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Bom dia a todos! GESTÃO CONTEMPORÂNEA - FAZER AMIGOS OU ENTREGAR RESULTADOS? Por: Romeu Mendes Um dos maiores dilemas na gestão das organizações contemporâneas é saber lidar com o novo momento organizacional, onde a ineficiência, incapacidade, incompetência, inoperância, descompromisso e desqualificação não conseguem mais serem varridas para debaixo do tapete e/ou acobertada sem trazer consequências graves no mundo corporativo. Estamos vivendo a era da transparência, e essa fratura fica exposta e fazendo um trocadilho, a fatura aparece, QUEM PAGA ESSA CONTA? Em outras épocas podiam ser repassadas de forma velada ao cliente ou ao cidadão. Precisa-se acordar. O que para alguns são ações de futuro, na realidade já está presente faz tempo, a diferença está na percepção e no nível de maturidade, e em casos mais graves de miopia. Estão vivendo ainda no século passado, uma doença crônica que permeia infelizmente a maioria das nossas organizações seja ela de natureza privada ou pública. Ou seja, o discurso é do novo, mais as ações estão na contramão e totalmente em descompasso e incoerente com as afirmações. Fundamental nesse contexto é ter a clareza de que onde não se encontra respostas com certeza sobrará perguntas. O momento parece paradoxal, onde se valoriza a humildade, mais sem abrir mão da audácia. É preciso perceber o que ninguém vê. Caso não consiga, humildemente enxergue com os olhos dos outros, desconstruindo o que estava predeterminado. Muito importante trocar de lugar com o outro, sob as mesmas condições fica mais fácil encontrar caminhos para surpreendê-los. Nesse cenário, há que se considerar e valorizar a loucura e a intolerância que nos provoca desconforto e nos tira do nosso “status quo”. Não se conta a verdadeira história das organizações contemporâneas só com poesia e prazer. As cicatrizes na maioria das vezes é a melhor forma de proteção contra novas feridas. O erro não tem apenas que diminuir, tem que ser eliminado. O momento é de interferência e de provocar processos de transformação. Como bem definiu o carnavalesco Paulo Barros: “Não se pode produzir um espetáculo moderno nos dias de hoje baseado em regras tão antigas”’. Cabe refletir que a proposição de mudanças é imperativa, tendo como premissa o combate das normas estabelecidas que, limitam o nosso trabalho. É preciso conhecer essas regras e usar os instrumentos do passado para construir um futuro diferente. É de extrema relevância a capacidade de negociar o seu desejo de mudança. Cabe-se esclarecer, que ideias, criatividade, inovação e melhores resultados não surgem num passe de mágica. Eles se devem a muitos anos de trabalho e experiência. É preciso ter uma visão sistêmica, ou seja, enxergar o todo para atuar nas partes, dominando o processo, desde a sua concepção à dispersão do que estiver executando. Com isso, se torna fundamental que os colaboradores construam novos hábitos, revendo procedimentos que eles sempre utilizaram e checando absolutamente tudo. Sabe-se o quanto é difícil desligar o piloto automático de quem faz a mesma coisa há anos. Toda ação e novos projetos dependem de pessoas, e quando fogem aos paradigmas estabelecidos esbarram em dificuldades. É da natureza humana a adoção de padrão de construção que, na visão delas, basta. Tudo que ultrapasse entra na cota do excesso de preciosismo e/ou como desnecessário. Há que se comentar e destacar que qualquer processo que passa por uma reengenharia, muda a forma de execução. Nesse contexto, aparece uma variável fundamental como fator crítico de sucesso, a confiança no colaborador escalado para sua condução. A grande sabedoria desse colaborador estará alicerçada na sua capacidade de reconhecer seus limites e pedir a contribuição de outros quando necessário. Lembrando e ressaltando-se que quando houver descumprimento do que foi estabelecido é fundamental que as penalizações sejam aplicadas. Sabemos o quanto isso é doloroso. É como cortar na carne. Porém a ausência dessa ação desqualifica a organização e consolida um pacto ardiloso e que infelizmente tem permeado o mundo corporativo, qual seja? O PACTO DA MEDIOCRIDADE. Não existe outro caminho, o resultado está atrelado à minimização e mitigação das possibilidades de erro. É do comportamento do fator humano a simplificação em detrimento da busca de compreender e ter a verdadeira noção do que está por trás e qual foi à essência que levou ao atingimento do sucesso. Consolida-se assim, uma necessidade premente de quando se está tratando de projetos complexos é de fundamental importância o uso como melhores práticas do Ciclo PDCA (Planejar, Desenvolver, Controlar