Durma com um barulho desses - por Fabio Malerba Li no site da - TopicsExpress



          

Durma com um barulho desses - por Fabio Malerba Li no site da Richard Dawkins Foundation a seguinte notícia: “Uma garota de 16 anos de idade de Nebraska (EUA) enviou uma petição à Suprema Corte daquele estado ao ter seu direito federal legítimo ao aborto negado por um juiz que determinou que ela não era madura o suficiente para abortar. Ao que parece, entretanto, o juiz acredita que ela seja madura o suficiente para ser mãe.” A sutileza – ou a total falta dela – com que a notícia é colocada mostra de forma bem clara a quem ponto chega a idiotice humana. De vez em quando, desanima. Quando discuto aborto, normalmente me deparo com 3 tipos de pessoas: as favoráveis (como eu), as contrárias por motivos “humanísticos”, e as contrárias por motivos religiosos. Já percebi, e peço licença aqui para usar da mais absoluta sinceridade, que definitivamente não é possível debater com aquelas religiosamente afetadas. Não há um único argumento exposto por elas que seja claro, real ou eficiente em termos científicos. Mas, dirão os mais aflitos: “a fé se opõe à ciência”. Então, isso também não é verdade. O Vaticano e sua comissão de ciência (ou seja lá o nome que dão pra ela) que o diga. O fato é que é humano discordar, contrapor. Talvez tenha sido isso que nos fez, como espécie, ganharmos as planícies e nos tornarmos uma espécie dominante. Bem, pelo menos pra quem dispensa o discurso ridículo do criacionismo. Esta semana outro fato curioso: ativistas dos direitos dos animais (e, principalmente, oportunistas querendo uma foto na grande mídia) entraram num centro no interior de São Paulo onde eram utilizados cães para testes científicos. Até que ponto isso é “desumano”? Particularmente, sou contra testes com animais desta natureza (cães, gatos, porcos, cavalos, golfinhos, etc.). Não sei explicar bem o porquê, mas me parecem “inteligentes demais” para serem tratados com tamanha crueldade. Sim, crueldade, afinal não há nada de bonitinho em enfiar sondas por todos os orifícios de um animal para testar medicamentos que passam por centenas de versões até que se mostrem “aptos para uso humano”. Imaginem o sofrimento dos bichinhos. Entretanto, vou ser sincero: não ligo muito se forem ratos de laboratório, insetos, etc. Crueldade minha? Vejamos... Tenho amigos com filhos com graves problemas neurológicos, por exemplo, e cujas doenças têm tido notáveis melhorias de tratamento após extensivas pesquisas, inclusive com animais mais “humanos”, por assim dizer. Será que não é humano querer encontrar a cura para uma doença que prende uma criança a uma cadeira de rodas pelo resto da vida? E se a criança for seu filho, seu sobrinho, seu neto? Antes de terminar, reafirmo: sou contra, na medida de todo o possível, testes com animais. E lembro: todos vocês leitores, neste exato momento, devem estar sob efeito de algum medicamento, ou sob tratamento, ou ainda usando um creminho nas mãos e um batonzinho nos lábios de indústrias que usam ativamente testes em animais vivos. Vamos deixar a hipocrisia de lado, ou vamos assumir a natureza severamente egoísta da espécie humana?
Posted on: Mon, 21 Oct 2013 17:50:17 +0000

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