Como o poderoso Paulinho poderá transformar o Tottenham A - TopicsExpress



          

Como o poderoso Paulinho poderá transformar o Tottenham A chegada do imponente volante brasileiro, que atuou na Copa das Confederações, provavelmente sinaliza uma mudança no estilo e na formação para o clube de Londres André Villas-Boas está aterrizando em águas desconhecidas, preparando-se para uma segunda temporada no mesmo clube pela primeira vez em sua carreira. A realização dessa segunda difícil jornada, ao qual deve construir uma campanha de sucesso no Tottenham, que marcou recorde de pontos na Premier League, começará com a contratação do volante do Corinthians e estrela da Copa das Confederações, Paulinho. O jogador de 24 anos tem empolgado continuamente desde quando se estabeleceu na equipe principal em seu clube em São Paulo e conquistou a vaga de titular do Brasil. Um gol que deu a vitória sobre o Vasco nas quartas-de-final da Libertadores, uma exibição sólida no Mundial de Clubes, um chute acrobático contra a Inglaterra no Maracanã e uma “Bola de Bronze” por suas perfomances com a Seleção que levantou a Copa das Confederações. Poderoso e dinâmico, Paulinho é um duro velocista, cobre do setor defensivo ao ofensivo, constrói a jogada no meio-campo – ou segundo volante em seu país natal. Ele pressiona de forma agressiva, ataca com dureza e protege a defesa, ao mesmo tempo, mostrando invenção e criatividade à frente, guiando a sua equipe ao ataque. Ele marcou dois gols em quatro jogos na Copa das Confederações e foi eleito o terceiro melhor jogador da competição atrás apenas Andres Iniesta e Neymar. Paulinho é um jogador fantástico, tanto na defesa quanto no ataque", se entusiasmou o companheiro de equipe Canarinho David Luiz. "Ele é completo ... o jogo dele se encaixa perfeitamente com o ritmo do futebol Inglês." No entanto, à primeira vista, a chegada de Paulinho - um jogador e uma posição que está longe de ser uma prioridade para os Spurs - parece um pouco supérflua. Mas sinaliza uma mudança na abordagem de Villas-Boas, uma ligeira evolução da filosofia e uma transformação à formação 4-3-3 que usou no Porto - embora mais adaptada ao ritmo frenético da Premier League. O comandante português tem, enfim, abandonado o seu desejo de contratar um craque criativo - no Chelsea ele perseguiu Luka Modric e, pelo Spurs, tentou contratar João Moutinho. Ao contrário, ele parece estar moldando uma equipe cheia de força, ritmo e com bom físico, rouba a bola e ataca com muita velocidade com muitas semelhanças com a equipe do Chelsea que foi tão bem sucedida com José Mourinho. "O que Mourinho fez com o Chelsea com seu 4-3-3 foi algo nunca visto antes: uma estrutura dinâmica, agressiva, com transições agressivas", disse Villas-Boas, em uma entrevista à Daniel Sousa em 2009, que concordava que o ex-chefe do Porto foi para White Hart Lane como espião. A mudança para um time mais predisposto ao contraataque rápido, e com menos ênfase na posse controlada, foi sugerida em uma entrevista recente ao O Jogo. "Eu deveria ter respeitado a cultura [da Inglaterra] desde o início", disse Villas-Boas, lamentando a tentativa "contra-cultural" em jogar um futebol estilo Barcelona, enquanto era dos Blues. "A Premier League é comandada por essa dinâmica: bola perdida - bola recuperada - bola perdida novamente." É essa percepção que levou a Villas-Boas construir uma equipe que faz transições rápidas, com contraataque acima da posse, com força atlética e velocidade sobre a arte e a engenhosidade. Um meio-campo de três homens composto por Mousa Dembele, Sandro e Paulinho seria sem dúvida estar entre os mais indomáveis, completos e poderosos no mundo do futebol. O trio é sólido defensivamente, cheio de energia e agressividade, confiante com a bola e pode preocupar as defesas adversárias. Eles podem acabar com o jogo, ganhar a posse e furar o sistema defensivo. Há semelhanças com a experiência feita por Villas com os três homens de meio-campo do Porto com Moutinho, Fredy Guarin e Fernando e o trio formado por Claude Makelele, Michael Essien (ou Tiago antes) e Frank Lampard implantado por Mourinho. Mas, onde Makelele era um especialista puro, nenhum trio Spurs é tão unidimensional. "Você não pode usar o seu volante para introduzir um fator surpresa no jogo?", propôs Villas-Boas em discussão com Sousa. "Vamos dizer que, em primeiro lugar, ele passa horizontalmente e depois, de repente, a penetração vertical?". Como um trio, cada um dos meio-campistas "defensivos" do Spurs possui esse fator surpresa, a capacidade de ser pró-ativo, que reage e faça algo inesperado. Nesse sentido, o novo visual do Tottenham empresta o pensamento de Arrigo Sacchi, que, ao lamentar a existência de especialistas como Makelele, disse que "no meu futebol, o meia criador de jogadas - é quem tinha a bola". Da mesma forma, cada um dos meio-campistas do Spurs pode punir o adversário, bem como sufocá-los - nada mais que o Paulinho não faça. O brasileiro, possuidor de um talento especial Lampardiano habilmente aparece de surpresa na pequena área, é a figura que pode fazer com que o Spurs jogue com uma transição mais rápida do meio para o ataque na próxima temporada, cortando jogadas, partindo para o campo ofensivo e ameaçando o gol adversário – um estilo de jogar que Sacchi teria apreciado bastante. Ele marcou sete vezes e deu sete assistências em 23 jogos no Brasileiro da temporada passada e o Spurs tem desejado um meio-campista central, com esse nível goleador por algum tempo. Há uma preocupação, no entanto, que o meio-campo do Tottenham não teria uma certa qualidade cerebral; demais músculos e não um cérebro suficiente, mas Dembele provou ser o mais culto dos jogadores, enquanto Lewis Holtby vai procurar estar mais envolvido na próxima temporada – a sua performance ao sair do banco contra o Manchester City de Villas-Boas para 4-3-3 Spurs na vitória de 3 a 1, sugere que ele seja uma opção inteligente para contra balancear com o esquema ofensivo utilizado. A assinatura do Paulinho também alivia a dependência de se preocupar com a estática dupla de Sandro e Dembele. Os dois vigiavam o meio-campo com o controle brutal até o brasileiro ter ficado fora da temporada em jogo contra o QPR em janeiro, com Tom Huddlestone e Scott Parker incapazes de igualar a sua mobilidade, tenacidade e execução imediata. O Spurs não terá mais falta de energia e poder. Paulinho é um grande trunfo para o Tottenham, agitado, um meio-campo com pulmão que deve sinalizar uma mudança na formação e aproximação, tanto aos Spurs e para a cultura consciente de Villas-Boas. Um time poderoso, com jogadores atléticos, que joga em velocidade e com rápidas jogadas de transições de lados veste bem o estilo rigoroso e intenso da Premier League. Esse crescimento do Spurs, fisicamente ameaçador não deve conseguir abrir novas fechaduras e sim arrombar portas com toda força.
Posted on: Wed, 17 Jul 2013 09:13:31 +0000

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