As estatísticas, quanto mais as verificamos, mais elas nos - TopicsExpress



          

As estatísticas, quanto mais as verificamos, mais elas nos assustam. E nos apavoram, sobejamente, não tanto pelo absurdo que por si só demonstram, mas por realçarem a cachimônia que os políticos, que se arvoram a defender a maioridade penal aos 16 anos, tem. As individualidades, tomadas as próprias experiências e o “achismo” próprio do sujeito, autorizam convencimentos arredados da racionalidade, mas nunca se lhe pode concedê-lo ao homem público. E anote-se: acha quem perdeu e se perdeu foi o juízo que é a casa da razão. Portanto, nada mais nocivo à nação que o político que perdeu o juízo para achar, em sede de exercício de mera opinião ou, simplesmente, por adesão. O legislador vem lutando absurdamente contra o aborto. Pois bem, conhecemos dele os argumentos ao esgotamento e os respeitamos, de toda forma. Mas, aqueles que lutam pela vida desaparecem no momento do nascimento. Pergunto-lhes: a vida é apenas condição fisiológica de sobrevivência ou demanda para se realizar a efetividade de todo um elenco de direitos, então garantidos por nossa Constituição da República? É por que os senhores sumidos reaparecem 16 anos depois renovando a carga, agora não para garantir a “vida” aos pequenos cidadãos, mas para a suprimir deles como se tivessem degenerado sem sua participação neste percurso. No Brasil, tem-se que 35,9% da população total é constituída por crianças e adolescentes entre 0 a 17 anos, ou seja,. em números absolutos, são 61 milhões crianças e adolescentes. Por que os senhores, então, não brigam por eles entre o momento que a mãe não os abortou e eles fizeram 16 anos? Depois disso, falem-me em por à margem os que ainda restarem marginais sem seu patrocínio. Até lá, reconheçam-se como vítimas que atacam de costas, tamanha virulência de sua omissão. Por que eu, com as margens assoreadas tanto há na marginalidade, com o fluxo comprometido, de tal forma que, se rio, sei da alegria comprometida na ressequidão de sua inércia, vou providenciando lágrimas para encontrar algum merecimento na graça. Um terço delas pela tristeza de vê-los nestas circunstâncias; um terço pela raiva de ver os senhores entregarem-se à corrupção em detrimento de gerações inteiras e um terço pelo compromisso de ser humana seja a sensibilidade exigente de mim na mensuração do outro. Com o terço que sobra, prostro-me pelos pequenos mártires que a irracionalidade insiste em crucificar.
Posted on: Fri, 28 Jun 2013 11:25:29 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015