CONTRA-MÉTODO Por Fábio Di Rocha (…)A arte e - TopicsExpress



          

CONTRA-MÉTODO Por Fábio Di Rocha (…)A arte e nada mais que a arte! Ela é a grande possibilitadora vida,a grande aliciadora da vida, o grande estimulante da vida(…) F. N O cinema pós-digital é cinemeticulosamente trabalhado, várias vezes refeito, refilmado, reeditado. Mistura-se analógico com digital, e quem sabe holográfico. Não pensamos em padrão....depende do jogo. Alguma coisa entre o 4:3 e o 16:9. O formato é uma definição provisória,o plano de filmagem é um desenho que o diretor de produção faz juntamente com a assistente de direção (se tiver) e o diretor acompanham, e se faz ao mesmo tempo que os movimentos de transformação da “lombra” do filme (Nada aqui é estático).Não usamos claquete, e pouco importa o tipo de camera. A câmera é escolhida de acordo com o afeto de cada diretor. Ao invés de organizar os cartões, fitas, ou rolos (já que estamos falando de um transcinema) deixemos o material bruto desorganizado para conhecer melhor o material (veja e reveja várias vezes antes de se apressar em montar, ou monte vendo). Na hora de filmar, aperte o botão quantas vezes quiser e for necessário. Limpe os clipes com seu assistente de direção (que já pode ser Logger). Este que deve estar em plen a analogia de composição contigo, a sinergia mesma do cinema (o assistente tem que ser uma pessoa de íntimo contato)...Ele tem autonomia suficiente pra limpar as arestas....e já ir colocando na timeline....que deve se chamar...Notas da produção de sentidos (invente a sua). O CONTRAMÉTODO é pacientemente documentário.Trabalha com takes, planos embaralhados, riscados, varias vezes refeitos...várias camadas na ilha de edição. Obs – Não use time code...(isso é cosia de preguiçoso) Cabe ao ASSISTENTE DE DIREÇÃO a intensificação do processo de composição do filme (Não somos utilitaristas).Somos atletas afetivos, e a nossa primeira e única decisão: pouco importa os números, nosso único lance é com o assistente e seu técnico de som (que usa o método que quiser pois ele é quem se articula com o assistente). Como não tem claquete, não perca tempo com cantorias.E isso é uma articulação entre o momento de escolha da ação e do corte. Um grande número de materiais acumulados, exige paciência. O Contramétodo é quase severo (...) E salientamos que ele se opõe à “pesquisa” dos tecnicistas. Você deve trabalhar com seus próprios benfazejos erros. Trabalhar e retrabalhar o material em vários níveis. Tanto faz logar, capturas, escolher. Se você misturar o material (cuidado com os codecs). Como você deverá ser o primeiro montador (com outro montador que você confie; CARAS que já fazem a montagem, a finzalização e o Motion Grafichs de uma só vez)...O volume que chegará a vocês é articulado de acordo com a sensatez do assistente. O que importa aqui é que você saiba definir as diferenças entre a origem do material,a descendência do desejo com esta ou aquela filmagem, o surgimento, de onde emerge o afeto com o tema, o nascimento do processo, e a invenção; definição de seu próprio protocolo de experimentação. Ao final de cada dia (set) de filmagem, o DIRETOR troca uma idéia na surdina com o ASSISTENTE DE DIREÇÃO-LOGGER faz um relato da experimentação diária, anota, apaga, reanota tudo...vocês analisam juntos com este relatório. Se você for o câmera que se "lenhe" os formatos. Se for outro fotógrafo, troque uma idéia pra ver um modo de resolver o modo de colocar na timeline (se misturar, sobretudo, formatos....as vezes você quer filmar com a 5D ou com a HVX 200, com a F55, Red Onde, Alexia, M-9000, o que quer que seja. TRANSFORME TUDO num único formato antes de começar a montar. Obs.: No youtube tem vários tutorias pra tudo quanto é coisa. O contramétodo diz respeito à busca da essência do ato cinematográfico. Todo take tem que ser bom (ainda que possa não servir para o que você deseja) A pasta única deve conter tudo que foi filmado, numa pasta chamado ALL. O arquivamento em LTO é possível para os que podem, senão compra um HD de 3 teras no camelô e arquiva lá mesmo no HD-USB (provavelmente nunca mais vai usar esse material bruto, a menos que não tenha lapidado seu espírito cinematonômico.) O Contramétodo não é (e nem aceita dogmas), nem autoridade sobre o procedimento do outro. Trata-se de uma questão de tática analítica. Então, antes de ser um viciadinho em câmeras e aparatos técnicos (RESERVA DE MERCADO...Quem aí já comprou a sua F55, sua C300, sua Redone, sua Alexia, sua Blackmagic?). Trata-se, antes, da criação de novos espaços de liberdade. Pensar nas Linhas de articulação e