Conheça os exames para entrar bem na - TopicsExpress



          

Conheça os exames para entrar bem na terceira-idade Densitometria óssea e colonoscopia são essenciais a partir dos 50 anos Por Carolina Serpejante Share on emailShare on facebookShare on twitter 973 O aumento da população idosa é uma realidade também aqui no Brasil: nos últimos 30 anos a expectativa de vida do brasileiro passou de 62 para 73 anos, segundo dados do Ministério da Saúde. No Dia do Idoso (01 de outubro), o grande desafio é entender como envelhecer de forma saudável, mantendo corpo e mente ativos. Nesse cenário, é importante estar atento às doenças que têm como um dos principais fatores de risco a idade - e nada melhor do que iniciar os exames de rastreamento na faixa etária recomendada, ou então continuar fazendo aqueles que, se já eram importantes antes, passam a ter atenção redobrada após a meia-idade. Confira essa lista e não se esqueça: na dúvida sobre qualquer alteração no seu corpo ou sintoma diferente, pergunte ao seu médico! 1 de 12 Hemograma e colesterol O conhecido exame de sangue ajuda o médico a identificar diversos aspectos da sua saúde - principalmente os males do coração, que são mais incidentes a partir dos 50 anos de idade. É com o exame rápido e simples de colesterol e frações que o médico consegue avaliar índices importantes como o colesterol (tanto o LDL, o colesterol ruim, quanto o HDL, conhecido como bom colesterol) e o perfil lipídico, que revela se há ou não risco para aterosclerose, AVC ou hipertensão arterial, explica o geriatra Clóvis Cechinel, do laboratório Pasteur, em Brasília. Já o hemograma avalia doenças como anemia e outras possíveis infecções, que na terceira-idade são mais passíveis de causar complicações. TSH A incidência de hipotireoidismo aumenta com o passar da idade, principalmente nas mulheres. Isso porque na fase da menopausa é muito comum a mulher sofrer da tireoidite de Hashimoto ou tireoidite crônica, doença autoimune em que o corpo produz anticorpos que atacam a tireoide, fazendo deste distúrbio a principal causa do hipotireoidismo. Durante o climatério, período em que as doenças autoimunes são mais frequentes, é possível que o metabolismo de hormônios, como estrógeno, esteja produzindo fatores desencadeantes para doenças autoimunes, entre as quais a doença de Hashimoto, afirma a geriatra Silvia Prado, da equipe do Lar SantAna. Dessa forma, o exame de TSH é importante para verificar se há alguma alteração significativa no funcionamento da tireoide que precise de tratamento. Densitometria óssea O exame de densitometria óssea é usado para medir a densidade de nossos ossos, ou a massa óssea. Ele usa um aparelho especial de raio-x, e é o melhor exame para controlar a evolução da osteoporose e de seu tratamento, diz o geriatra Clóvis. O controle com o exame geralmente é anual, mas a frequência pode mudar conforme orientação. A densitometria avalia o grau da osteoporose e acusa a probabilidade de fraturas, lembra. Por isso mesmo que é um exame de extrema importância a partir dos 50 anos, uma vez que nossos ossos crescem somente até os 20 anos e sua densidade aumenta até os 35 anos, começando a perder-se progressivamente a partir disso. Colonoscopia O câncer de cólon e reto tem, entre os principais fatores de risco, a idade. O consumo de álcool, o tabagismo e uma dieta pobre em fibras e rica em gordura são outros fatores de risco para esse tipo de câncer. O exame consegue identificar alterações da mucosa do intestino que podem evoluir para um câncer e o tratamento dessas alterações já reduz o risco da doença. A colonoscopia deve começar a ser feita a partir dos 50 anos de idade para pessoas sem histórico familiar da doença. Aqueles que possuem fatores de risco devem incluir o exame na rotina após os 40 anos ou 10 anos antes da idade do caso mais precoce na família. A colonoscopia também pode ser indicada em investigação de dores abdominais, alteração do hábito intestinal, hemorragias pelo ânus, diarreias e outras queixas relacionadas, explica a especialista. Se os exames forem