Amigos...recordar é viver. Para alguns amigos que ainda não - TopicsExpress



          

Amigos...recordar é viver. Para alguns amigos que ainda não entenderam minhas manifestações e vêm me perguntar se sou contra as manifestações...NÃO sou contra...e..aliás...acabei de encontrar um artigo que publiquei em 2006 no Jornal A Cidade e em outros jornais da região, no qual conclamava a juventude a "discutir a Política". Onde está a Juventude Política Brasileira? Durante a noite passada ao iniciar a leitura de um livro denominado “De volta ao passado”, autoria e presente do amigo Raul Christiano Sanchez, deparei-me com uma conclusão infeliz. O livro, realmente uma obra fenomenal, objetivando assinalar a história de seu partido, elenca fatos ocorridos desde épocas não muito distantes da política brasileira, historiando as lutas e a paixão pelo ideal do final da ditadura, da tomada da Democracia. Ressalta também a participação da juventude brasileira na bandeira da condução política brasileira, o que levou-me a tentar, em vão, realizar uma comparação com o panorama atual. Esta comparação trouxe-me à tona a triste consciência de que juventude brasileira de hoje não presencia, não vivencia, não luta pelo bem social e público. Nós jovens cada vez mais temos acesso à educação, à tecnologia, à informação, ao conhecimento e à cultura, todavia, paradoxalmente, verificamos o estranho fato de que, na medida em que “evoluímos”, deixamos de demonstrar interesse no que se refere aos temas relacionados à política brasileira, ao Estado, à condução da vida das massas em geral, e, consequentemente das nossas mesmas. Nossa juventude, atualmente, está fadada muitas vezes ao atendimento dos interesses egoísticos da própria diversão (ou dispersão), prendendo-se intelectualmente a devaneios tecnológicos e paraísos “hardcore”, passando por conseguinte, a colaborar omissivamente com os desmandos da governância tradicional. O único desejo aos quais aspiramos são os emotivos, de vaidade , corroborados pelas “ficadas” e pela banalização do sentimento verdadeiro, do compromisso, a que nos submetemos hoje em dia. A única luta que travamos com fervor é aquela que ocorre contra os vilões do último “action-game” lançado para o determinado videogame “X”, de última geração. A única camisa que vestimos com orgulho é aquela na qual se encontra estampada a marca de uma determinada grife famosa, objeto de desejo de todos nós, filhos da nova burguesia. A enorme mídia jornalística e cultural, cada vez mais atualizada e rápida em razão do uso quase unânime da internet, é cada vez menos procurada, em detrimento a “websites” de “chats” e bate-papos. Não sou contra nenhum desses costumes citados, ao contrário, sou até simpatizante e praticante (ou ex-praticante) da maioria deles, mas o que me intriga é o pecado do excesso, do descontrole, que leva ao desinteresse e à omissão. Enquanto isto, observamos um quadro político nas Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas e no Congresso Nacional no qual pouco acontece em termos de renovação, o que nos leva a ter que deparar constantemente com os mesmo rostos e os mesmos escândalos sobre os quais nos cansamos de estudar nos livros de história. Renovar é preciso, é verdade. Mas antes da renovação, precisamos da conscientização, da mobilização e da participação da juventude formadora de opinião, que certamente conta com verdadeiros diamantes detentores de perspectivas de valoroso brilho no cenário político brasileiro quando formos devidamente colhidos e lapidados. Gustavo Russignoli Bugalho. 24 anos. Advogado e articulista. Especialista em Direito Constitucional pelo Centro de Extensão Universitária/SP.
Posted on: Sun, 23 Jun 2013 23:24:53 +0000

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