segmentaridade, estratos, e movimentos de acordo com cada momento (acabei de passar por uma passeata do movimento Passe livre - estou filmando meu material numa 5D - e o cara estava lá com uma outra câmera qualquer, negociei um plano com ele ; somente um plano que me interessava). Os fantasmas de um filme começam a surgir quando você começa a fazer escolhas ruins.O que importa é que seu processo seja ativo, potente, vital. O diretor não deve se preocupar com cálculos de codificação e decodificação de arquivo.O Contramétodo se preocupa antes com a discórdia entre as coisas, a diferença, o disparate, enfim o acaso, o devir.Estude os gráficos e faça suas próprias escolhas. ProRes 422, H.264, etc (O que prente fazer? Mapping, Curta, Colocar um longa no Vimeo, Video-arte?). Somente isso é que importa os afetos, que se fodam os tecnicistas. O Contramétodo é uma questão política e estética (AISTHESIS: "FACULDADE DE SENTIR").Preferimos ouvir à nossa intuição (em constante conversação com os coligados) que acreditar na metafísica do cinema. O Contramétodo considera urgente a transformação no modus operandi, e na visão caquética de lidar com o audiovisual, privilegiando um modelo, uma normatização, muito mais do que uma afetação com os temas, os conceitos, as histórias (que não devem ser segredinhos sujos) e o modo se fazer política com as imagens e sons. Quando estamos (entre aspas) mais interessados na TÉCNICA, NA NORMA E NA CULTURA do que nas batalhas; e quando desejamos guloseimas, mais do que idéias claras e distintas sobre a autonomia dos processos, e as exigências de cada um, nunca teremos um resultado satisfatório, e a produção de sentido nunca estará livre das amarras do tal "mercado" (Existe um fora de mercado?). O Contramétodo é um procedimento que se criam para expressar os afetos reais e intensivos (e não xurumela de debate esvaziado) em relação aos quais os aqueles universos vigentes (o do “ocê está errado, faça assim, faça assado) tornaram-se obsoletos. A proposta é dar corda para afetos que pedem passagem. Se ligue em elementos como pós-tv, rede transmídias, copyleft, creative commons, conheça os vários formatos (e o porque disso), não se avexe em ficar trocando de câmera todo ano (como se você fosse ficar fora de mercado. NÃO ISSO É UMA MENTIRA, SENÃO UMA PALHAÇADA). De nós o público (cada um encontre o seu à sua maneira). Epera-se somente que estejamos expressando as intensidades do nosso tempo. Obs. Finais: Leve uma questão na SACOLA: Quais elementos (com)possíveis para a viagem se fazem necessárias? Se no final do processo você descobrir que escolheu errado, isso ou aquilo, que nem todas as imagens estão boas para o funcionamento daquela peça que se quer, que a caixa de ferramentas usada não serviu bem. TROQUE TUDO e experimente novamente (com as devidas metamorfoses). Mas tenha cuidado antes de começar, o que conta mesmo são as mutações da sensibilidade coletiva em termos cinematonômicos. Os experimentadores do CONTRAMÉTODO absorvem matérias de qualquer procedência; não tem o menor preconceito com a linguagem (cinema não é uma linguagem) ou estilo. Se ligue que estamos metamorfoseando tudo o tempo todo. Pos-tv, Pós-dgital (já se fala do desaparecimento do digital como consequência de sua ubiquidade) cinema online, laboratórios de pós-digital, tenha apenas alguns direitos sobre a obra (copyleft) tenha algum controle sobre as suas suas imprecisões, use o SMS como processo de co-distribuição de filmes, deixe um certo espaço para o improviso e o descontrole do fluxo de informações, sempre seja diretor e faça seu próprio Making Of ou Registro Criativo (como Notas). Não esqueça dos processos de desencaixe, desmontagem, colocando sempre o atual, o real e o virtual no mesmo plano. Leve no case (Sacola Cinemática) regras de prudência e esse manual político (para usar com as mãos), sobretudo quando se trata de viver e morrer de um cinema que não perde tempo com tolices e sim em se expropriar, se apropriar, devorar e desovar, transvalorado tudo. Nós não queremos entender, muito menos revelar nada, apenas sugerir uma fuga para os procedimentos de alienação audiovisiva, abrindo a cabeça de alguns (a golpe de martelos) e as vezes não dando a mínima pra isso, se ligando mais às relações microfísicas e micrológicas do desejo. Os temas que mais interresam como novum (novidade criante) são as pústulas da história. Então leve na mala de LENTES (uma lente obrigatória; a do EU SINTO) e se ligue nos acontecimentos perdidos, aqueles que nem seuqer possuem uma história. "Se atente" para o modo de confecção de matérias de expressão, ao invés