normais, devem ser repetidos a cada cinco ou dez anos. Já o resultado alterado deve ser repetido conforme orientação do médico. Raio-X de tórax Essencial para quem é fumante, o raio-x de tórax é importante para avaliar o estado dos pulmões após os 50 anos. Apesar do câncer de pulmão não ser o mais prevalente, é um tipo de câncer mais agressivo, afirma a pneumologista Sandra Aparecida Ribeiro, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisilogia (SBPT). Por isso, se o indivíduo é ou foi fumante, deve visitar um pneumologista anualmente para detecção desse problema ? após a meia-idade esse exame se torna mais importante, uma vez que quanto mais tempo de exposição ao cigarro, maiores os riscos. A visita ao pneumologista também deve acontecer sempre que a pessoa for vítima de gripes ou resfriados. Sintomas como uma tosse que demora a se curar não podem ser ignorados. O risco de o problema evoluir para uma pneumonia é maior e pode levar o paciente à morte. Outro cuidado fundamental é tomar as vacinas contra infecções respiratórias (gripe e pneumonia, por exemplo) disponíveis para pessoas de mais idade em postos públicos. Eletrocardiograma O sistema cardiovascular sofre diversas modificações com o decorrer da idade, que culminam com o comprometimento da função cardíaca. Ocorrem alterações estruturais no coração, nas válvulas cardíacas e nas paredes das artérias, explica a geriatra Silvia. Tais modificações acarretam em diminuição da reserva funcional, limitando o desempenho cardiovascular durante as atividades físicas e em outras situações de grande demanda. Por isso, recomenda-se uma visita anual ao médico a partir dos 40 ou 50 anos, que fará uma análise clínica do paciente, avaliando se ele apresenta fatores de risco como obesidade e gordura abdominal - além de solicitar o ecocardiograma e medir a pressão arterial. O eletrocardiograma é um exame que mede a frequência cardíaca e suas oscilações se a pessoa está em atividade intensa ou repouso. Isso ajuda o médico a encontrar alterações, como insuficiência cardíaca, arritmias e outras cardiopatias. Junto do eletrocardiograma, é importante manter as medidas de pressão arterial uma vez ao ano, mesmo para quem não sofre de hipertensão, ajudando na prevenção e tratamento da doença. Exame de toque retal e PSA A partir dos 45 ou 50 anos, todo homem deve marcar uma consulta com um urologista anualmente, pois o risco de um câncer de próstata ser diagnosticado nessa idade aumenta. A investigação correta para a doença é feita com uma história clínica completa, dosagem de PSA, toque retal e ultrassom de próstata por via retal. O PSA é uma proteína que a próstata normal pode produzir e o tumor de próstata produz em quantidade muito maior, explica o geriatra Clóvis. Esses exames devem ser feitos sempre e em conjunto, pois o toque retal nem sempre pode detectar um câncer que apresenta dosagem de PSA, assim como de 24 a 40% dos tumores não apresentam altas dosagens da proteína PSA, não sendo detectados pelo exame - mas podem ser pelo toque. O exame de toque retal também nos dá informações adicionais sobre a próstata, mesmo que não relacionado à doença maligna, como a hiperplasia prostática benigna. Além disso, o exame de toque também possibilita encontrar pólipos e fazer retirada de pele para biópsia. Papanicolau e mamografia A principal indicação da mamografia é para o rastreamento do câncer de mama - e as mulheres entre 40 e 69 anos são as principais vítimas da doença. Isso porque a exposição ao hormônio estrógeno (principal causador dos tumores) está no auge com a chegada dessa idade, explica a geriatra Silvia. A partir dos 50 anos, particularmente, os riscos entram em uma curva ascendente. Para mulheres que não tem histórico familiar e são assintomáticas, a mamografia deve começar a ser feita a partir dos 40 anos. Já para aquelas que possuem casos de câncer de mama na família, a mamografia deve começar a ser feita 10 anos antes do caso mais precoce entre as parentas que tiveram a doença. Por exemplo: se uma mulher descobriu um câncer de mama aos 40 anos, sua