As Jornadas da Juventude no Rio correram mal, muito mal do ponto - TopicsExpress



          

As Jornadas da Juventude no Rio correram mal, muito mal do ponto de vista organizativo. Mas só os brasileiros podem dizê-lo “Vocês aí, babem de inveja!” Um dos desportos nacionais dos brasileiros – como dos portugueses – é fazer pouco do próprio país. Da incapacidade coletiva para se governar, da tendência natural para a desorganização, do uso e abuso de compadrios, clientelismos e outras formas de pequenas e grandes corrupções. Por isso, quando se soube que lhe cabia organizar em fila a Taça das Confederações, as Jornadas Mundiais da Juventude, o Mundial de Futebol e os Jogos Olímpicos, a sensação no Brasil foi muito mais de medo do que de orgulho. Medo do vexame. Na Taça das Confederações, as mega-manifestações populares alertaram para falhas de segurança mas desviaram o foco dos erros organizativos. E como, para todos os efeitos, foi um evento organizado pela FIFA, que entre os seus múltiplos defeitos não conta com a desorganização, o evento correu dentro dos limites da ordem. Como o Mundial também é da FIFA e os Jogos Olímpicos do COI, eventuais erros locais de planeamento serão minimizáveis pela estrutura internacional. Nas Jornadas da Juventude, pelo contrário, o Brasil estava, como nunca, sob escrutínio. E as autoridades locais, em vez de preparar o evento com o pragmatismo terreno que se exigia, fiaram-se na fé. Resultado: do ponto de vista organizativo a visita do Papa Francisco correu mal, correu muito mal. O metro do Rio às tantas parou, impedindo milhares de fiéis de chegarem a tempo a uma missa, e houve serviços de comboio avariados. Consequentemente os autocarros lotaram para lá do aceitável e o trânsito ficou insuportável.
Posted on: Sun, 04 Aug 2013 02:18:19 +0000

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