Da morte à vida (Ef 2:1-10). A grandiosidade da providência - TopicsExpress



          

Da morte à vida (Ef 2:1-10). A grandiosidade da providência de Deus manifestou-se primeiramente pelo fato Dele nos ter libertado da tirania do príncipe das trevas, o qual nos escravizou através do pecado. Deus ressuscitou espiritualmente os moralmente mortos, isto é, Ele deu-lhes força espiritual e os fez capaz de levarem um modo de vida espiritual. Deus incutiu-lhes a necessidade de se aperfeiçoarem moralmente e dessa forma abriu-lhes o caminho para a eterna bem-aventurança. Ele fez tudo isso exclusivamente pela Sua misericórdia sem nenhum mérito da parte dos homens. O apóstolo escreve: E vós estáveis mortos pelos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o costume deste mundo, segundo o príncipe que exerce o poder sobre este ar, espírito que agora domina sobre os filhos da incredulidade, entre os quais também todos nós vivemos outrora, segundo os desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos apetites, e éramos por natureza filhos da ira, como todos os outros. Mas Deus, que é rico em misericórdia, pela Sua extrema caridade, com que nos amou, estando nós mortos pelos pecados, convivificou-nos em Cristo, (por cuja graça fostes salvos), e com Ele nos ressuscitou e nos fez sentar nos céus com Jesus Cristo, a fim de mostrar aos séculos futuros as abundantes riquezas da Sua graça, por meio da Sua bondade para conosco em Jesus Cristo. Porque é pela graça que fostes salvos, mediante a fé, e isto não (vem) de vós, porque é um dom de Deus, não pelas vossas obras, para que ninguém se glorie. Realmente somos obra Sua, criados em Jesus Cristo para (fazer) boas obras, que Deus preparou para caminharmos nelas (Ef 2:1-10). Os homens não espirituais são chamados de mortos (cf. Ef 2:5), incapazes de viverem segundo interesses superiores, não sentindo a presença de Deus, portanto, estranhos a Ele. Essa é a condição de cada ser humano até o momento em que ele crê em Deus e se batiza. Os efésios sendo homens da cultura grega, vangloriavam-se pelos seus conhecimentos em filosofia, literatura e arte e se elogiavam por saberem levar a vida alegre e feliz. Porém, a vida que eles levavam não era a verdadeira vida, mas era o seu apodrecimento moral, pois eles não tendo consciência disso viviam de acordo com a vontade do demônio, o espírito das potestades do ar (cf. Ef 2:2; 1Cor 10:19-21; 2Cor 4:4), que os escravizavam com diversas paixões e os empurravam para o caminho da morte eterna. Com a vinda de Cristo, esse espírito maldoso perdeu todo o poder sobre os crentes, mas continua a reinar entre os filhos rebeldes, ou seja, entre aqueles que são contrários à pregação do Evangelho. Paulo nomeia esse espírito de o príncipe que exerce o poder sobre este ar, pois ele dirigi o reino dos espíritos decaídos, que apesar de serem invisíveis aos nossos olhos, eles nos rodeiam por todos os lados e se esforçam para nos influenciarem em nossos pensamentos, sentimentos e atitudes. Como resisitirmos a eles, o apóstolo dirá a nós no final dessa epístola. Paulo denomina os pagãos de filhos da ira (cf. Ef 2:3) e merecedores da condenação e do castigo. Os pagãos estando espiritualmente mortos, submissos às paixões e cumprindo a vontade dos espíritos decaídos, eram completamente inúteis para o Reino dos Céus. Eles apresentavam a podridão moral que só poderia ter um final: a rejeição de Deus. Porque é pela graça que fostes salvos, mediante a fé, e isto não (vem) de vós, porque é um dom de Deus (Ef 2:8). A nossa salvação é obra da infinita misericórdia de Deus e devemos agradecê-Lo incessantemente por isso. Nós não podemos falar em mérito aos homens perante Deus. No entanto, não devemos entender essas palavras do apóstolo como entendem os sectários que negam a necessidade de boas ações. Na realidade, ao lermos essas palavras no contexto das proposições que as precedem e que as seguem, torna-se claro que a salvação veio ao homem não por parte de qualquer mérito recebido por ele, mas como dom da graça, isto é, da misericórdia divina. A fé é a condição mínima, mas absolutamente necessária, que faz o ser humano receptivo à revelação divina e a sua força regeneradora. Enquanto o homem não crê ele é espiritualmente cego, incapaz de entender as coisas espirituais e de viver segundo os interesses espirituais. É como se ele estivesse morto. Deus vendo a incapacidade do homem, tem piedade dele e o auxilia a crer com a Sua graça, manifestando-se na sua consciência. É como se Deus batesse no coração de cada um e oferecesse a Sua ajuda: Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a Minha voz e Me abrir a porta, entrarei até ele, e cearei com ele, e ele Comigo (Apoc 3:20). Por esse motivo o apóstolo Paulo denomina a fé como dom de Deus. Na realidade se chega à fé nem tanto pelos próprios esforços, mas pela iluminação divina. É Deus Quem eleva o homem do plano terreno ao celestial, do carnal ao espiritual. Quando alguém atende ao chamado de Deus e recebe a Sua luz ele é tido como salvo, porém, isso não significa que ele já tenha o paraíso garantido e nem que ele não precise mais se aperfeiçoar espiritualmente, mas significa que ele entrou para o caminho da salvação. A fé em Cristo abre o acesso ao homem para todos os dons da graça. Toda vida, seja ela vegetal, animal ou espiritual é natural que se manisfeste na atividade correspondente e no crescimento. A fé cristã, caso ela realmente penetre no coração e modifique a visão do mundo no homem, manifesta-se naturalmente em atos de amor e de crescimento espiritual. Paulo acrescenta as palavras ao lembrar da fé: Realmente somos obra Sua, criados em Jesus Cristo para (fazer) boas obras, que Deus preparou para caminharmos nelas (Ef 2:10). Ou seja, nós eramos antes incapazes de praticar boas ações, pois estavamos mortos espiritualmente, mas agora é como se Cristo tivesse criado-nos novamente dando-nos a capacidade de fazer o bem. A palavra ações não deve ser entendida como os judeus entendem, no sentido de atos da lei, que consiste na execução mecânica de regras externas e cerimoniais, mas devemos entendê-la no sentido de atividade virtuosa e cheia de amor. No tempo dos apóstolos a fé cristã era chamada de caminho (cf. At 18:25, 19:23), porque a fé não é um estado imóvel em sua convicção autosuficiente, mas ela é uma aspiração ativa ao aperfeiçoamento. Com a existência da fé, uma vida virtuosa é tão natural quanto aos bons frutos em uma árvore com vida. Por outro lado, quando o cristão tem a ausência do entusiasmo, a apatia quanto às questões da fé e a indiferença em relação à vida espiritual, isso testemunha que a luz da fé está apagando-se nele e que ele está morrendo espiritualmente. O apóstolo lembra aos antigos gentios, o estado religioso lamentável que eles se encontravam antes da sua conversão ao cristianismo para revelar a eles com maior evidência a grandiosidade da misericórdia de Deus. Os judeus pelo menos acreditavam em Deus e tinham uma certa idéia a respeito da vida virtuosa, mas os pagãos estavam totalmente envolvidos pelas trevas da superstição e atolados nos vícios. Por isso, os pagãos tendo acreditado em Cristo,
Posted on: Thu, 14 Nov 2013 16:11:07 +0000

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