de perder tempo com o procedimento do "zoutro" (querendo dar dicas que na verdade só funcionam para aquele, e que na verdade não passa de um exercício de poder) Pratique a espreita sobre as ruas, as malandragens, os vermes e ratos urbanos, elementos familiares (antiedipianos obviamente) , desenrole os clichês e estereotpias, use-os até desgastá-lo; com certeza você irá ultrapasá-los. Invente suas próprias pontes (e se não prestar) nade pra a outra margem, um lugar onde você, somente você se sentirá segura, lá será o lugar para fazer sua travessia: suas pontes de confecção.O que vale aqui é o resultado da "coliga" entre o corpo, o pensamento e as tecnologias. Os homens do Contramétodo viajam, se jogam, fazem orgia de materiais, revidam aos jogos sociais, resiste a tudo que diminui, entorpece a vida. Ele se entrega de corpo e bits, com garras e um corpo-cérebro. Ele inventa seus próprios procedimentos em função daquilo que pede o contexto. Por isso ele não segue as "regrinhas" dos que comeram a pilha das grandes Majors, e das grandes corporações, e nem tampouco nos inbstitucionalizadores, burocratas do desejo; este não aceita nenhum protocolo normalizado. O contramétodo cinematonômico deve ser ALEGRE, deve necessariamente aumentar a sua potência e a dos seus.O que conta aqui é um tipo de sensibilidade que te instigue, e que invista em percepção das variações. Ele designa um lugar de afrontamento, produzindo-se sempre no interstício. Ele se liga a novos operadores, aos novos encontros, conceitos em red, deslocamentos, toda uma nova maneira de pensar, agir e sentir. Ele produz um homem livre, para além de um cineasta livre, derrubando os venenos que alienam o modus vivendi das imagens e sons. Ele enfreta os aparelhos repressivos incessantemente, e se liga nas forças em cena, as emergências e as interrupções, o saltos. Ele foge dos sistema de regras, se apodera das regras e assim toma o lugar de quem as utiliza, voltando-se contra aqueles que as utilizavam como forma de dominação e poder. Os experimentados aqui apreendem o acaso como um risco sempre renovado da vontade de potência que a todo surgimento do acaso opõe, para controlá-lo o risco de um acaso ainda maior.Os experimentados aqui criam seus próprios problemas, preparam ao seu bel prazer o processo, e compõe os produtos do sentir, criando as condições que lhe convêm para fazer circular na rede multimeio, sua onda.O homem do protocolo se liga nas adjacências.Nas descontinuidades expandidas, nos contra-tempos produtivos (se algo der errado, aproveite pra descansar e faça outra coisa (por exemplo. conceitue seu próprio processo).O Contramétodo é um procedimento de Auto-Gestão. A equipe (cada um saberá quem são seus coligados) de preferência deve ser de multicolaboradores (a galera que saca das interferências de uma coisa na outra). Não há base de produção, nem centro fixo de comando (Há apenas um maestro e uma orquestra). Não há fixação prévia de funções (se o câmera cansar, o maestro pode (e deve) pegar para fazer seus planos subjetivos)) enquanto este outro pode revisar o material com o assistente. Só interessa para nós a zona intensiva do real. Os descomeços, os anormais, os impuros, os misturado, os que se arriscam e se afrontam, os dissociativos e destruidores da identidade , os que fazer aparecer todas as descontinuidades que nos atravessam.O que mais importa é o plano de consistência.Os incorporais, o ilimitado, os acontecimentos singulares, os bons encontros do processo de produção da realidadeUm detalhe para os céticos, tecnicistas, maneiristas: - Ao contrário do que se pode pensar, o analógico está presente em praticamente tudo aquilo que alguns tentam chamar de “revolução digital”. Não "comemos a pilha" desse cinemão, nossa viagem é miúda, "na cocó", cinema expandido, live act, telemática de encontros, ativismo online, exibição de rua, hackeamentos sonoros, Future cinema, tudo aquilo que implica em uma série de transformações efetivas: da digitalização de comunicações, à emergência de redes auto-organizadas, passando pela quebra das dicotomias (por exemplo analógico x digital). Estamos de olho vivo (Olho de peixe) na profunda alienação, e na superfície dos acontecimentos. Nossa lombra são as expressões interativas. Precisamos parar de pensar em ferramentas, e voltar a ousar. Precisamos que as ideias voltem a ser perigosas.Cinema multi-screen, multi-usuário,recombinatório, imersivo, as vezes sem tela (cinema-cérebro), interpolado, como composição de uma infinidade de partes extensivas. Um dispositivo que bate de frente com as clivagens estabelecidas, que se centra