COMENTÁRIO DO DIA -06/11/2013 05/11/2013 - 16h19 Dólar sobe - TopicsExpress



          

COMENTÁRIO DO DIA -06/11/2013 05/11/2013 - 16h19 Dólar sobe a R$ 2,28 com dúvida sobre início do corte em estímulo nos EUA DE SÃO PAULO A cautela dos investidores em relação a quando o Federal Reserve (banco central americano) começará a cortar seu estímulo econômico à economia dos Estados Unidos voltou a derrubar as moedas dos emergentes em relação ao dólar nesta terça-feira (5). Desde 2009, o Fed compra US$ 85 bilhões por mês em títulos públicos para injetar dinheiro na economia dos EUA e estimular uma retomada. A autoridade, no entanto, já anunciou seu desejo de interromper o programa até meados de 2014. Como parte desses recursos migra para os emergentes na forma de investimentos, um corte no volume do estímulo é encarado com pessimismo entre os investidores, que preveem uma restrição na oferta da moeda americana nesses mercados, o que pressiona a cotação do dólar para cima. Às 16h (horário de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha alta de 0,11% em relação ao real, cotado em R$ 2,285 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, avançava 1,82%, a R$ 2,286. O real era a moeda que mais perdia em relação ao dólar, às 16h02, entre as 24 principais moedas emergentes do mundo. Dessas, apenas quatro mostravam valorização sobre o dólar no mesmo horário. Alta em torno de R$ 0,10 do dólar nos últimos dias reflete um movimento especulativo em torno de um fato real, que é a questão da ameaça à liquidez com o corte nos estímulos dos EUA, diz Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora. Especialistas consultados pela Folha dizem que, no Brasil, o movimento de depreciação da moeda local é intensificado pela piora no cenário fiscal, depois que as contas do governo atingiram o maior deficit para setembro desde o Plano Real. O mercado já não olhava para o Brasil com bons olhos. As contas públicas estão deterioradas, a inflação segue elevada, o governo intervém em diversos setores e a economia cresce com dificuldade. Tudo isso não atrai investimentos estrangeiros e contribui para pressionar a cotação do dólar, avalia Bergallo. BANCO CENTRAL Operadores acreditam que o Banco Central pode intensificar sua atuação no mercado de câmbio para conter o avanço do dólar. No entanto, ao menos por ora, o BC deve manter apenas seus leilões programados no mercado. O BC sempre pode intervir mais. Ele tem diversas formas de fazer isso. A questão é se ele pretende ou não, pois temos já um contraponto previsto que é a reunião do Copom [Comitê de Política Monetária do Banco Central], diz Bergallo. Nessa reunião, o BC deve subir a Selic [taxa básica de juros] a dois digítios, o que naturalmente atrairia mais estrangeiros para o país, aumentando a oferta de dólar, acrescenta. A avaliação dos especialistas é de que o BC não deve atuar enquanto a moeda americana se mantiver em torno de R$ 2,30, pois esse valor tem pouca interferência sobre a inflação no país e ajuda as companhias exportadoras brasileiras a lucrar mais. Mesmo assim, caso a alta do dólar se intensifique, uma alternativa seria a rolagem antecipada dos swaps com vencimento no dia 2 de dezembro. Hoje de manhã, o BC realizou pela um leilão de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro. A operação estava prevista em seu plano de intervenções diárias no câmbio. Foram vendidos 10 mil contratos de swap oferecidos pelo Banco Central em leilão realizado mais cedo, sendo 8,1 mil contratos com vencimento em 1º de abril de 2014 e 1,9 mil contratos com vencimento em 2 de junho de 2014, por um total de US$ 497,2 milhões.
Posted on: Wed, 06 Nov 2013 13:03:40 +0000

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