islâmicas que não seguem a cartilha dos Estados Unidos ou que são seus inimigos, como é o caso dos jihadistas da Frente al-Nusra. O imperialismo se empenhou em tornar a Coalizão Nacional a força que exerceria o poder no caso da derrubada de Assad. Mas essa via não pôde se afirmar. O avanço do exército, nos últimos meses, contra posições avançadas dos oposicionistas, indicou o prolongamento incerto dos combates e a vitória final do regime de Assad. O ataque químico do dia 21 era o que o imperialismo precisava para pôr em prática o plano de intervenção militar. A França e a Inglaterra imediatamente levantaram a bandeira de bombardeio à Síria. Os Estados Unidos manobraram, aguardando um pouquinho com ares de quem precisava de confirmação sobre a responsabilidade de Assad. A internacionalização da guerra civil, assim, ganhará uma nova dimensão, caso Obama bombardeie o País. A maior parte da população inglesa e francesa não quer que seus países deflagrem uma guerra com a Síria. Um ataque, qualquer que seja, equivale a uma declaração de guerra. Não importa se o país agredido será capaz ou não de respondê-lo como declaração de guerra. É sintomático que o parlamento tenha votado contra a moção do primeiro-ministro Cameron de envolvimento da Inglaterra. Se quisesse, poderia desconhecê-la, segundo as leis do País. Na França, Hollande não pretende submetê-la ao parlamento. Poderia ocorrer como na Inglaterra, tamanha é a desconfiança dos franceses nos objetivos imperialistas. Obama resolveu contar com o aval dos republicanos, que há muito defendem impor a zona de exclusão e armar a oposição para derrubar Assad. Os líderes do Congresso chegaram a um acordo de bombardeio por até 90 dias. Embora o prato da balança contrário ao ataque pese mais do que o favorável, tudo indica que Obama autorizará os navios e os aviões a despejarem toneladas de bombas sobre alvos do Estado sírio. Esse é o tempo suficiente para destruir a capacidade de defesa e de ataque das Forças Armadas sírias. Nestas condições, a oposição poderá retomar o terreno perdido; e o imperialismo terá como dar novos passos rumo ao objetivo de derrubar Assad. A crise na Síria extrapola suas fronteiras nacionais. O secretário de Estado John Kerry evidenciou que a incursão contra a Síria é uma demonstração da disposição dos Estados Unidos barrarem o Irã e a Coréia do Norte, bem como o Hezbollah e o Hamas, taxados falsamente de organizações terroristas. Caso o imperialismo arrebente com a Síria e imponha um governo títere, como o da Líbia, voltará suas armas para o Irã. O Estado sionista de Israel não apenas serve de braço do imperialismo no Oriente Médio, como também movimenta poderosos setores da burguesia judia a pressionar os Estados Unidos ao intervencionismo. A Síria tem sido um empecilho às necessidades expansionistas de Israel. A instalação de um governo servil neste país é de seu interesse. Os levantes, revoltas, queda de governos e instabilidade política dos regimes no Norte da África e no Oriente Médio atingem os interesses dos Estados Unidos e do Estado de Israel. Até o momento, o imperialismo tem contornado. Mas a tendência das massas é a de se chocar com a dominação estrangeira e reagir à opressão nacional. Os explorados e as nações oprimidas de todas as latitudes estão diante de profundas tendências bélicas do imperialismo. A decomposição mundial do capitalismo as impulsionam com vigor. É fundamental diante desse fenômeno que a vanguarda revolucionária explique, propagandeie e agite a posição marxista de princípio diante do imperialismo e combata no seio dos movimentos com o programa da revolução proletária. Uma das características mais graves da guerra que despedaça a Síria e que a mergulha na barbárie é a de que nenhuma das frações opositoras empunha o programa da revolução socialista, com o qual se combate o imperialismo, o sectarismo religioso, as opressões étnicas, o atraso do país e a miséria das massas. Em nossa luta contra a intervenção imperialista, levantamos a tarefa de construir o partido revolucionário da Síria, como parte das tarefas de superação da crise histórica de direção revolucionária mundial. Trabalhadores e juventude, os Estados Unidos estão prestes a disparar seus mísseis sobre a Síria. É nosso dever revolucionário levantar a bandeira da AUTODETERMINAÇÃO DA NAÇÃO OPRIMIDA, QUE TODAS AS ARMAS SE VOLTEM CONTRA O IMPERIALISMO. Organizemos a luta em nossos países, essa é a melhor maneira de ajudar a Síria a encontrar o caminho das transformações progressivas. Partido Operário Revolucionário/POR
Posted on: Thu, 05 Sep 2013 05:43:42 +0000

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