CRISE? O 0%, o 1%, os 100% e os 1000% (IV) 1000% 1000% é um - TopicsExpress



          

CRISE? O 0%, o 1%, os 100% e os 1000% (IV) 1000% 1000% é um caminho para passar na crise. E é talvez o mais português dos caminhos. Não, 1000% não é o ”desenrascanso”. A capacidade de improvisar com qualidade é fundamental em qualquer organização e em qualquer conjuntura, é bem português, mas 1000% não é isso. 1000% é a capacidade de olhar e depois operar no mundo. Num mercado muito maior que o português, 1000% dez vezes maior por hipótese. Esta capacidade de olhar para o mundo e ver onde conseguimos encontrar o que nos falta cá é talvez um dos traços mais antigos e mais profundos dos Portugueses. Este e os Velhos do Restelo… Olhar para 100.000.000 de consumidores em lugar de olhar apenas para 10.000.000, ou para 40.000 empresas potenciais clientes em lugar de olhar apenas para 4.000. E isto é possível aqui ao lado, um pouco a Sul do Mundo, no Sul do Mundo, a Norte, mais a Este, mais a Oeste, onde se fala Português, onde se fala Inglês, Mandarim, em todo o lado existem oportunidades de Negócio e em todas essas localizações existem Necessidades e se fazem Negócios. O sedentarismo e o conforto, nos Portugueses, nos Humanos e diremos em todas as Espécies, adormecem mais ou menos profundamente os instintos. Mas o perigo estimula-os. E existem Portugueses a quem o perigo derivado do limbo que se vive na economia nacional fez estimular essa marca inata. Emigrando ou olhando para fora à procura de mercados. Da nossa observação neste olhar para fora existem apenas dois traços comuns. A capacidade de olhar para fora A vontade de fazer A partir daí os caminhos seguidos são os mais diversos. Desde ideias surgidas em visitas de férias, a colaboração com amigos radicados nos mais diversos pontos do mundo, à intensa utilização das internet e das redes sociais, a exportação dos saberes associados a serviços prestados em Portugal a empresas transnacionais, a expertise detida e reconhecida em diversos pontos do mundo por isso procurada, as mais ortodoxas presenças em feiras, mil e um caminhos e mil e um olhares. Procurar fora de Portugal o negócio que falta cá envolve riscos. Por vezes riscos financeiros, certamente riscos de gestão já que a atenção se vai dividir, riscos de fracasso, riscos específicos de cada mercado. Mas só em circunstâncias muito especiais é que se consegue retorno sem correr riscos. Nesta como noutras vertentes há que os medir o melhor possível e assumir os que se considerem aceitáveis. Para explicar os sucessos, além da capacidade de olhar para fora e a vontade de fazer, encontramos um ou mais factores, muitas vezes os três, temas desta reflexão. Os 0%, o 1% ou os 100%. Empresas existem que entram em mercados que numas localizações são mais ou menos maduros, mas noutras localizações são mercados 0%. A necessidade não existe nesse mercado ou existe e não está a ser satisfeita. E chega uma empresa capaz de ocupar esse espaço. Faz Negócio. Aplica-se praticamente todo o abordado na parte sobre mercado 0%. O instinto de o descobrir, a necessidade de partilhar por com outras empresas nacionais, quase sempre com parceiros locais e a operação tem de estar dotada dos meios adequados. Dependendo dos produtos e serviços a vender, pode ser feito mais aqui ao pé ou mais no fim do mundo. Há quem o faça e se não fizer você alguém o fará. É o mercado. Outras empresas encontraram no exterior o seu 1% e tratam-no bem. Em mercados por vezes imensos ou em pequenos mercados a empresa descobre uma massa de clientes que lhe permite operar, rentabilizando a sua capacidade instalada. Muitas vezes são nessas localizações quotas de mercado infinitesimais, mas suficientes para cobrir os custos de operação e ajudar a empresas a suportar as quebras no seu mercado core. Existem também casos de empresas que levam a sua cultura 100% para mercados onde tal não é usual. E triunfam. A sua capacidade de olhar e tratar a globalidade do que estão a fazer torna-se uma vantagem concorrencial sobre os operadores nesse mercado, que leva a que ganhem as quotas de mercado necessárias para que a sua operação seja interessante. Combinam qualidade do produto com marketing, novos canais distribuição com publicidade, etc. Inovam nesse mercado e Vencem. Na abordagem de mercados maiores, muitas vezes surge a questão essencial de a empresa não ter capacidade instalada para satisfazer a procura nesse mercado ou de os custos para afirmação serem muito elevados. Aqui parece-nos mais uma vez que a partilha é algo fundamental. A capacidade de as empresas cooperarem entre si para atingirem níveis de produção adequados à procura ou para terem orçamentos que lhe permitam a abordagem aos mercados. Se bem que existem casos de sucesso nesta área, é algo que não é corrente na cultura empresarial portuguesa, ao contrário de outros tecidos empresariais. Esperemos que a crise desperte mais portugueses para este tipo de actuação, que muitas vezes pode ser vital, para os projectos de trabalho no exterior e mesmo para a sobrevivência de alguns negócios. Exista a vontade de avançar e a capacidade de olhar para o Mundo e depois faça-se. É um caminho com espinhos, mas um caminho. Ficaram as reflexões. A nossa Organização não tem de ser ou operar em mercados 0%,1%,100% ou 1000%. Mas parece-nos ser algo em que podemos pensar. Existem Casos de Sucesso.
Posted on: Fri, 23 Aug 2013 11:36:59 +0000

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