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Compartilho do amigo Orlando Lisboa Almeida agrônomo por profissão, amante da boa leitura e quem diria um poeta..rs MARINGÁ IN VERSO (07-09-2013) Autor: Orlando Lisboa de Almeida [email protected] Eu vou contar para todos A história de Maringá Começando do primitivo Dos que moravam por lá E um pouco da natureza Mais patati e patatá Lá pelos anos trinta Tudo aqui era sertão Mas já era povoado Por uma ordeira Nação Dos índios Kaigang Com cultura e tradição Nesse tempo em São Paulo O café era o motor Que azeitava a economia Quando o solo era melhor Mas este solo se cansou De só lhe tirar, nada por Os fazendeiros de então Souberam que o Paraná Tinha terra muito fértil Que plantando, tudo dá Não precisou muito tempo Para mudarem pra cá Vem estrada e ferrovia Vem gente de todo lugar Vem também do exterior Para a mata derrubar Construir casas, cidades E cafezais espalhar Os índios viveram tempos De terror e agonia Pereceram, debandaram Do seu berço e moradia Foram forçados a sair Nessa onda tão bravia Machado, foice, enxadão O mato foi derrubado Casas feitas de madeira Que no lugar foi serrada Levantaram vila inteira Muitas casas de morada Madeira grande se foi Pro pátio das serrarias Virou tábuas e vigas Pra vender à freguesia Nesse tempo as paredes De madeira se fazia O mato de porte fino Com o fogo foi queimado Afim de limpar a área Para o café ser formado E as lavouras cresciam Nesse rincão renomado Terra roxa, fértil, nova Dela brotou a riqueza Café, milho, feijão Muita fartura na mesa Mas a geada era ameaça Com a força da natureza A riqueza da madeira E da farta produção Foi aumentando o povo Nas cidades e no sertão Surgiram novas cidades Fincadas no fértil chão Assim nasceu Cambará, Andirá e Bandeirantes Cornélio e Ibiporã, Muitas outras num instante Londrina e Apucarana Maringá já mais adiante Maringá nasceu na leva Do café e da migração Chega o povo, cai a mata Tudo em ebulição Gente que chega e que sai À pé, de carro, avião Estradas todas de chão Sempre é assim no começo Faz sol é muita poeira Se chove, vira no avesso Então é só avião Ou mesmo o trem expresso Voltando um pouco no tempo Estamos nos anos quarenta Uma Companhia Inglesa Tem o chão e a ferramenta Vende os lotes de terra E a colonização implementa Quando a Companhia veio Ao Norte do Paraná A meta era o algodão Para os tecidos de lá Da terra da Rainha E também pra exportá Mas o café veio forte Com lucro na exportação Virou a bola da vez E esqueceram o algodão O capital faz riqueza Sem cara feia ou perdão Como disse, nessa leva Pelas mãos da Companhia Surgiu Londrina e Cambé, Apucarana e cercania Foi bater em Maringá Ligeiro igual ventania As terras da Companhia Eram um belo filão Terra fértil, muita mata E madeira de montão Terra boa pra café, Arroz, milho e feijão Rio Tibagi na divisa Da gleba do lado Norte Do Sul, o Rio Ivaí, Tudo terra firme e forte Brotou café e cidades Riqueza de toda sorte Cidades bem planejadas Pelas mãos de engenheiros Ruas largas e avenidas Com árvores nos canteiros Maringá surgiu moderna Com traçados bem certeiros No ano quarenta e sete Maringá virou cidade Com a sua autonomia E a sua mocidade E um nome musical Uma bela raridade Coube a Joubert de Carvalho Maestro de qualidade Compor uma linda canção Que deu nome à cidade A Cabocla Maringá Ficou pra posteridade A Cabocla Maringá Criada nessa canção Era Maria do Ingá Cearense de coração Da cidade de Sobral Que embalou uma geração A cidade cresceu muito Montou cinema e escola Igrejas, praças, teatro E um espaço pra bola Bosques na área central E até indústria de Cola Ano de cinqüenta e oito E os russos indo ao espaço E a nossa Catedral Já estava no compasso Para sair da prancheta E ocupar seu pedaço A nave em forma de cone Tinha um nome engraçado Se chamava Sputnik Seu nome foi explicado: Subir bem alto no céu, Pra perto do Pai amado Da forma da Catedral Cabe mais explicação Mas parece um foguete Voltado pra imensidão Monumento de concreto De tocar o coração É um monumento alto À Nossa Senhora da Glória Comando da Arquidiocese Com seu registro na história Ícone da nossa cidade Estampado na memória Na avenida São Paulo Onde tem hoje um mercado Funcionava o Aeroclube Do povo mais abastado Onde havia festa de gala Para o povo refinado Na praça Raposo Tavares No coração do lugar No estilo de Brasília E seu traço particular Havia uma Rodoviária Que hoje é só recordar Temos um belo estádio E já fomos campeões Tempos do Galo do Norte Que trazia multidões Para torcer pelo time Que despertava paixões Um dia em setenta e cinco Num inverno rigoroso Veio uma geada forte Com um jeito perigoso Acabou com o café Deixou o povo pesaroso A geada mudou muito A nossa geografia Porque era o café O motor da economia Dos municípios todos Desta nossa cercania Lá se foi o bom café E o povo mudou de lugar Nessa leva desolada Em busca de ancorar Maringá recebeu gente Que migrou pra lá ficar Com a saída do café Mudou a zona rural Saiu o café, veio a soja Pelo bem ou pelo mal Vai produzindo riqueza E a vida segue o ritual Nessa leva migratória Tanto município encolheu E Maringá ficou grande Com o povo que recebeu Acolheu bem o migrante Que hoje é do povo seu Hoje a cidade é moderna Toda bem pavimentada Tem muitas faculdades E Universidade renomada Tem aeroporto dinâmico E cooperativa afamada Não falei de muitas datas Nem o nome do pessoal Porque hoje esses dados Estão até no jornal E nas buscas da internet Estão em tempo real Temos cá os pioneiros Que desbravaram o torrão Que construíram a cidade Para a nossa geração Não cito nome por nome Pra não cometer judiação Para encerrar os versos Digo com toda razão A cidade de Maringá Também Cidade Canção Merece o nosso carinho E nossa admiração.
Posted on: Sat, 07 Sep 2013 21:54:26 +0000

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