Ao srº Fabio Koff e ao srº Renato Em 1981 o Grêmio calou o - TopicsExpress



          

Ao srº Fabio Koff e ao srº Renato Em 1981 o Grêmio calou o Morumbi: Campeão Brasileiro. Mas eu não vi. Em 1983 o Grêmio matou o poderoso Peñarol no Olímpico e depois foi conquistar o Mundo em Tóquio. Mas eu também não vi. Em 1989 o Grêmio faturou a primeira edição da Copa do Brasil. Mas eu não me lembro, pois eu só tinha 4 anos. Em 1991 o Grêmio desabou. O time que vinha sendo multi-campeão na década de 80 foi rebaixado. Momento difícil; e foi por aí que comecei a me interessar por futebol. A ver, a entender e a amar um time, que tinha em seu “sangue” as coisas mais importante pra ser campeão: raça, respeito, vontade... Em 1992 vi o Grêmio tentando se reerguer de sua maior tragédia até em tão. Foi ai que tive a certeza que este time merecia meu respeito e admiração. Em 1994 vi meu primeiro título como um “torcedor consciente” veio dos EUA. É Tetra! É Tetra! É Tetra! Gritavam eufóricos, todos os brasileiros. Fui às ruas com meus amigos fazer festa. O Brasil é Campeão do Mundo, depois de 24 anos de jejum! O futebol, que já estava em meu coração, nunca mais sairia. Vi um país vibrar, vi colorados, gremistas, e tantos outros juntos, comemorando juntos cada um respeitando ao outro, como irmãos. O pênalti perdido por Roberto Baggio foi um momento incrível, e que jamais esquecerei. Mas Seleção, por mais legal que seja (ainda mais pra uma criança), não é como nosso time. O sentimento de “estamos todos juntos nessa causa” tira um pouco a graça do feito. O legal é ganhar contra a vontade de colorados, de paulistas, de cariocas, enfim, do Brasil inteiro. E isso eu ainda não sabia o que era. Por pouco tempo. Em 10 de agosto de 1994. Há exatos 19 anos. Grêmio x Ceará no Estádio Olímpico Monumental, eu em casa ouvindo pelo rádio. Aflito, um nervosismo descomunal pra uma criança. Mas depois de Gilson Cabeção e Carlinhos e um time inteiro de guerreiros, certamente não ia me decepcionar. Era um presente, para uma torcida apaixonada, que apoiava e vibrava a cada lance. É tudo nosso! Bicampeão da Copa do Brasil. E vamos pra rua de novo comemorar. Agora só nós. Só a “metade” azul do Estado. Dali pra frente parecia ser só alegria. Vi o Bi da América em 1995, Bi do brasileiro em 1996, Tri-Copa do Brasil em 1997, Copa-Sul em 1999, Tetra-Copa do Brasil em 2001, além de Recopa Sul-Americana e outras conquistas menores. E tudo começou para mim em 1994. Mas em 2004 vi tudo novamente desabar, depois de vencer por 3 X 0 o Atlético PR, campeão brasileiro naquele ano, caímos para a 2ª divisão, pela segunda vez. Vi muitos torcedores, chorarem tristes ao ver que não podíamos mudar o que estava acontecendo. Depois de uma era vitoriosa, lá estávamos nós, precisando nos levantar novamente. Acompanhei pela TV ou pelo rádio todos os jogos do ano seguinte. Ouvi pelo rádio enquanto trabalhava aquela batalha inesquecível, onde nos roubaram na cara dura, vi um time de guerreiros, jogando com 7 jogadores, vencer o Náutico por 1 x 0 na batalha dos aflitos. Em 2006, vi um time sem estrelas conquistar uma vaga na libertadores e este mesmo time bravamente chegou a final em 2007, perdemos para o todo poderoso Boca Juniors. É triste perder, mas sabíamos que já tínhamos ido longe o bastante depois de todos os momentos ruins que tínhamos passado e pelas poucas condições que o time apresentava. Pensava então, agora vamos nos reerguer, e mostrar ao mundo novamente, que imortal só tem 1, mas desde então, não consigo ver neste time a raça, a guara, o respeito à torcida e ao time que vi nos anos anteriores. Algo se perdeu... Hoje o que eu vejo, é um time milionário, que não tem respeito e raça o suficiente para vestir esta camisa. Vejo jogador se preocupando em não tomar goleada, outros ganhando 500 mil mensais, ao impor o respeito que os adversários deveriam ter em nossa nova casa. Estes certamente não podem continuar a vestir nossa camisa. Eu posso estar errado, e isso só estes jogadores podem me provar, lá dentro de campo. Desde 2001 que não vejo um Grêmio guerreiro, que merece a admiração de sua apaixonada torcida, lá se vão 12 anos... Tá na hora da torcida acordar, do senhor Fabio Koff e do senhor Renato, mostrar que não da mais pra aceitar um time com a atitude incrivelmente vergonhosa que vimos no último jogo contra o Curitiba. Tá na hora de recomeçar, de dar a esta torcida, alegrias. Vaga na libertadores não é titulo! O ano ainda não acabou, e ainda temos duas oportunidades de lotar a Arena para gritar: É CAMPEÃO!!! É CAMPEÃO!!! É CAMPEÃO!!! O mundial de 83 não é a maior conquista do clube, sem dúvidas, mas significa muito pra nós. A maior conquista é o respeito de sua torcida... senhores, paciência tem limite! Amanhã é dia dos pais, o meu não esta mais aqui, para juntos torcermos esperançosos por uma vitória. Mas amanhã, pode ser o dia do Grêmio recomeçar novamente. Que seja marcado como o dia em que o Grêmio nasceu em 2013. Que seja o começo do Renascimento Tricolor, rumo a uma nova era de títulos. Texto adaptado
Posted on: Sat, 10 Aug 2013 23:04:24 +0000

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