CADA VEZ MAIS GOSTO MENOS DOS “PRÓ-FORMAS” DA VIDA. “... - TopicsExpress



          

CADA VEZ MAIS GOSTO MENOS DOS “PRÓ-FORMAS” DA VIDA. “... um leproso chegou perto dele, ajoelhou-se e disse: — Senhor, eu sei que o senhor pode me curar se quiser. Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: — Sim, eu quero. Você está curado. No mesmo instante ele ficou curado da lepra. (Ev. Segundo Mateus 8. 2,3) Fui procurado por uma pessoa que secretariou uma reunião em que estive presente. A reunião, bem informal, foi marcada pela ausência de pauta, anotações, leitura de ata e de todas as coisas que fazem dela chata. Ela veio com uma folha para eu assinar, falou que era a ata tal da reunião. Entranhei, não havia observado ela anotando nada. Quando li percebi que era uma condensação escrita de todos os fatos ocorridos na reunião. Assinei. Ela, depois que assinei, me disse: É só “pró-forma”. “Só para constar que foi feito”. Quando ele me disse isso, a mente me apontou para tantos outros “pró-formas”: “bom dia”, “oi”, “como vai?” ... que por vezes não passam disto. O “pró-forma” conquanto não seja antiético carece de uma profunda afetividade, de calor humano, de efusividade... Normalmente, quem é dado a sua prática tem uma desculpa comum: o convívio com pessoas que são “verdadeiros chicletes”. Dizem: Convivo com pessoas que se não receberem um “ALÔ” no aniversário, um “TORPEDO” pelo celular ou um simples “OI” fortuito, criam cada caso! Neste tempo de vida tão corrida onde às pessoas não querem passar por mal-educadas, a prática de um “pró-forma” é vício. O problema é que este jeito de se relacionar esvazia o que seria muito belo se feito com sinceridade. A afetividade por meio de: “bom dia!” “oi!!!” “como vai?!!!” são lenitivos para a caminhada. Jesus sempre paradigmático é flagrado nos evangelhos demonstrando uma atenção que ia além do que a esperada. No texto do cabeçalho o súplice leproso esperava de Jesus o só querer, mas, Jesus, exagerado, foi além: Ele ouviu, conversou, se afeiçoou, desejou a cura e então o tocou (e quem sabe com um belo e demorado abraço). Jesus não se enquadrou na prática do “só para constar”. Como não sou simpatizante do “pró-forma”, sempre que estou em luta contra a superficialidade do mesmo releio a história que irei compartilhar, ela me ajuda a dar sentido ao que falo, faço, penso, demonstro... “Em uma reunião de pais numa escola, a professora que incentivava aos pais que dessem apoio aos filhos e lhes pedia que se mostrassem presentes o máximo possível, mesmo tendo todos eles a vida carrida, foi surpreendida por um pai que se levantou para, com humildade partilhar, que não tinha tempo de falar com o filho nem de vê-lo durante a semana; porque quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho estava dormindo e quando voltava do trabalho já era muito tarde e o filho dormia. Explicou ainda que tinha de trabalhar muito para garantir o sustento da família e que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava compensá-lo indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa. E para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia logo, que o pai tinha estado ali e o tinha beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles... A professora emocionou-se ao constatar que o filho desse pai era um dedicado aluno na escola.” Se Jesus e este pai foram além do esperado, pois amaram, demonstraram, tocaram, ... sempre me convido a viver fora deste esquema do “só para constar”, do “pró-forma.” Que tal, irmos juntos?
Posted on: Thu, 26 Sep 2013 11:35:28 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015