Canal de Opinião Conselho de Estado com o caldo entornado? - TopicsExpress



          

Canal de Opinião Conselho de Estado com o caldo entornado? (#canalmoz) Teremos um Conselho de Estado ou um Conselho de Anciãos da Frelimo? Ou já se realizou o Conselho de Estado Restrito? Beira (Canalmoz) – Mais vale tarde do que nunca diz o ditado. Mas esta de Conselho de Estado para 29 de Julho de 2013 tem muito que se lhe diga. É bom que os órgãos constitucionalmente previstos e estabelecidos funcionem. É bom que o PR os convoque e os faça intervir na resolução dos problemas da nação em tempo útil. Nisso estamos todos de acordo mas oportunistamente colocar um órgão do Estado ao serviço de algumas agendas sempre encobertas no segredo parece ser tudo menos útil a este dilacerado Moçambique. Quando se fala de tempo útil é que a “porca torce o rabo”. Onde andou o PR todo este tempo em que a situação evoluiu até um ponto de confrontação violenta? Tem sido notória a tendência e predisposição de misturar permanentemente assuntos do Estado com os do partido Frelimo. É como que dizer que a Frelimo anda à boleia do Estado, do governo, dos fundos governamentais para a sua acção. As suas campanhas políticas são como que integralmente financiadas pelos cofres do estado. Este assunto nunca foi mencionado como sendo uma das causas da actual instabilidade. Figuras proeminentes da Frelimo e até por direito membros deste Conselho do Estado, por não terem espaço apropriado de expressar suas preocupações optaram progressivamente por fazê-lo através da imprensa como se tem visto. Este Conselho de Estado que vários quadrantes reclamavam vai se concretizar o que em si é muito bom. Mas numa atmosfera particularmente centralizada, em que se observam sinais de intolerância para os que discordam da posição ou decisão do PR, fica difícil ver este mesmo acatando aos conselhos que saiam das bocas dos participantes. Senão for a participação mínima de um membro da Renamo na referida reunião esta pouco vai diferir de uma reunião de um comité de anciãos da Frelimo. É importante legitimar o Estado e fazê-lo presente em todo o território nacional mas isso não pode estar refém de agendas mercantilistas de alguns detentores do poder como se tem visto acontecer desde a II república. Lutar pela normalização da governação é uma necessidade todos os dias. Com uma postura proactiva actuante, viva e dinâmica teríamos o actual diferendo governo e Renamo resolvido. Governar sem escutar os sinais dos tempos, as preocupações dos outros partidos e de outras forças políticas pode parecer a fórmula perfeita para garantir o cumprimento de um programa governamental. O desprezo ou vista grossa às preocupações dos outros revela uma certa dose de arrogância e intolerância e isto tem sido referido por muitos moçambicanos em relação ao governo de AEG. Moçambique e os moçambicanos precisam de aprender a jogar limpo e de frente, a enfrentarem seus problemas sem subterfúgios nem manias de grandezas falsas, a incluir e a viverem com os outros e forma limpa e coerente. Não se pode desenvolver um país através de mentiras e tiradas demagógicas. Toda a sujeira recentemente anunciada em relação aos salários e pensões de altos dignitários do estado desmascara a tese infeliz de o país é pobre e de que não pode pagar melhores salários aos seus funcionários públicos. Gostaríamos de ver um verdadeiro Conselho do Estado se reunindo, mostrando patriotismo e verdadeiro sentido de estado face aos problemas que vivemos nos dias de hoje. O PR precisa realmente de conselhos para que intervenha com sabedoria nos esforços por estancar as ameaças reais à paz. Tem de ficar claro para todos os interlocutores de que os moçambicanos possuem direitos e deveres e que são iguais perante a lei. Esperemos que a programada reunião seja um momento de reflexão e de tomada de decisões que aproximem os moçambicanos de tal modo se chegue a conclusão de que nossos problemas são sanáveis. Realmente com um pouco de abertura, seriedade e responsabilidade rapidamente se podem alcançar os consensos fundamentais que devolvam a tranquilidade ao país. Moçambique é viável e isso depende unicamente de seus governantes e governados. Açambarcar o país e torná-lo coutada privada é inaceitável e contra isso estamos todos… (Noé Nhantumbo)
Posted on: Tue, 23 Jul 2013 05:57:10 +0000

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