na incerteza dos códigos, no extra-muro, errante, Um movimento que investe no pensamento, na prática e na ação crítica e criativa onde quer que esteja, e se materializa por meio de uma produção em rede dos três principais elementos do cinema: filmar, editar, exibir. Uma espécie de quase-cinema transconectivo, que vem desorientando modelos, canalizando as intensidades, dando-lhes sentido, um continuum de movimento para os desejos emergentes; muitas vezes com estímulos desagradáveis para olhos "travados", e perturbadores para cérebros danificados. Uma espécie de maquina-cinema, ligada a metades e a intermezzos. Um Contramétodo que é ,a um só tempo, uma Sacola Cinemática contendo realidades que merecem ser intensificadas, que investe durante a execução do experimento (não existem etapas e sim extratos intercomunicáveis; ex. o roteiro pode ser feito durante as filmagens), e que é feito de forma descontínua, donde cada fragmento é intercalado com a análise do processo e a conversação com os "vermes" em termos de composição. Essa prática-teórica oferece uma fruição maior, um aprendizado de outro nível sobre a construção da obra, possibilitando vencer gradualmente a cada fragmento, através de questões localizadas, as dificuldades mesmo apresentadas durante o trajeto, e aquilo mesmo que ultrapassa o cinema-senso comum. Esse procedimento conta com a participação ativa dos envolvidos no processo. Longe de procurar por uma verdade idealizada do cinema ou pelo ideal de uma forma verdadeira -. é levar os interlocutores a descobrir o que separa o pensamento da capacidade própria de apreender, produzir, e utilizar as forças criativas que existem em todos nós. Um CAMPO MÓRFICO de cinema (Conteúdo, expressão, forma) deve se formar. Embole tudo: pesquisa, criação de roteiro e condições de efetuação, e intuição dos procedimentos de encruzilhada: internet das coisas, o hardware livre, a fabricação digital doméstica, o design aberto, a geografia experimental, as cidades inteligentes, a realidade expandida, as mídias locativas, as aplicações móveis, a ciência comunitária, os hackerspaces e fablabs, cybernética, labirintos da hipermídia, homem-máquina, trapaças e traições, laboratórios enredados, bricotecnologia e eversão; gambiarras, imagem-fragmentação, Disparos-conexões-Desvios, CINEMA-INCOPORAL.....cinema total...mistura do vazio com o preenchimento do mundo...mudança de natureza... cinema-lekton, exprimível...ou seja, aquilo que possibilita o sentido…………………………………………………………....…...Protocolo variodimensional...fundamentação ontológica que sustenta a (in)corporeidade cinematonômica: de tudo que há na realidade é acolhida por uma outra instância do real na condição de possibilidade de toda realização da realidade...eis o processo de uno-múltiplo: um povoamento de corpos e condições incorporais...uma mistura já-passada e ainda por vir...ainda que veja o melhor e aprove...faço o pior...Video Meliora, proboque; Deteriora sequor...por uma lógica do pior em cinema...imerso em conclusões sem finalidades...ou melhor, nas finalidades inconclusas da dimensão cósmica da existência... Por fim, e para por fim no juízo do audiovisual. Trata-se de de anotações práticas de ação; e que trabalha com um sistema fragmentário de anotações, mas permitindo uma sistematização esquisita do seu próprio do fazer artístico (você pode usar do modo que quiser, roubar só o que lhe serve e jogar o resto fora); em nome de um fazer audiovisivo aleatório e recombinatório, de finalidade incerta, e o uso do acaso, do imprevisto e dos acidentes no caminhar. No CONTRAMÉTODO tudo é co-extensivo a tudo, tudo é complementar e indissociável.Apenas, sua própria sensibilidade, catalisação e expansão; interação de práticas das mais variadas maneiras, sem esquecer de levar na bag um critério, um princípio, uma regra e um breve roteiro de preocupações.E aproveite para compreender os investimentos libdinais do desejo, os recalques, a memória falida; aproveite para desrecalcar desejos, para sacar as malandragens, as implicações éticas, estéticas, políticas e (se der tempo) administrativas do fazer transaudiovisivo. É basicamente isso o que "nos" interessa... A questão principal para o CONTRAMÉTODO é a perversão do desejo gregário.O CONTRAMÉTODO é um composto híbrido, uma heterogênese, um furacão, um continuum diferencial de potência. NADA MAIS QUE ISSO… PONTO E VÍRGULA,; Fábio Di Rocha hdslr.br/2010/07/06/“o-metodo”-criado-por-fernando-meirelles-com-os-novos-procedimentos-para-as-filmagens-da-o2/
Posted on: Tue, 13 Aug 2013 21:31:02 +0000

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