Artigo: Inovações tecnológicas versus capacitação em massa - TopicsExpress



          

Artigo: Inovações tecnológicas versus capacitação em massa da mão de obra Há tempos se fala nas empresas que é preciso buscar continuamente, formas de aprimoramento à qualidade de produtos e serviços, visando o aumento da produtividade. A eficiência, a confiança e a qualidade no ambiente de trabalho têm intrínseca relação com o bem-estar pessoal e coletivo; com a credibilidade que as empresas possuem com seus clientes; com os investimentos à capacitação operacional e intelectual dos colaboradores potenciais, entre outros quesitos também importantes. Viu-se que nas últimas décadas, houve admiráveis acréscimos de novas tecnologias que mudaram o panorama do cenário produtivo e o modo de prestação de serviços das empresas para a sociedade consumidora. Devido ao pujante processo de mutação da matriz tecnológica, as empresas tiveram que revisar seus protótipos, até então vigentes, aplicados aos sistemas de gestão e aceitos como práticas eficazes. Destarte, também foi preciso reexaminar as práticas que davam vazão aos processos produtivos de bens intermediários, comumente chamados de insumos, que originam produtos manufaturados nas indústrias. O rápido avanço tecnológico é de fácil percepção, basta comparar a tecnologia usada entre as décadas de 1950 e 1970 - por exemplo - com os padrões atuais que preconizam amostras cada vez mais sofisticadas. Atualmente as empresas buscam adaptar-se rapidamente às inovações, sob pena de ficarem às margens das melhores oportunidades de negócios. Vê-se, então, que existe forte paradoxo ao comparar os métodos tecnológicos do passado recente com os processos atuais disponíveis de gestão com base em avançado manancial tecnológico. Fischer e Fleury, apud Costa (2005), admitem em suas análises que no passado, os administradores tendiam a ver as organizações como unidades estáveis que pouco, ou nada, mudavam ao longo do tempo (...), esta visão gerava padrões culturais conservadores focados para manter o seu status quo impotente à busca de inovações, sendo duramente resistentes às propostas de mudanças. Também, Casarotto (2002) afirma que há poucas décadas atrás a economia mundial era sustentada pelo desempenho das grandes empresas multinacionais, ou por ações de empresas estatais. Estas duas grandes forças econômicas, segundo a autora, criaram muitas oportunidades de trabalho, sendo estas responsáveis pela maioria dos bons empregos. Assim, as grandes corporações definiam suas metas, segundo as tendências dos mercados. Contudo, o novo milênio ordenou profunda releitura nas práticas de gestão para que houvesse as adaptações necessárias, onde o conhecimento passa a ser peça fundamental para o processo produtivo. As empresas devem ser ágeis (...) para responderem às rápidas mudanças do dinâmico mercado consumidor. As novas tecnológicas causaram importantes saltos de qualidade, mais produtividade e mais rapidez. Estas ações geram novos produtos e aceleram o nível de comunicação instantânea do mundo globalizado (COSTA, 2005). De um lado, a nova ordem mundial coloca a responsabilidade da saúde econômica de um país nas pequenas e médias empresas. De outro, a nova ordem econômica exige mais agilidade das empresas, tanto para os resultados externos, ligados a seus clientes, como para os processos internos. No decorrer da trajetória de mudanças, viu-se que a agilidade trouxe mais competitividade às empresas. Foi essa competitividade que, de fato, mudou a estrutura das grandes empresas melhorando a forma de produção para obterem vantagens competitivas (CASAROTTO, 2002). O núcleo deste artigo para análise é: a tenaz velocidade das inovações tecnológicas é congruente com a velocidade de capacitação em massa da mão de obra? A resposta é complexa e está longe de haver consenso, pois é preciso examinar um agregado de elementos históricos que interferem na conjuntura social, em especial, o fato de o Brasil ter distribuição pessoal de renda muito irregular, o que torna imensamente desproporcional as oportunidades da expansão do conhecimento científico às classes menos favorecidas em muitas regiões brasileiras. A reestruturação produtiva e as inovações tecnológicas desencadearam, em conjunto, consequências sociais que afetaram trabalhadores e produção nos quesitos essenciais que são: qualificação da mão de obra, condições ambientais de trabalho e condições sociais e individuais da massa produtiva. A partir das mudanças no sistema, surgiu uma nova classe operária que tem alto nível de formação profissional e elevada qualificação. O conhecimento dos indivíduos tornou-se fator de maior relevância no momento atual (PEDROSO, 2007). Ainda, Pedroso (2007) destaca que o padrão produtivo atual, com alicerce em constante atualização tecnológica, causou, em vários países, a redução do trabalho necessário, pois com a presença da automação microeletrônica, houve significativa redução da mão de obra típica e tradicional, ocorrida até então, na produção vertical da era Fordista. Com doutrina convergente, Casarotto (2002), analisa que o atual momento, a mercê de influencias das fusões e aquisições (joint venture), gera consequências profundas na economia, porque reduz a quantidade de grandes empresas e isso diminui o número de trabalhadores. A onda de fusões e aquisições movimenta negócios em todos os setores da economia mundial. No cenário atual, a empregabilidade é volátil e a competitividade, tende a ser, cada vez mais, problemática. Diante disso, a autora observa o panorama econômico com ares de conflito de interesses, assim apresentado: - Fusões de grandes empresas x Proliferação de pequenos negócios. - Livre mercado global x Reserva de mercado. - Crescente escassez de emprego x Crescente exigência de qualificação. - Sofisticação das tecnologias de produção x Despreparo profissional. A modernização tecnológica na atividade produtiva abrange todo contexto capitalista, e os efeitos na organização do trabalho vêm alimentando vários estudos. Os debates acerca da matéria geram controvérsias havendo impactos negativos (desemprego e desqualificação) e impactos positivos (qualificação, ampliação das oportunidades de emprego, trabalho participativo e aumento de produtividade). Várias correntes têm adicionado importantes contribuições ao tema, e todas reconhecem que as novas tecnologias implicam em repensar os processos de organização do trabalho e as qualificações requeridas. Assim, diz-se que o veloz avanço tecnológico é decorrente do esforço humano que busca fontes alternativas para minimizar tarefas e aperfeiçoar produtos e serviços (ANDRADE JUNIOR, 2011). Ainda, Andrade Junior (2011), adverte que o conjunto de mudanças desencadeadas pelos impactos das novas tecnologias na organização do trabalho, deve estar de acordo com a forma de reorganização da Gestão de Pessoas nas empresas que as induzem a buscar novas formas de organização do trabalho e criar novos métodos de gerenciamento de pessoal. A vida educacional do homem está em constante mudança. Paradigmas estão sendo estabelecidos, em especial, quanto ao aprendizado e uso dos subsistemas de Gestão de Pessoas nas organizações. A ciência administrativa vem passando por gradativas e constantes mudanças, a cada dia antigos padrões são superados para dar lugar a novas doutrinas. Em função da globalização e dos processos contínuos de transformações, surge à necessidade de haver pessoas com formações sólidas, generalistas, com capacidades e adaptações ao mercado que se torna cada dia mais forte e exigente, havendo fortes pressões e influências das forças ambientais externas às organizações (STEFANO, et. al. 2004). Segundo Stefano et.al.(2004), o acelerado ritmo das mudanças e a acirrada concorrência global, faz com que as organizações busquem constantemente atingir vantagem competitiva, seja por meio de novas tecnologias, seja através do desenvolvimento de novas habilidades. Muitas vezes as organizações têm grande potencial oculto na forma de recursos humanos, sendo assim é preciso saber fazer uso destes recursos reconhecendo o valor do capital intelectual. Considerações Finais - O ensaio da revisão da literatura promovida neste artigo, preconiza reflexos acerca do quão é importante acompanhar o extraordinário avanço tecnológico que abarca as influências da Gestão de Pessoas e da Gestão Empresarial, cujos métodos há muito tempo deixaram de ser herméticos para se tornarem sistemas abertos, visando à satisfação do público interno composto por diretores, gestores e trabalhadores operacionais, bem como o público externo caracterizado pelos consumidores que optam por suas melhores escolhas de produtos e serviços. Ademais, as premissas que visam equalizar o sistema do ponto de vista da oferta e demanda das oportunidades de trabalho, esbarram, por vezes, em certas dificuldades vis-à-vis as enormes desigualdades sociais presentes no País que estão longe de ter posição equânime. Desde o programa de crescimento econômico acelerado ocorrido na Era do Milagre econômico, até a deflagração dos mercados globais à luz da modernidade que consagrou a eloquência das inovações tecnológicas, as empresas passaram a promover constantes mudanças em busca de adequações para as regras e ditames da nova e exigente sociedade consumista. No mercado global em constante ebulição, consolidam-se entre outros fatores também importantes a valorização ao conhecimento científico, a competitividade, as competências individuais, as aptidões para trabalho em equipe e a qualidade total. Neste cenário de desafios e inovações, cabe a gestão de recursos humanos, encontrar caminhos por meio de visão sistêmica e estratégica para nortear as soluções que contemplem de um lado os resultados que atendam aos anseios dos planos de metas, e de outro, as razões para manter os trabalhadores motivados e comprometidos com a missão da empresa, formando critérios para a continua evolução cientifica e cultural dos atores centrais do lado da oferta que desenvolvem produtos e serviços: os trabalhadores. Fonte: rh.br/
Posted on: Thu, 05 Sep 2013 13:10:01 +0000

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