e Agir), onde sejam descritos todo o processo, facultando-se principalmente ações tempestivas. Cuidado com a frase isto não é necessário ou não é da minha responsabilidade. Os novos tempos exige a utilização do lado direito do cérebro que habitualmente não estamos acostumados com a sua utilização. Pode-se dessa forma ter surpresas agradáveis, criando e encontrando soluções nessa parte obscura, que está congelada. Tendo como premissa que a relevância estará pautada na provocação de algum tipo de interferência, que nem sempre será positiva, mas, com certeza, será diferenciada. Com isso, enquanto você busca fazer a diferença, alguém que deseja a mesma coisa pode estar procurando você. Corroborando com essa percepção trazemos novamente uma fala do Paulo Barros: “Se você está fazendo algo novo que só você domina, será difícil de ser compreendido. Então, é melhor dar uma atenção especial e resolver”. Quanto a mim, a maturidade e o tempo de experiência na esfera pública e privada têm demonstrado que nessa nova era da gestão contemporânea, há sim que respeitar as pessoas, criar clima organizacional favorável e abrindo espaço para todos. Porém não pode e não cabe tornar isso uma confraria de amigos em detrimento dos resultados, acobertando e fechando os olhos para o óbvio. Com isso tomei a decisão que diante da minha responsabilidade, o foco principal será sempre ENTREGAR RESULTADOS, de preferência FAZENDO AMIGOS. Agora se para fazer amigos tenho que comprometer o resultado, peço desculpa pela minha franqueza, e com certeza na visão de alguns não serei compreendido. Mas a minha ética, o meu valor apontam que como colaborador o foco é o resultado, e não vou abrir mão disso. A minha experiência executiva ao longo desses anos, permitiu-me conviver com líderes fantásticos que agregaram muito valor ao meu crescimento profissional, bem como tive alguns que o único acréscimo de aprendizado foi o de COMO NÃO FAZER, o que também acaba sendo positivo na medida em que compreendemos dessa forma e nos afastamos do modelo. Uma das experiências mais marcantes que tenho como referência, ocorreu com um líder na essência da palavra que por muitos anos tive o prazer de integrar a sua equipe, que ao ser convidado para um cargo de alta direção no governo, recebeu também a lista de quem seria seus subordinados. Perguntou a quem o convidou, se ele teria outra lista de quem efetivamente trabalharia para o resultado, já que a primeira lista era apenas dos amigos e ele sabia que com esse time não chegaria a lugar algum. Como a segunda lista não existia, preferiu declinar do cargo. Infelizmente atitudes assim, é exceção. Isso justifica PORQUE QUE A CONTA É TÃO ALTA. Salienta-se que às vezes nos deparamos com uma situação em que um atura o outro. Mais a sabedoria está na definição mínima de regra de convivência, preservando sempre o profissionalismo. Cabendo a ressalva de Pedro Demo: “Que definir não é apenas deixar claro o que está dentro. É também excluir o que fica fora. Por vezes e sem perceber, deixamos de fora o mais relevante”. Por isso a relevância que temos que dar ao debate, principalmente aquele feito para abrir perspectivas, lembrando que seu principal objetivo não é para chegar a resultados definitivos. Trazendo novamente a corroboração de Pedro Demo, que afirma: “Questionar, entretanto, não é apenas resmungar contra, falar mal, denegrir, mas articular discurso com consistência lógica e capaz de convencer”. Isso não quer dizer que estamos defendendo um ambiente de trabalho tenso, desrespeitoso, onde a disputa é palavra de ordem, pelo contrário, quem já teve a oportunidade de trabalhar conosco sabe muito bem, somos adeptos de um ambiente flexível, leve, criativo com bastante autonomia, permitindo e estimulando a criatividade, deixando que os colaboradores encontrem soluções, ao invés de esperar uma ordem. Adotamos como premissa que o ambiente e o clima organizacional devem ser contaminados pela alegria, cabendo apenas ressalvar que não é a alegria do bobo alegre, mais sim a do bom combate, pois um dos principais legados que aprendi com Pedro Demo, que certa dose de neurose é sinal de saúde, não de doença, porque a pessoa perfeitamente equilibrada – soma zero – sendo facilmente transformada em fantoche. Conclui-se com uma frase da filosofia chinesa que afirma: “Quando um dedo aponta uma estrela, o sábio olha a estrela e o tolo olha o dedo”. Ditados são para isso mesmo, para provocar e fazer pensar. Porque será que os líderes da gestão contemporânea não prestam atenção. AFINAL DE CONTAS? QUEM PAGA A CONTA?
Posted on: Tue, 29 Oct 2013 09:41:09 +0000

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