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Apenas 90 empresas são responsáveis por dois terços do aquecimento global induzido pela humanidade e pela crise climática do século XXI. Os nomes são muito conhecidos: Chevron, Exxon, BP e Royal Dutch Shell, British Coal Corp, Peabody Energy e BHP Billiton, entre outras. Das 90 empresas, 83 são do setor energético e as sete restantes fabricantes de cimento. A lista inclui 50 empresas com ações em bolsa, principalmente empresas de petróleo como Chevron, Exxon, BP e Royal Dutch Shell, e produtores de carvão como a British Coal Corp, Peabody Energy e BHP Billiton. 31 das empresas são petroleiras estatais como a saudita Saudi Aramco, a Gazprom russa e a Statoil norueguesa, enquanto nove são estatais carvoeiras. Metade destas emissões foram lançadas à atmosfera nos últimos 25 anos, período no qual governos e corporações certamente já eram conscientes de que estas emissões poderiam causar mudanças climáticas perigosas. E muitas destas mesmas empresas estão hoje sentadas sobre reservas substanciais de combustível fóssil que - se forem queimados - colocarão o mundo em trajetória de risco ainda maior. O estudo divulgado hoje pelo jornal britânico The Guardian foi aceito para publicação na revista científica Climate Change. Comentários Especialistas em mudanças climáticas comemoram o estudo como o mais ambicioso já realizado para identificar emissores de carbono individuais, em vez de países e governos. O ex-vice presidente dos EUA, Al Gore, disse que esta nova contabilidade do carbono tem potencial para redefinir o debate sobre a alocação de culpa pela crise climática, questão que provocou grandes confrontos nesta semana em Varsóvia entre países emissores históricos, como a América ou a Europa, e economias emergentes como Índia e China. O cientista climático Michael Mann espera que a lista traga maior escrutínio à exploração futura das reservas remanescentes das empresas de petróleo e carvão: “O que eu acho que pode virar o jogo é a possibilidade de encontrarmos as impressões digitais das fontes dessas emissões futuras”. Naomi Oreskes, professora de história da ciência da Universidade de Harvard que tem escrito extensivamente sobre a negação da ciência climática financiada pelas corporações observou que algumas das maiores empresas da lista financiam o movimento de negação das mudanças climáticas: “Para mim, uma das coisas mais interessantes a se observar é sobre a sobreposição de produtores de grande escala e o financiamento de campanhas de desinformação, e como isso tem atrasado a ação pelo clima”. theguardian/environment/2013/nov/20/90-companies-man-made-global-warming-emissions-climate-change
Posted on: Wed, 20 Nov 2013 19:37:46 +0000

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