Assisti sim, a roda viva fora do eixo, ontem... Tava aqui lendo, - TopicsExpress



          

Assisti sim, a roda viva fora do eixo, ontem... Tava aqui lendo, um pós de tudo, que andaram escrevendo aqui na rede sobre o assunto. De ontem pra hoje, o que mudou na mídia pública é que o Roda Viva vai empregar o coxinha Augusto Nunes no lugar do Conti. É... Cabeças rolam em dias de Bastilha... O que falo disso tudo é que o futuro da mídia é ser coxinha, como sempre. Que não importa o financiamento público ou privado, contanto que entre dinheiro. Que não existe direita ou esquerda, mas empregador. A mídia pública sempre será refém do capital e do mando do patrão. Nesse novo contexto midiático, sejam as relações horizontais ou transversais entre usuários e produtos, a plataforma de difusão faz o filtro editorial. Esteja essa lente apontada pro vandalismo ou pro manifesto, há um plano editorial intrínseco. No caso da nova mídia Ninja, a pauta já começa com a propaganda do próximo manifesto. Isso, até ontem, chamava manipulação. Uma plataforma midiática financiada pelo poder público? Bacana, lindo... Mas pra dar moral pra Black Bloc? Uma plataforma midiática financiada pelo poder público para gerar cada vez mais incentivo financeiro do poder público pra si mesma? Essa é a sugestão da auto-gestão do Fora-do-Eixo? Esse é o conceito de independência? De sustentabilidade? Porque se for, o case de sucesso da sustentabilidade, é a profissão do político corrupto. Uma plataforma midiática financiada pelo poder público para servir ao network político dos seus aliados e financiadores? O Roda Viva e o Fora-do-Eixo têm mais em comum que em combate. É tudo a mesma mídia. Com uma diferença: o Fora-do-Eixo tem mais histórias de insucesso no currículo. O conceito Roberto Marinho é imortal... só muda de nome... Quem conhece essa turma de outros carnavais, não se comove, nem se engana. Mídia é mídia. Sem conteúdo, é disco virgem. Estão propondo uma plataforma midiática financiada pelo poder público ou privado, que distribua conteúdo artístico e intelectual sem remuneração pra cadeia criativa. A aproximação com Jandira Feghali e Randolfe Rodrigues, com Marta Suplicy e o MinC, com a Globo e os emepebestas, tem como meta a apropriação da propriedade intelectual (principalmente softwares) e criativa (música, literatura, fotografia e audiovisual) para distribuição livre em suas plataformas. A produção colaborativa deles, nada mais é que a pirataria. Quando a mídia do Fora-do-Eixo pedir verba pública ou privada, para fazer funcionar sua plataforma midiática, estará negociando o conteúdo alheio com seus usuários. Cultura sem intermediários... Assinantes pagarão a eles para ouvirem músicas dos outros, assistirem filmes dos outros, baixarem aplicativos dos outros ou verem porrada nos outros. Ninguém mais, além deles, ganha com isso. Essa é a tal da desmonetarização - quando mais milhões de reais virarão cubocards. O futuro do diálogo da sociedade civil organizada (por dois caras) é fazer política pessoal dentro do aparelho político. Isso até ontem, chamava tráfico de influência. O ativismo midiático, até ontem chamava mídia parcial. Quem se encantou com tamanha modernidade, de um conceito que, de tão novo, não carece nem explicação, anda acreditando numa coisa que, nos dias atuais, não pega mais: O inimigo do meu inimigo é meu amigo - isso é furada... O inimigo do seu inimigo não está interessado em novos amigos. O jogo pela verba pública e de marketing institucional é pesado e não quer obstáculo. Não existe público ou privado, existe financiador. Entre o público e o privado, os anunciantes são os mesmos bajulados de sempre. Pra essa nova mídia que ganha afago da velha mídia, não existe diferença entre fato e espetáculo. Tanto a velha mídia como essa nova mídia, manipulam do mesmo jeito o suspense e a ação. E entre as mídias, há mais gentilezas do que sonha nossa vã comunicação interativa. O pós-jornalismo, a pós-TV, a pós-mídia é só o cenário pós-apocalíptico do pó dessa discussão que não está aqui pra explicar, mas pra confundir. Enquanto cabeças brancas rolam na Bastilha, novas pseudo-vozes das ruas são apresentadas pela velha mídia. Estão nos propondo uma troca de 6 por meia-dúzia. O modelo parece ser diferente, mas o motor é o mesmo. Movido pelo mesmo combustível chamado dinheiro. Não se engane... os jovens que o sistema lança hoje, são os seus escolhidos para manterem tudo onde deve estar - na mão dos mesmos. Sem dúvida, hoje há uma juventude muito inteligente. Nosso tempo propicia essa evolução causada pela revolução de informações e tecnologias. Ao posso que há uma juventude aí fora, bastante reacionária, livre, leve e solta. Quem justifica o vandalismo do outro, defende o seu próprio abuso. Quem diz que não tem partido, nessa altura dos acontecimentos, é o ultra-direitista do ForaDilma. Pois é... O velho e o novo são da mesmíssima família. O modelo de gestão interativo pode desenhar um horizonte novo, mas essa discussão não ultrapassa o rascunho. Enquanto expectadores, receptores da informação, o público não passará de consumidor do conteúdo oferecido. A nova velha proposta que insiste em se apropriar da mídia como mentora de comportamento e opinião de massa, já nasce coxinha. Se já nasce com ciberativistas no ataque e defensiva, já chega reacionária. Sim, estamos em um novo tempo. Num tempo onde o marketing não vende mais falsas mudanças. Onde, das ideias coletivas, ninguém se apropria. Numa rede livre onde ninguém se apresenta pedágio. Estar fora do eixo é se manter emperrado. Aqui, nesse tempo novo, onde os saberes individuais são livremente compartilhados, o capilé centralizador não faz o menor sentido, além da apropriação indevida do que não lhe pertence.
Posted on: Tue, 06 Aug 2013 22:01:22 +0000

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