Como o JN nos dá a notícia, poderia julgar-se que seriam poucos milhares de pessoas as que compareceram nesta manifestação - ideia que a imagem desmente. Mas isso para o caso não importa, pois já estou acostumado a este tipo de habilidades quando os temas são de um determinado cariz, isto é, quando enquadram a questão da violência no contexto da luta de libertação dos povos. A generalidade dos jornalistas esquece que todos os movimentos de libertação que pegaram em armas para alcançarem a emancipação dos seus povos, foram tidos, sempre, como associações terroristas. E exemplos não faltam: ANC, na África do Sul; Swapo, na Nabímia; Frelimo, em Moçambique; Sinn Fein/Ira, na Irlanda do Norte; Fretilin, em Timor-Leste; Zanu, no Zimbabwé; Farabundo Marti de Libertação Nacional, em El Salvador; Tupamaros, no Uruguai; Montoneros, na Argentina. Todas as organizações acima descritas, com a democratização nos seus países, deixaram de ser consideradas terroristas. Seria, então, muito interessante que o governo Espanhol, em nome da pacificação do País Basco, desse passos objectivos no sentido de encontrar um compromisso por forma a que a ETA não volte a pegar em armas.
Posted on: Sat, 05 Oct 2013 22:11:36 +0000
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