filha deve começar a fazer mamografias anualmente aos 30 anos. Juntamente com a mamografia, o exame de Papanicolau precisa continuar a ser feito mesmo após os 50 anos - independente da vida da mulher continuar sendo ativa ou não. Segundo os especialistas, esse exame deve fazer parte da lista até os 70 anos. É preciso ficar claro que algumas infecções independem disso e que esse é um exame importante, ressalta o geriatra Clóvis. Dosagens de vitamina D, cálcio e PTH Juntamente com a densitometria óssea, o exame para detectar deficiências de vitamina D (25-hidroxi vitamina D) e cálcio no sangue e ossos é essencial para o acompanhamento do risco de osteoporose a partir da meia-idade. Quando os níveis de vitamina D estão abaixo do normal, é sinal de que a associação do cálcio nos ossos está ineficiente - já que a vitamina é responsável por essa ligação, afirma o geriatra Clóvis. Além disso, também pode ser pedido um exame de PTH - que indicam as quantidades do hormônio da paratireoide no seu organismo. Isso porque, explica o especialista, o PTH está relacionado com a absorção de cálcio e vitamina D pelo intestino e rins. Dessa forma, altos níveis de PTH no sangue indicam que o cálcio pode não estar sendo utilizado como deveria para o fortalecimento dos ossos, pois não consegue se ligar a eles, e o corpo precisa produzir mais PTH para descartar esses minerais circulantes no sangue. Exames positivos para deficiência de vitamina D e cálcio, em conjunto alguma alta dosagem de PTH, são bem suspeitos para acompanhamento de uma futura osteoporose e podem indicar a necessidade de suplementação vitamínica, ressalta Clóvis. Ureia e creatinina Também é importante que ele possa verificar a creatinina, para averiguar as funções do rim - uma vez que quanto maiores são os níveis de creatinina, menos eficiente está o rim. A creatinina serve de suporte para fazer o cálculo da taxa de quanto o rim consegue filtrar das impurezas que estão passando ali, conta o geriatra Clóvis. Com o passar da idade esse valor vai subindo gradativamente, e a função renal também vai diminuindo como um reflexo do envelhecimento - resta saber se esses níveis não resultarão em uma insuficiência renal mais grave. Esse acompanhamento é ainda mais importante para pacientes com diabetes e hipertensão, já que essas condições elevam o risco de complicações renais. A dosagem da creatinina é muito importante, pois ela pode aumentar de forma assintomática, servindo de alerta para a possibilidade de uma doença renal. Glicemia de jejum O risco de diabetes tipo 2 aumenta consideravelmente a partir dos 45 anos, principalmente por conta do aumento dos fatores de risco, como obesidade - por isso, pessoas que tem histórico familiar da doença e não fazem esse exame com frequência devem considerar incluir a dosagem na lista de exames anuais a partir desse período. Portadores de diabetes tipo 1 fazem o exame de glicemia de jejum com maior frequência, pois precisam saber os níveis de glicose para ajustar a dose de insulina a ser aplicada - nesse caso o exame é feito em jejum ou então antes da próxima aplicação, usando um aparelho chamado glicosímetro. Portadores de diabetes tipo 2 em uso de medicação oral e eventualmente insulina fazem o exame com uma frequência menor, geralmente durante a consulta médica. Exames oftalmológicos Após os 50 anos, doenças como a catarata e o glaucoma têm maior incidência, daí a necessidade de uma visita anual ao oftalmologista. Grande parte das doenças dos olhos são irreversíveis, então identificar o problema precocemente pode eliminar a necessidade de cirurgias, afirma o oftalmologista Marco Antonio Alves, diretor da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. O especialista lembra ainda que é possível identificar outras doenças silenciosas, como o diabetes e a hipertensão, apenas por meio de exames oculares. E mesmo quem já sabe que é portador dessas doenças pode melhorar o controle clínico delas em uma consulta oftalmológica, complementa.
Posted on: Sat, 16 Nov 2013 22:18:25 +0000

Recently Viewed Topics




© 2015