Campanha Nacional contra o Extermínio da Juventude Negra De - TopicsExpress



          

Campanha Nacional contra o Extermínio da Juventude Negra De acordo com o Mapa da Violência, os jovens da América Latina são os que mais sofrem com a violência. As taxas de violência da América Latina para o conjunto da população são dezesseis vezes maiores que as taxas européias, quando se trata de vítimas jovens, viram 31 vezes maiores. Historicamente, os pólos dinâmicos da violência encontravam- se localizados na América do Sul, principalmente na Colômbia e no Brasil. Apesar de não ser totalmente correto, nas últimas décadas, a violência na América Latina virou sinônimo de tráfico de drogas, com seu aparelho criminal infiltrado nas diversas instâncias da sociedade civil e política, tomando seus assentamentos territoriais. A Campanha Nacional contra o Extermínio da Juventude Negra visa despertar uma reflexão sobre o valor da vida humana e das práticas discriminatórias predominantes na sociedade, fortalecer, impulsionar e disseminar as discussões sobre violência e segurança pública através do olhar da juventude negra. Serão desenvolvidas ações nacionais baseadas na formulação de estratégias de prevenção à violência contra a juventude negra de forma que os índices de violência contra este grupo da população seja reduzido. A avaliação do sucesso desta iniciativa se dará a partir de cada vida poupada e da elevação da consciência coletiva sobre os fatores que norteiam a permanência de uma conjuntura exterminadora e violenta para a juventude negra brasileira. A violência contra o negro No que diz respeito à violência policial no Brasil, segundo as pesquisas do Datafolha, IBGE, e outros institutos, os negros são abordados com mais frequência durante as blitz, recebem mais insultos e mais agressões físicas que os brancos. A desvantagem, revelada pelas pesquisas dos institutos, não para por aí: percentualmente, também há mais revistados negros que qualquer outro grupo étnico. Entre os da raça negra, quase metade (48%) já foi revistada alguma vez. Desses, 21% já foram ofendidos verbalmente e 14%, agredidos fisicamente por policiais. Os pardos superam os negros em ofensas: 27% deles foram ofendidos verbalmente e 12% agredidos fisicamente. Ao todo, 46% já foram revistados alguma vez. A população branca é menos visada pela polícia. Entre estes, 34% já passaram por uma revista, 17% ouviram ofensas e 6% já foram agredidos, menos da metade da incidência entre negros. Em cada três negros, um (35%, exatamente) teme mais a polícia que os bandidos e outro teme os dois na mesma proporção, aponta o levantamento. Para os entrevistados de cor branca, somente 19% (um em cada cinco) temem mais a polícia. Quase a metade, 47%, tem mais medo dos bandidos do que da polícia. Quanto à criminalidade, constatou-se que dos homicídios dolosos contra menores, 54% das vítimas eram menores negros e 33,9% eram brancas, inserindo-se as restantes a outras categorias. Da população dos presídios, 68% das pessoas presas têm menos de 25 anos de idade, sendo que 2/3 são negros e mulatos; Não se pode ignorar o racismo, o preconceito, a discriminação, aceitando os estereótipos que marginalizam, oprimem, humilham e matam o povo negro. A Constituição de 1988 soube repudiar a marginalização do negro, tipificando o racismo como crime em seu artigo 5° , inciso XLII. Mesmo assim, ainda imperam no país diferentes formas de discriminação racial, velada ou ostensiva, que afetam mais da metade da população brasileira, constituída de negros ou descendentes de negros privados do pleno exercício da cidadania. Os casos de discriminação racial que vêm acontecendo durante anos neste país merecem uma apreciação mais cuidadosa por parte das autoridades, correndo o risco de se transformar (se é que já não se transformou) num ato de omissão diante do dever do direito em realizar a justiça, ao menos a justiça dos homens. O preconceito racial se constitui um grave obstáculo ao exercício do direito à igualdade. Os negros têm de lutar contra tudo aquilo que está sedimentado e que, quase inconscientemente, é posto em circulação na nossa sociedade. Para lutar contra o preconceito é preciso realizar atos que demonstrem a necessidade de que os segmentos vítimas de discriminação tenham seus direitos reconhecidos. Infelizmente, ainda estamos longe de constituir uma verdadeira democracia racial e, apesar de sermos uma nação etnicamente plural, as "minorias", sobretudo os negros, não têm o mesmo reconhecimento dos brancos colonizadores. O espaço negro é limitado e o indivíduo é discriminado, não sendo reconhecido em suas atividades. Discriminado e marginalizado, o negro é visto perante a sociedade como um indivíduo sem qualificação, limitado, estando restrito ao mercado de trabalho formal. Sempre é colocado em posições inferiores, sendo o que mais sofre com a péssima situação sócio-econômica do país, estigmatizado por ser "escuro" ou pardo. E, ironicamente, o negro é a grande força de trabalho do Brasil, porém o que mais sofre com as crises e com a discriminação. No passado, ele ajudou a construir este país para os brancos; no presente, quando tenta desfrutar o produto de seu trabalho, encontra as portas fechadas pela terra à qual se dedicou. Estudo revela que negros são maioria dentre jovens assassinados De janeiro a maio deste ano, 391 jovens foram assassinados no estado do Espírito Santo (Brasil), dos quais 77% são negros. É o que aponta a pesquisa "Homicídio juvenil: de quem estamos falando?”, do Núcleo de Estudos sobre Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). O estudo foi apresentado, no dia 30, durante a sessão especial da Assembleia Legislativa do Estado, que debateu o tema: "Juventude em Marcha Contra a Violência e o Extermínio”. Os números apresentados ilustram o que a pesquisa "Mapa da Violência 2011” chama de "epidemia”, considerando a alta taxa de homicídios entre jovens brasileiros, de 15 a 29 anos. Em 20 anos, a taxa cresceu 22,9 pontos, alcançando a marca de 52,9 assassinatos no universo de 100 mil. O índice de homicídios entre negros, por sua vez, é 3,7 vezes maior em relação a um jovem branco, de acordo com Índice de Homicídios na Adolescência (2010), da Secretaria de Direitos Humanos, do governo federal.
Posted on: Mon, 26 Aug 2013 19:52:39 +0000

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