Alguém partilhou com o título "escravos modernos", enfatizando o - TopicsExpress



          

Alguém partilhou com o título "escravos modernos", enfatizando o triste destino destes jovens que trabalham por vezes 100 ou mais horas por semana, mas o mais preocupante aqui talvez nem seja o desgaste a que estão sujeitos estes trabalhadores do setor financeiro (a escolha foi deles): o mais preocupante é que um indivíduo sujeito a este nível de pressão não tem tempo para ajuizar a legitimidade moral e as consequências dos seus atos, nem consegue manter uma vida equilibrada (com momentos de lazer, convívio e reflexão) que lhe permita percecionar o significado da vida humana. Quem trabalha com números 100 horas por dia, sempre a tentar maximizar lucros, vive apenas para isso: transforma-se numa máquina, completamente orientada para essa atividade, incapaz de pensar para além do mundo da finança. Se este afunilamento da vida já é percetível em muitos investigadores ou professores que trabalham 11 ou 12 horas por dia (talvez 70 ou 80 horas por semana, nas fases críticas do seu trabalho), imagine-se o efeito de trabalhar 100 horas por semana debaixo da maior pressão, fazendo contas, avaliando números e tendências, tentando decidir a jogada certa antes dos outros competidores: não há tempo para decidir o que é certo ou errado - e é com isto que contam as grandes instituições financeiras para continuarem com as suas práticas predatórias, estéreis, nefastas e imorais (quando não mesmo ilegais).
Posted on: Tue, 20 Aug 2013 22:43:11 +0000

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