Desafios põem em xeque a política econômica Más notícias - TopicsExpress



          

Desafios põem em xeque a política econômica Más notícias nunca vêm desacompanhadas. A forte e generalizada queda da produção industrial em maio acrescentou mais uma dúvida sobre um cenário econômico repleto de incertezas. Subitamente acuada no plano político pelas manifestações de rua e com a popularidade diminuída, a presidente Dilma Rousseff se confronta com desafios nada simples no campo econômico, além de uma gradual deterioração das expectativas. O governo teria de mudar o mix de política econômica diante dos pobres resultados, mas não é certo que o fará. Ao eleger a inflação como alvo, a elevação dos juros carece da contenção de despesas como arma auxiliar. Os efeitos contracionistas de ambas se chocam com a orientação econômica seguida até ontem e, de forma geral, com as ambições eleitorais de continuidade no poder. A queda da produção industrial de 2% em maio trouxe sinais desanimadores para quem esperava um crescimento mais robusto em 2013. Setores que dependem do consumo de massa estão entre os que mais recuaram, algo em linha com o resultado pífio do consumo das famílias no primeiro trimestre. A surpresa desagradável ocorreu com a contração de 3,5% da produção de bens de capital, depois de um início de ano em que os investimentos despontaram e trouxeram a expectativa de que puxariam na direção certa o crescimento. A indústria ainda pode crescer 2,5% no ano, como projetado, mas a confiança de consumidores e empresários está em baixa e boa parte dos analistas iniciou mais uma rodada de rebaixamento das previsões de expansão do PIB para o ano - não são poucos os que preveem que seja de 2% ou menos e já há quem veja retração nos últimos dois trimestres do ano (Valor, 2 de julho). O espaço para os estímulos ao consumo, que têm cada vez menos efeitos, encolheu diante do comportamento da arrecadação, contida por um crescimento anêmico. O baixo esforço fiscal fazia parte dessa receita, completada pelos juros baixos. Na prática, essa "matriz" desarrumou aos poucos a economia, que passou a conviver com um novo patamar inflacionário, aumento do déficit em conta corrente, déficit comercial no semestre e "contabilidade criativa" nas contas públicas. O vendaval externo, com as indicações do Fed americano de que a era da liquidez farta está perto do fim e com as dificuldades dos novos dirigentes chineses em dosar a desaceleração econômica do país, adicionou mais intranquilidade ao cenário doméstico. O real passou a ser desvalorizado em um momento delicado para o combate à inflação, enquanto que a saída de capitais em direção aos EUA ocorre quando os investimentos diretos não são mais suficientes para cobrir o déficit externo. Não há, no entanto, riscos de uma crise cambial. O governo contava com mais do mesmo para obter um crescimento de 3% e manter o desemprego baixo como nunca, duas condições que tornariam defensáveis os resultados de sua política econômica e assegurariam o capital político para uma reeleição tranquila da presidente Dilma. Nada disso está mais assegurado. O crescimento pode ser pífio e a necessária política para deter a inflação em curso pode arranhar a boa situação do mercado de trabalho. No plano político, a presidente, após as manifestações de rua, mostrou-se pela primeira vez eleitoralmente vulnerável. Há uma difícil travessia até as urnas com as pressões conflitantes vindas da economia e dos objetivos eleitorais. O governo sinaliza com esforço fiscal maior, o que é contracionista e, para atender demanda por gastos públicos, sinaliza com aumento de impostos, também contracionista, depois de passar dois anos fazendo o contrário e desonerando a economia. A inflação, que provocou estragos no poder aquisitivo da população e na popularidade de Dilma, começou a ser atacada frontalmente, e resta saber se a política monetária irá até onde precisa ir para debelá-la e se continuará carregando sozinha nessa missão. A orientação econômica do passado não deu certo e uma nova, para dar certo, é amarga politicamente, com resultados que não seguem, ou até agridem, o calendário eleitoral. Esse dilema é fonte permanente de contradições. Como tendeu até agora por uma política fiscal frouxa, dificilmente o governo mudará de rumo perto de eleição que se afigura difícil. Possivelmente o lado expansionista conviverá com aperto moderado nos juros, em uma política inconsistente que produza baixos danos até que chegue a hora das urnas.
Posted on: Thu, 04 Jul 2013 10:01:31 +0000

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