Análise do livro "Macunaíma" Mário de Andrade O próprio - TopicsExpress



          

Análise do livro "Macunaíma" Mário de Andrade O próprio Mário definiu Macunaíma como uma rapsódia, isto é, a reunião, em uma mesma obra, de temas ou assuntos heterogêneos de origem variada. No "epílogo" de Macunaíma ficamos sabendo que a história fora contada ao narrador pelo papagaio do herói, que aprendera com ele todos os casos de suas aventuras. Teríamos então, na obra, um foco narrativo em primeira pessoa, com um narrador-personagem "ausente", já que ele não aparece na história, senão nesse final. Mas, na prática, o que acontece é que tal narrador se apaga na narrativa. O foco narrativo perceptível é de terceira pessoa, com um narrador-observador das peripécias de Macunaíma. A exceção é o capítulo central, o 9, "Carta pras icamiabas", que se destaca na narrativa por ter um narrador-personagem, o próprio herói, que escreve para suas súditas amazonas, relatando suas experiências em São Paulo e pedindo dinheiro. Segundo M. Cavalcante Proença, Macunaíma encarna diversos heróis da literatura popular brasileira. Não tem preconceitos, não se prende à moral de uma época. Dessa maneira, concentra em si próprio todas as virtudes e defeitos que nunca se encontram reunidos em um único indivíduo. Por isso é excepcional. O mesmo autor considera que Macunaíma está fora do espaço e do tempo. Por isso pode realizar aquelas fugas espetaculares e assombrosas em que a capital de São Paulo foge para Ponta do Calabouço, no Rio, e logo já está em Guajará-Mirim, nas fronteiras de Mato Grosso e Amazonas. As fugas são motivo frequente no livro, e sempre com essa revolução espacial, e absoluto desprezo pelas convenções geográficas. Lucas Nogueira 3° Ano A
Posted on: Tue, 25 Jun 2013 04:00:06 +0000

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