Dia desses, tava assistindo a um documentário sobre os dias da glória da disco music - do início à exacerbação, do lixo ao luxo, do hedonismo à decadência -, e, claro, um dos pontos altos do momento é o mega hit, lançado em 1977, I Feel Love, de Donna Summer (quase um orgasmo, essa era a ideia). Produzida pelo mago italiano Giorgio Moroder, a canção foi gravada inteiramente com acompanhamento feito por sintetizadores, e gerou um novo estilo tanto na disco quanto influenciou irremediavelmente o rock do final dos 70s quanto o desenvolvimento da música techno. A versão do álbum tem a duração de quase seis minutos. Anteriormente, as milhões de gravações de disco music - porque a indústria lançava hits s sub-hits febrilmente, para atender aos insaciáveis clubbers - eram todas apoiadas em orquestras acústicas. Nessa época, declarou David Bowie, em meio as gravação da trilogia de Berlin (Low, Lodger e Heroes), que o parceiro Brian Eno reconhecera o impacto da eletrônica logo no início. Conta Bowie: Um dia, em Berlim, Eno [Brian] veio correndo para mim e disse: Eu ouvi o som do futuro!: é I Feel Love, da Donna Summer. Então eu disse a ele: se é isso o futuro, então procure por mais disso. O mais ao qual referia-se Bowi, a dupla achou bem longe das pistas de dança, mas bem ao lado deles: era os alemães do Kraftwerk. O resto é história, ou melhor, música pop das mais sofisticadas.
Posted on: Tue, 26 Nov 2013 03:22:41 +0000
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