CRESCE A PERCEPÇÃO QUE A VIOLÊNCIA NO RIO ESTÁ AUMENTANDO! 1. A curva de delitos registrados cresce na medida em que a curva de vitimização a antecede e cresce. Qualquer colagem recente de recortes dos jornais –mesmo os que têm a melhor boa vontade com o governo do Estado do Rio- mostra que a quantidade de notícias sobre crimes cresce cada vez mais na cidade do Rio de Janeiro. Nem sempre os que sofrem os delitos os registram, seja porque não adianta, seja porque não vale a pena perder tempo e dinheiro. 2. Isso vem ocorrendo em toda a cidade e ganha mais destaque na Zona Sul do Rio, pela concentração de classe média. Os programas/jornais na TV que noticiam crimes passam a disputar audiência. Isso não por uma onda de masoquismo, mas porque são fatos que fazem parte do cotidiano das famílias. 3. Arrastões em restaurantes, estupro na praia, roubos em apartamentos, assaltos à luz do dia, tiroteio em bairros de maior renda com polícia atrás de bandido, ousadia crescente de bandidos... 4. Em 1994, quando o exército ocupou alguns morros cariocas, o crime de rua explodiu e o comandante da PM na época explicou que os bandidos desceram dos morros para o asfalto e não houve prevenção para o que era óbvio. 5. Algo disso tem ocorrido com as UPPs, mas a questão básica não é essa. O fundamental é que houve um claro e programado esvaziamento do policiamento ostensivo para cobrir os novos programas. Quem passa atento pelos mais importantes corredores de fluxo de ônibus e veículos de passeio, vindo –por exemplo- no Rio, de Leblon-Ipanema-Copacabana-Humaitá-Voluntários... não consegue ver um PM. Isso não é exagero. Quem quiser observe. 6. É assim em todos os corredores comerciais da cidade, atingindo o cúmulo em esquinas da Avenida Santa Cruz (Bangu-Campo Grande), onde várias vezes traficantes e milicianos descem com seus fuzis para fazer uma guarda avançada. 7. Como essa reversão se trata de uma dinâmica de uns 3 meses para cá, o secretário de segurança, além de desfilar nas UPPs, deveria desfilar nesses corredores e confirmar que “acabou” o policiamento ostensivo no Rio. E “recriar” o policiamento ostensivo, enquanto há tempo e as estatísticas resistem. 8. A baixada fluminense está sitiada...
Posted on: Wed, 05 Jun 2013 21:29:21 +0000
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