CRÔNICA DE UM ROMANCISTA I. AUTOR WAGNER VINICIUS DE ARAUJO LEMOS crpnica 22 de julho as 19:50 HS, AGORA ESCREVI ESTA CRONICA... Esta tarde me envolvi nas correções do Cantar do grilo, romance piegas que escrevi em 2011. Ainda esta percorrendo as primeiras páginas do realismo de Eça de Queiros, sob as égide e instrução dos enredos de Os Maias, ia criando meu enredo com Elvi INgrid bailarina linda, mulher dedicada as tarefas domesticas, companheira de jornada do Embaixador Brasileiros na Argentina Marcos Aluísio. As tres horas da tarde já sentia no corpo velhote o vento fagueiro do frio, ou friagem que apareceu por aqui a tarde do Papa Francisco chegando ao Rio de Janeiro. A noite soube que um contemporâneo de Cuiabá, tem sido secretario de governo Municipal. Mas que maravilha! Sinto-me tão insignificante que penso: porque não pude me dedicar as letras quando jovem, ainda pensava naquela época em escrever. Porém, nunca tinha ideia e a gramatica comigo. O Joani militante também comunista, as cinco encontrávamos sempre na bodega de João Português. Ele a tomar seu aperitivo, enquanto com um inseparável exemplar de livro, romance, cronica embaixo do braço ia me contando da vida de jovem em São Paulo. O Joani era uma espécie de guru nosso. Isto porque tivera sido aluno de ciências jurídicas em SP; e também porque dava-nos conselhos uteis, tão firmes, tão instrutivos. As pessoas do povo eram as mesmas. Havia os mais radicais: incluindo eu e Pepeu e Luis da Penha que quase não menciono. O Kleber Lima, este um verdadeiro lutador pois viera de Barra do Garças sozinho com a mala e foi logo se matriculando no segundo grau, morando de aluguel em quartos modestos, comendo comigo em restaurantes de trabalhadores, e sempre trabalhando. Sinto agora uma nostalgia alegre sabe quem é Kleber de Lima? É, tem sido o atual secretario de comunicação do prefeito Mauro Mendes. A rua Comandante Costa, estava bem perto da sede do Partido Comunista. Era naquela rua estreita o nosso convívio fraterno, amistoso e revolucionário. __Camarada Wagner! exclamava Pepeu ao chegar a tarde da Assembleia Legislativa. Já começou a reunião do partido__perguntava sempre a mim. Eu sempre estava lá, na casa de João Amazonas, no partido comunista. Liamos a Classe Operaria. Eu Wagner Vinicius ainda estudava o primeiro grau no colégio Médici, e também lera os livros da Albania; este era o país que servia de exemplo aos comunistas brasileiros! Sinto-me frágil, tão medíocre, tão efêmero. Que somente para me dava ânimo gostava de ver o sorriso aberto e fraterno de Otaviano Fontes. Fontes era aquele medico que nos dava alento para prosseguir. Eu, muito radical e grosseirão quando me encontrava com o Otaviano Fontes me sentia mais contente, satisfeito. Sabe que os mais velhos tem algo para nos ensinar a mais que o conhecimento. Ensinar o modo de agir, viver e comportar-se. Mas, isto não ligava. Ele, o medico tinha um modo gentil de nos tratar, era como se fosse nosso líder maior. O Aluizio Arruda viu Luis da Penha também não esqueço. Era aquele comunista moderado, mais liberal quanto sua família tradicional, aristocrática cuiabana. O pai sempre presente era Aluísio Arruda com seus filhos. Mas esta crônica está tão bestial que não me sinto o romancista, mas o falastrão. Isto porque naquela época somente vivia na embriagues da minha ignorância. Gostava mesmo quando íamos com as bandeiras do partido balançar pelas praças da capital Cuiabá! Era para mim um rapazote que não sabia de nada um verdadeiro lazer. Embora já estivesse me vendendo aos alcaloides, as discotecas, festas dançantes. Me encantava o trabalho de militância comunista. Eu morava no bosque da Saúde, pai advogado trabalhava no Palácio Paiaguás. Era a ovelha negra ou proletário burguês porque vivia sempre no meio dos proletários, dos trabalhadores; me contentava com a sede modesta do partido. A semana passada Miranda me deu a chave da sede. Fiquei mais que contente, pois me lembrei da década de oitenta. Os Comunistas tinham suas estratégias, suas lutas e revoluções.
Posted on: Tue, 23 Jul 2013 01:10:55 +0000