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Artigo: Escolha de uma bike para triatlo A escolha de uma bicicleta para triatlo é mais complexa do que possa parecer, isso porque a geometria varia muito de marca para marca. As geometrias para triatlo são definidas a partir dos “extensores” (aerobars) e da posição que o atleta ficará neles. Isso muda tudo, pois todo o posicionamento é alterado. Segundo Dan Empfield, fundador da marca Quintana Roo, mais de 85% da aerodinâmica depende da posição do atleta na bicicleta. Assim, mais importante que um quadro aerodinâmico é um quadro que deixe o atleta aerodinâmico. Nas bicicletas de estrada, o projeto de geometria é criado para fazer com que o atleta se apóie somente na parte de trás, no selim. Já as bicicletas de triatlo precisam distribuir o peso do corpo entre a parte de trás e a parte da frente, já que o atleta estará com os cotovelos apoiados nos “extensores”. Como se pode perceber, as formas dos quadros de Triatlo e contra relógio variam muito. Para tentar resolver esse problema, Dan Empfield criou os conceitos de stack (altura) e reach (alcance), que permitem comparar qualquer bike. A medida do reach é o alcance de um quadro, definido por uma linha imaginária horizontal que parte do eixo do movimento central (eixo pedaleiro), até cruzar com outra linha vertical imaginária que intercepta o eixo da parte superior do head tube (tubo de direção). Já o conceito de stack é a altura do quadro, definida por uma linha vertical imaginária que sobe a partir do eixo do pedaleiro e interceta outra horizontal, também imaginária, que parte do eixo da parte superior do head tube. A partir dessas medidas podemos entender melhor como funciona uma geometria para o triatlo. Como os triatletas não têm as limitações de posicionamento impostas pela União Ciclística Internacional (UCI), a posição tende a ser o mais para a frente possível. Talvez o melhor exemplo seja a posição do selim. De acordo com as normas do UCI, a ponta do selim deve ficar, no mínimo 5cm atrás de uma linha vertical imaginária que sobe a partir do eixo do pedaleiro. Já no triatlo, essa situação não existe, então os atletas tendem a colocar o selim o mais a frente possível, pois fica mais fácil alcançar o aerobar; músculos importantes são economizados para a corrida. Vamos imaginar um ciclista sentado na bike e com os braços nos extensores, com a ponta do selim em cima do eixo do pedaleiro. Se aumentarmos o reach ou reduzir a altura dos extensores ele ficará mais aerodinâmico, pois ficará mais deitado na bike. Em grande parte, escolher uma bike de triatlo envolve analisar com calma essas medidas de cada um dos modelos nos quais estamos interessados. Pessoas mais flexíveis e com troncos grandes, vão preferir bikes com maior reach e menor stack, já pessoas com troncos mais curtos (normalmente pessoas mais baixas) vão preferir bikes com reach um pouco menor. No geral, podemos separar as bikes em dois grandes grupos: as longas e baixas e as altas e curtas. Claro que essa divisão não é tão evidente com todas as bikes do mercado. Uma medida ideal pode ser estabelecida com um bom BIKE FIT, antes da compra da bike. Muitos atletas descobrem que compraram a bike errada. Podemos usar os parâmetros de stack e reach com os tipos de geometria e a nossa percepção da bike atual. Por exemplo, uma bike com diversos espaçadores abaixo do guiador. O que isso significa? Que o atleta precisa de uma bike mais alta (maior stack). Se o atleta sente que não tem problemas com o alcance (reach), pode migrar para uma bike que possui o mesmo reach, porém mais alta. Atletas com menos de 1,60m devem reconsiderar bikes com rodas 700c e procurar por opções com rodas 650c (aro 26). Dada as limitações na construção dos quadros, é virtualmente impossível chegar a uma boa posição aerodinâmica com rodas 700c. Quanto menor o quadro de uma bike de triatlo, maiores as limitações geométricas nas suas construções. Para os quadros tamanho S, a grande maioria com rodas 700c, o atleta deve estar atento às dimensões do quadro em termos de stack e reach para vários modelos da mesma marca. Por exemplo, a Cervélo P2 e a P4. Para o tamanho 51, o stack e o reach de ambas são idênticos. Ou seja, pagar centenas de euros a mais na P4 não vai melhorar a posição do atleta e não o vai tornar mais rápido. Isso acontece com diversos fabricantes, portanto é bom ter atenção, pois o dinheiro gasto com o quadro mais caro poderia ser destinado a algo mais útil, como umas boas rodas ou um capacete mais aerodinâmico. Claro que não estamos a falar do aspecto estético, pois a preocupação maior é o desempenho.
Posted on: Fri, 12 Jul 2013 08:50:05 +0000

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